LUPUS HOMINIS- 6

No dia seguinte Jean surpreendeu Karen com uma notícia:

- Eu decidi que não posso manter voce mais aqui. Estava agindo como meu pai agiu comigo, me transformando na besta humanóide que sou.

Karen, voce está livre para ir embora quando quiser. Tentarei fazer seu carro funcionar.

Jean girou a chave na ignição e enrolou uma corrente na roda traseira do auto. Depois puxou algumas vezes até movimentar a roda, obrigando o

motor a se ligar.

Ele ajudou Karen a trazer suas malas para o carro.

- Assim que voce andar um pouco, a bateria se carregará sózinha.

O efeito do soro irá desaparecer em poucos dias do seu organismo.

Boa viagem, Karen.

- Jean obrigado, essas foram as férias mais incríveis da minha vida.

Prometo que manterei segredo, ninguém nunca saberá que voce existe.

Jamais iria permitir que voce virasse cobaia de análise dos cientistas.

Virei visitá-lo assim que puder.

Aliviada, ela pisou no acelerador e deixou o vilarejo, sem perceber que uma lágrima rolava do canto do olho de Jean.

No final do dia ela chegou cansada na cidade onde morava, foi direto para seu apartamento dormir.

Na manhã seguinte, justificou sua ausência no trabalho apresentando um atestado médico, que havia contraído salmonelle nas montanhas, mas estava agora curada, e voltou para seu posto.

Ela iria continuar sua vida normalmente e tentar esquecer aquele vilarejo

macabro Rosendhale, aquela espécie de homem hibrido de lobo, chamado Jean Lupus.

Mas negar que nada havia mudado, era enganar a si mesma.

Ela só iria descobrir mais tarde isso...

* Segue no próximo capítulo