SHAKESPEARE - MALDIÇÃO-3
O arqueólogo forense e reconstrutor Ethan Campbell, tentava continuar o trabalho feito por Ayla, partindo das bases já feitas por ela, usando os mesmos materiais, corantes para imitar o tom natural da pele, delineando os vínculos de mímica facial e criar uma expressão viva e humana do modelo craneano.
Depois de quatro horas de modelagem, ele havia se aproximado da região buco-maxilar. De repente o gerador falhou e as luzes se apagaram por completo, o computador com os dados armazenados parou de funcionar.
Tateando no escuro, ele abriu a porta do corredor reclamando em brados:
— Chamem um eletrecista e providenciem lanternas potentes, no escuro não posso seguir com meu trabalho!
O funcionário da recepção veio até ele dizendo: — Doutor as luzes estão todas acesas, o senhor é que não está enxergando.
Etham percebeu que estava cego.
Pouco depois ele foi levado por uma ambulância, para uma clínica de oftalmologia.
Intrigado ele escutava a voz do oftalmologista concluir:
— Seus olhos são saudáveis. A cegueira é resultada por neuro-estresse, é raro mas não impossível de acontecer. O senhor ficará internado, sendo assitido por um neurologista. O neuro-psiquiatra continuará com os exames físicos.
Auxiliado pelo enfermeiro, se sentindo inválido, ele foi levado para um quarto na ala de neurologia. O auxiliar digitou o número de Ayla no seu celular, pois a cegueira o impedia.
Depois de colocar Ayla a par da situação, ele indicou o doutor em osteopatia Edwin Benoit para prosseguir com o trabalho da remodelagem facial, que já se encontrava pela metade.
Na outra clínica onde Ayla se encontrava estacionada, apesar da fisioterapia suas mãos não apresentavam melhoras, a dermatite estranha e os sintomas ainda era uma incógnita para a medicina. Os movimentos
das articulações eram dificultosos com mínima sensibilidade.
Será que os últimos acontecimentos teriam algo a ver com a maldição profetizada e escrita por Shakespeare?
- segue no cap. 4
________________________________________________________