KNOCHEN-1
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'' NÓS OSSOS QUE AQUI ESTAMOS PELOS VOSSOS ESPERAMOS ''
Com essa frase no portal, na capela dos ossos de Évora no Alentejo em Portugal, eram recebidos os turistas. O monumento em estilo gótico, decorado com 5 mil ossos de crânios e fêmures, dispostos pelas paredes, tetos e colunas, inclusive dois esqueletos inteiros pendurados por correntes, sendo um deles uma criança, tornou-se um dos pontos mais visitados por sua arquitetura macabra. A capela era datada em 1845-1848, construída no tempo do pároco Antonio de Ascensão Teles e dedicada ao Senhor Jesus da Coroa dos Ossos. Numa das paredes havia também duas poesias sobre caveiras e morte escritas pelo reverendo.
As irmãs Janet com 18 anos e Juliet com 14, observavam o ambiente lôbrego, ornado com filas de ossadas em forma artesanal requintada.
Era a primeira vez que as duas viajavam sózinhas de férias. Seus pais haviam presenteado a elas a viagem, como gratificação pelo bom comportamento delas. Janet era sábia, estudiosa e cursava Técnica de Computação.
Juliet a mais jovem, era medrosa, irrequieta, gostava da natureza e animais. Conhecer Portugal era um dos seus sonhos sendo realizados.
Elas retornaram a pensão onde estavam instaladas.
- Janet, onde iremos amanhã?
- Iremos conhecer a ilha do Corvo. Lá fica a Lagoa do Caldeirão do vulcão extinto. Há muitos moínhos de vento antigos e restaurantes típicos.
A ilha é conhecida como paraíso dos pássaros, nessa época ornitólogos e biólogos vão para lá estudar as aves migratórias. Existem bosques com árvores de muitas espécies. Tomaremos uma lancha para ir até a ilha.
- Maravilha, vamos filmar toda ilha para mostrar aos nossos pais.
- Teremos que levantar cedo, é melhor dormir e descansar. No lugar só se pode andar a pé ou de bicicleta.
- Eu não me importo de caminhar. O nome ilha do Corvo é sinistro, deve se originar de alguma lenda popular.
- Amanhã iremos desvendar todos os segredos da tenebrosa ilha do Corvo...
• segue no cap.2
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