CADEIRA MACABRA - fim
Eward voltou para sua vila tarde, após ter se encontrado com amigos. Apenas o mordomo estava o esperando.
— Os outros funcionários se demitiram, eles acreditam que a cadeira é enfeitiçada e atrai azar. Patrão, livre-se dessa poltrona, antes que seja tarde demais.
— Junte seus apetrechos e desapareça, voce está despedido ! Volte no final do mês para receber seus direitos.
Surpreso com a reação colérica de Eward, o mordomo recolheu seus pertences na mala e foi embora. No fim do mês ele retornou para receber o dinheiro, e devolver o chip que abria a porta. Ao entrar sentiu o mau cheiro no ambiente. Sentado na cadeira sinistra estava Eward, já morto há vários dias, vítima de diversas paradas cardíacas. Penalizado ele notificou a polícia e uma funerária.
— Pobre homem, morreu sózinho como um cão abandonado. . .
Um único primo distante de Eward herdou a mansão, colocou para vender e também o mobiliário.
A cadeira foi vendida outra vez no leilão por 300 mil Euros para um antiquário. O novo proprietário olhava fascinado a imponente relíquia, colocou no transporte e levou para sua loja de antiguidades. Sentou-se na cadeira confortável frente um grande espelho, refletindo que estava sentado sobre as pernas de alguém. Levantou-se num salto, mas a cadeira estava vazia e não havia ninguém. Fechou o local e foi para sua casa dormir.
Dentro da noite na loja no escuro, a cadeira deslizava silenciosamente para outro lugar. No espelho se refletia a imagem da caveira sorridente de Napoleão Bonaparte, sentado majestosamente no seu trono real.
FIM
▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬▬