MORGAN - O TERRÍVEL - CAP II

 
MORGAN O TERRÍVEL- CAP II


Após cometer aquelas atrocidades naquele bar naquela noite fria, Morgan embrenhou-se na mata escura à procura de refúgio. Ele foi adentrando cada vez mais e nunca parava, estava quase para amanhecer o dia e Morgan já não tinha mais forças para andar, estava completamente descalço, seus pés cheios de bolhas de sangue por toda a sola dos pés. De repente ele avista no fundo da mata fechada, entre os cipós e navalhas de macaco, uma pequena caverna muito escura. Morgan pensou, “aqui ninguém poderá me achar, pois, andei quase cinco horas entres os espinhos, cipós e navalhas de macaco que me cortaram os braços e pernas, estou muito cansado , preciso dormir um pouco”.

Morgan ao entrar na caverna, centenas de morcegos acordaram e saíram voando para fora da caverna. Lugar lúgubre; sombrio e funesto. Mas, o que ele poderia fazer naquela hora senão deitar um pouco e esperar amanhecer o dia? Morgan encosta-se em algo e dorme a noite toda. Ele acorda e se vê com a cara no chão, pois, naquilo que ele havia encostado, não se sabe como, mas, não estava mais alí. Ele acorda pela manhã, pois, os raios de sol batiam em seu rosto e se limpa, pois a terra estava cobrindo-o todo. Ele se assusta a ver um grande rastro dentro da caverna e parecia que haviam arrastado algo para o fundo da caverna. Morgan ficou com muito medo, pois, pela experiência que tinha, aquilo era rastro de uma grande sucuri. Passados alguns minutos, Morgan ainda se encontra lá, pois, não poderia sair enquanto as coisas não esfriassem na cidade e depois daquilo que fez, todos irão mandá-lo para a guilhotina com certeza. Ele encosta-se a uma enorme pedra e fica olhando para fora da caverna. Passou o dia todo lá dentro sem sair, mas, o dia estava indo embora e com ele vêm as coisas da noite. Bichos que enxergam no escuro etc... Ele tenta arranjar um cantinho estratégico na caverna, de modo que nada chegasse até ele. Haviam barrancos altos lá dentro e Morgan conseguiu subir no mais alto, onde dava para ver perfeitamente a entrada da caverna. Onde ele encostou, dariam para ficar no máximo duas pessoas. A porta da caverna era pequena, mas o seu interior era bem mais espaçoso. Morgan ouve de repente coisas se arrastando pelo fundo da caverna e ainda dava para enxergar bem, quando saíram cinco ou seis grandes sucuris e provavelmente saíram para cassar, pois, elas deviam estar com muita fome. Morgan se levanta e viu o rabo da última sair na boca da caverna e desce para o lugar mais baixo e observa os ramos se mexerem lá fora, até que cessaram os barulhos. Morgan agora estava com mais medo das cobras do que da polícia e pensou, alas matam, mas, com elas eu terei menos chances e me farão em pedacinhos antes de me engolirem. Quando se levanta para entrar no seu cantinho, deu de cara com outra Sucuri e esta parecia ser a mãe de todas e abriu uma enorme boca e avançou tentando engolir Morgan. Morgan deu a meia volta e saiu correndo desesperado pela floresta e a cobra mãe saiu logo atrás e com uma enorme boca. Morgan aumentou a carreira, mas, de nada adiantava, pois, a cobra rastejava muito rápido. Morgan sentiu ela morder-lhe o calcanhar e o suspendeu no alto das árvores e quando estava descendo viu que a grande sucuri estava com a boca aberta só esperando ele cair. Ele caiu goela adentro e foi parar na barriga da sucuri. Morgan percebe que ela entra no rio e lá estava muito fedorento e úmido. Morgan ainda estava com o seu velho canivete e não lhe restava outra saída a não ser cortar o que visse pela frente e começou a cortar tudo o que via. Ali não havia mais nada a não ser sangue e mais sangue. A grande cobra começa a se contorcer e Morgan lá dentro. Ele consegue atingir os pulmões da sucuri, foi o que lhe salvou, pois, passou por ele um ar quente e fedorento. Mas, Morgan estava mais fedorento ainda. A grande Sucuri está se contorcendo de dor, pois, Morgan havia lhe retalhado por dentro, ela soltava sangue pelas ventas e rolava dentro da água. Era um rio aparentemente raso, porém, ela entrou em um poço mais fundo e se contorcia cada vez mais, até que ela não agüentou o mau cheiro de Morgan e o vomitou ainda dentro da água. Morgan conseguiu alcançar um barranco e segurou em uma raiz e chegou até às margens do rio. Deitou-se e só