CLOWN-MOTEL-3

Assim durante a noite, os jovens vestiram seus costumes e foram para o cemitério, dar início ao filme cabuloso.

— Vejam há um rastro de pipocas no chão e confetes pelas sepulturas. Tudo indica que o tal palhaço-fantasma esteve aqui, se divertindo.

Darla com seu vestido e véu negro, no papel de viúva negra, sentou-se sobre um túmulo coberto de vegetação.

Maycom havia ficado ainda no quarto, com sua fantasia de clown e caprichando na maquilagem.

Kaira desfilava com vestido branco de noiva esfarrapado, descalça, pálida e lacrimosa, desfolhando o bouquet de flores ressecadas.

Por trás dos arbustos surgiu Maycom como palhaço. Ele trazia na mão uma gadanha ensanguentada. Se aproximou sorrindo como o miado dum gato, e decepou a cabeça de Kaira. Ele se afastou com passos lentos desaparecendo na escuridão.

— Sensacional Maycom, essa roupa e maquilagem parece original mesmo. Onde voce arrumou essa Alfange antiga? A cena da decapitação foi sanguinolenta e terrífica. Apenas voce usou suco de tomate demais.

Uma voz veio do portão atrás deles.

— Hey pessoal, aonde devo me esconder?

— Maycom, não era voce que estava aqui conosco??

Eles correram até Kaira e perceberam que ela estava realmente morta.

Sua cabeça degolada pendia pro lado esquerdo do corpo.

— Que iremos fazer? O tal clown é um assassino!

— Seremos acusados do crime, iremos para a prisão! Ninguém irá acreditar nessa história, não temos provas. Nas câmeras aparecem apenas um vulto nebuloso se aproximando de Kaira, irão dizer que fizemos um efeito de luz, uma manipulação da cena do crime.

— Vamos sepultar e esconder o corpo num dos túmulos danificados.

Eles retiraram algumas pedras soltas duma lápide, depositaram o corpo dentro e taparam com as pedras.

— Isso é ocultação de cadáver, se descobrirem estaremos perdidos.

Vamos voltar para o hotel, há uma espécie de clown-demoníaco, degolando vítimas pela noite. Fiquem todos juntos.

Em frente a porta do quarto havia um cartucho de pipocas.

Eles se trancaram no alojamento. Rene olhou pelo vidro da janela.

Um balão vermelho flutuava pela rua, levado pelo vento.

— Esse lugar é horripilante, jamais deveríamos ter vindo para cá. Essas figuras de palhaços macabros por todos quartos e corredores é de arrepiar.

— Voces ainda não perceberam que estamos sendo perseguidos por um assassino sanguinário?

— Um clown-fantasma ceifeiro, voce quer dizer. . .

--------> segue no cap.4

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 28/04/2021
Reeditado em 28/04/2021
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