POLÍNDROMO SATOR

SATOR

AREPO

TENET

OPERA

ROTAS

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Kate era reconstrutora de relíquias antigas, objetos, fossílias, e trabalhava no museu de arqueologia do estado. O prefeito de uma cidade pequena, solicitou para ela reconstruir os vitrais da capela antiga, considerada patrimonio cultural do lugar.

Como não havia nenhum hotel, ela providenciou um carro home para ficar.

Ela observava os vidros coloridos e desbotados. Teria que misturar as tintas para produzir as cores semelhantes ao original.

Algumas estatuetas de santos faltavam partes, os bancos de madeira desgastados e aranhados necessitavam de reparos.

Na torre havia um sino de bronze com o antigo políndromo Sator gravado: Sator, Arepo, Tenet, Opera, Rotas. As palavras podem serem lidas da esquerda, para direita, de cima para baixo, se repetindo. O políndromo de Sator era usado pelos antigos por ter efeitos apotropaícos, reproduzidos em papiros, copiado em ossos, madeira, muradas, telhas, usados em rituais, como proteção e curas, afastar maus espíritos, também pelos curandores para exorcismos de demônios.

Ao anoitecer ela foi passear pelas ruas do vilarejo, respirar ar puro vindo do bosque perto dali. Kate percebeu que em todas as portas das casas havia o mesmo políndromo de Sator escrito. Ao retornar para o carro home, notou que havia um bilhete de advertência enfiado por baixo da porta, com as palavras: Escreva o políndromo na sua porta, sua vida corre perigo.

Parecia que os moradores temiam algo ruim, ou queriam se proteger de algum malefício. Mas o que poderia ser ?

ligou o Lep Top para buscar maiores informações sobre o tal vilarejo, onde se encontrava. Numa página havia um texto dizendo que há 34 anos atrás na mesma capela, durante a missa, um cão preto invadiu a igreja matando 4 pessoas e outras ficaram feridas. O cão fugiu e nunca foi encontrado. A polícia revistou o bosque e arredores, sem encontrar nenhuma pista do animal. O pastor pregava que a fera era o Hell Hound, o cão do inferno, enviado pelo diabo para desviar a fé dos fiéis. Com medo, os adeptos abandonaram a igreja, ela foi fechada e o pastor transferido para outro lugar.

Então era aquela a mesma capela que ficou trancada durante anos. Era o tal animal que os moradores temiam, por isso usavam o políndromo, para proteção contra o ataque da fera infernal.

Devia ter sido apenas um cão portador de raiva canina. Os habitantes daquele vilarejo eram supersticiosos demais, acreditavam no cão guardião do inferno denominado Hellhound. . .

▬▬▬► segue no cap.2

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