acordou no outro dia. Ao levantar a sua cabeça viu a grande cobra estirada fora da água, ela morreu pelos ferimentos, e estava sendo devorada pelas seis grandes cobras sucuris que eram filhas e após terminar o jantar, todas levantam a cabeça ao mesmo tempo e vem em direção a Morgan. Morgan recobrou as energias, se levanta e começa a correr e as seis cobras vem atrás dele. Elas estão famintas ainda. Morgan parte em direção à cidade atraindo as grandes sucuris, entra correndo pelas ruas cheias de pessoas e gritando em grande voz: “ corram que atrás de mim vem seis sucuris famintas” e passa correndo como um doido, e deixando um rastro de catinga danada. As pessoas caçoam dele e dizem que ele ficou maluco. Minutos depois, pela boca do capão da mata surgem as sucuris no rastro de Morgan. Elas adentram na cidade e todos tentam correr, mas, o que elas enxergam pela frente elas comem. A polícia procurando saber o que estava acontecendo, mas, ninguém parava para dar explicações. De repente os policiais enxergam aquele bolo de cobras vindo em suas direções, sacam das armas e começam a atirar. Porém, balas não são suficientes, elas continuam comendo as pessoas e a polícia. Morgan atravessa a cidade correndo, mas, a polícia não tenta prendê-lo, pois, tinha coisa mais importante naquela hora. A cidade era pequena, e as cobras dizimaram a população e somente Morgan ainda está vivo, mas, antes não estivesse, pois, as sucuris agora querem pegá-lo. Partem para o outro lado da cidade em busca de Morgan, pois, elas sentem o cheiro de sua mãe, que está impregnado nas roupas de Morgan, pois, ele não teve tempo de tomar um banho estava fétido e sujo de muitas porcarias que estavam dentro daquela cobra, Morgan se lembra de que elas estão vindo à sua procura, por causa do cheiro e se livra de suas roupas e fica somente com um calção e o seu velho canivete. As cobras passam por onde ele deixou suas roupas, mas, seguem o rastro de Morgan. Uma ainda fica por algum tempo cheirando as sujas roupas de Morgan, mas, vem logo em seguida. Morgan continua correndo, mas agora ele adentra em um rio, para ver se as cobras perdem o seu mau cheiro e se cobre de lama preta dos barrancos e após andar uns 2 km rio abaixo, consegue ganhar a margem do outro lado e todo coberto de lama, mas ele não deu muita sorte, pois, quando chega no alto do barranco, lá estavam meia dúzia de crocodilos secando-se ao sol. Morgan agora estava cercado. Por um lado, seis cobras ferozes queriam sua pele ou, melhor, a sua carne. De outro lado os seis crocodilos também, aparentemente famintos queriam também fazer o seu jantar. Morgan estava entre os dois fogos cruzados, ou melhor, entre os dentes afiados. Parecia que não haveria saída. Morgan ficou parado, enquanto as sucuris se aproximavam em velocidade e os crocodilos também em sua direção. Quando não restavam mais nem um metro, Morgan deu um salto e se agarrou em uma árvore e as cobras agora estavam brigando com os crocodilos Foi uma luta mano a mano. Cada cobra com um crocodilo. Após uma hora de batalha, Morgan desceu da árvore, observou o movimento e viu tudo quieto e resolveu sair correndo. Mas as cobras e os crocodilos parecem que entraram em acordo e agora todos estavam atrás de Morgan novamente. Morgan andou tanto que seus pés agora estavam na carne viva, mas ele não poderia parar senão eles o devorariam com certeza e continuou sua caminhada e a noite se aproxima novamente. Morgan consegue ganhar a estrada e por sua sorte ele enxerga uma luz no fim da estrada e está se aproximando e vem bem devagar. Era um carro da Polícia. Só que era da Polícia de outra cidade, mas, Morgan não sabia e pediu para ser preso logo, pois, diz estar arrependido de tudo o que fez e que queria estar numa cela bem fria e longe dessas criaturas horríveis. Os policiais fecharam as janelas do carro e deixou para traz o fedorento Morgan, não o prendendo, pois, não sabiam de nada que havia acontecido naquela pequena cidade, e estavam apenas de passagem e um disse ao outro: vamos embora parceiro , este sujeito é muito doidão e fede muito, fede a cobra, peixe, sei lá, vamos, vamos vamos, disse o sargento.
Morgan ficou na beira da estrada desolado e sentiu que estava mesmo só e os policiais saíram em grande arrancada, só de sentir o mau cheiro do fedorento Morgan.

