DARKUL- DRÁCULA'S DOG

♦♦♦ A Biserica Neagra conhecida como igreja negra, é um monumento de pedras pretas estilo gótico, situado em Brasov na Romênia, e um dos pontos turísticos mais visitado. Como toda catedral antiga, precisa regularmente de reparos, contra humidade e ação do tempo. Eis que foi encontrado no subsolo enterrado, a múmia bem conservada dum cão, e trasportada para o museu de arqueologia mais próximo.

Dr. Derven era paleontólogo e reconstrutor facial, encarregado de remodelar a fisionomia do animal histórico, e reproduzir uma cópia, antes de ir para exposição. A partir da tomografia dos ossos craneanos, moldava com a massa todos os detalhes. O cão apresentava anomalia na mandíbula, orifícos dos globos oculares deformados, uma espécie rara e desconhecida para ele. Findado o trabalho chamou os arqueólogos Elney e Leoder, para apreciar a obra dantesca, recentemente reconstruída.

— Nunca vi uma aberração canina igual. Isso é um cão mostruoso, um animal pré-histórico duma época indefinível.

Na redoma de vidro jazia a múmia original do cão, protegida por raios Laiser. Ao lado da mesa depositada, a imagem reproduzida por Derven.

Concluiu Elney o arqueólogo: — Não chego a uma definição, nem posso classificar que animal poderia ter sido esse no passado, sua aparência é horrenda, incrível.

Dr. Derven respondeu sorrindo:

— Apresento-lhes Darkul, o cão de estimação do conde Drácula. Estamos na Transilvânia, na Romênia, esqueceram ?

Irei me ausentar da cidade por alguns dias, para um outro trabalho no instituto forense. Cuidem bem do cão do rei dos vampiros.

Os outros sorriram da brincadeira dele.

Uma semana depois, o segurança na recepção observava no monitor, controlando os visitantes no museu de arqueologia e artes.

Na galeria da pinacoteca, havia um homem esbelto apreciando os quadros, acompanhado de seu cão. O segurança foi até ele reclamando: — Não é permitido animais aqui no museu, retire seu cão daqui.

— Está certo, estamos mesmo de saida. Vamos Darkul, somos indesejáveis aqui dentro.

O homem se afastou tranquilamente e deixou o museu.

No dia seguinte foi constatado o desaparecimento da múmia do cão, de dentro da redoma de vidro. O vídeo da sala mostrava apenas sombras e riscos, nenhuma imagem do furto.

O segurança foi interrogado pelas autoridades, se havia visto alguém ou algo suspeito.

— Havia um homem estranho com seu cão, na galeria dos quadros. Eu mandei ele se retirar com sua fera do museu. Ele respondeu,"vamos Darkul somos indesejáveis aqui."

Ao escutar aquele nome, Leoder pegou o celular e ligou para dr. Derven relatando o ocorrido, do desparecimento da valiosa múmia canina. A cópia reproduzida por ele, havia sido deixada intacta no mesmo lugar.

Derven respondeu apenas: — O seu dono, o conde Drácula veio pessoalmente buscar seu cão. O homem era ele próprio, o rei dos vampiros está de volta outra vez, reunindo todos seus animais de estimação. Raios Laser e câmeras são desativadas, mediante as ondas de vibração emitidas por um vampiro. Ele desligou o telefone, alegando ter muito trabalho no instituto forense.

— Dr. Derven e suas piadas sobre vampirismo, não ajudam em nada.

Derven fitou o homem esbelto sentado sorridente na poltrona, ao lado do seu cão vampiro Darkul.

— Conde Drácula, o senhor me prometeu a imortalidade, fiz tudo como o senhor pediu.

— Demora ainda alguns dias para acontecer a metamorfose, logo voce será um vampiro como nós. Sirva-me um cálice de sangue, sem alho por favor. . .

Os dois homens sorriam, enquanto o cão vampiro Darkul emitia um ganido agudo sinistro.

No espelho pendurado na parede ali perto, não se refletia nenhuma imagem deles, apenas os móveis e as poltronas vazias.

♦ FIM

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NACHTIGALL
Enviado por NACHTIGALL em 26/06/2022
Reeditado em 27/06/2022
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