Nem tudo estava resolvido, agora os bichos encontram Morgan novamente e a perseguição continua dia após dia. Morgan agora está fora dos limites da floresta, adentrou em outras áreas e ele pensa que se livrou dos crocodilos e sucuris. Ele descansava no alto de uma árvore, longe do palco das tragédias e estava quase dormindo, quando sentiu um grande bafo por traz de sua cabeça e aquele barulho tradicional quando elas soltam ar pela boca, ele olha e vê novamente a grande sucuri que subiu na árvore e estava prestes a devorá-lo, Morgan se assusta e cai da árvore, mas a altura não era grande e ele consegue sair ileso, pois, caiu entre folhas secas amortecendo a queda. Começa aí novamente a luta pela sobrevivência. Agora ele estava em território estranho e agora ao invés daquelas seis cobras agora eram sete e ele não tinha mesmo saída, pois elas perseguiam-no somente pelo mau cheiro impregnado na pele, depois de passar um bom tempo dentro da outra sucuri. – Estava muito difícil para Morgan, nem a polícia acreditava nele e ninguém o queria por perto. Ele era mesmo bastante fedorento e não tinha nada que lhe tirava aquela “inhaca” de cobra. Morgan parece que estava condenado a viver sempre fugindo das cobras e dos crocodilos. Mas, "Morgan" era mesmo "terrível" ele retornou para a caverna onde tudo começou e consegue atrair para o fundo da caverna todas as cobras e os crocodilos, não sabendo como ele fez para voltar do fundo da caverna, deixou os bichos lá e armou uma grande fogueira na boca da caverna e quando a terra da entrada foi ficando queimada, tudo desmorona e cerrou a entrada e as sucuris e os crocodilos ficaram presos la dentro, pois, no desmoronamento, muitas rochas com terras desceram e fechou completamente a entrada. Morgan conseguiu se livrar das cobras e crocodilos.

Mas, chegando a noite começam aparecer os morcegos que moravam ali há anos e não tinham mais para onde ir e começaram a grudar em Morgan, pois, ele, além de muito alto e forte, ainda mantinha aquele seu tradicional mal cheiro, Morgan desce floresta abaixo dando tapas nos morcegos, mas eles não desgrudam . Pelo jeito será uma nova “luta de Morgan contra os Morcegos assassinos ... fim

próximo - cap III - Morgan e os morcegos assassinos”.

ej...!!!
John

15-02-2021!!!
Ejedib
Enviado por Ejedib em 15/02/2021
Reeditado em 17/02/2021
Código do texto: T7184915
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