Xubats Ssutoxi

Em uma pequena cidade do interior do Amazonas, uma família de estrangeiros acabara de chegar de um país do extremo oriente. Ianuba e Ino eram gêmeos e se mudaram com seus pais para esta nova cidade. Nayu cuidava de seus filhos enquanto seu marido Reynold ia trabalhar. Ianuba não se adaptava muito bem àquele local, principalmente por seu nome ser diferente, constantemente sofria bullying na escola, até que depois de um tempo adotou o apelido "Ian".

Ian e Ino eram de turmas diferentes na escola, mas desde cedo a professora de Ino sabia do potencial que ela tinha para resolver problemas de matemática e raciocínio lógico. Ian, por outro lado, não se destacava muito com suas notas, que eram baixas e costumava ficar sozinho, pois ao contrário de sua irmã, ele era muito introvertido.

Após uma semana, Ian e Ino completavam seus 17 anos de idade e estavam próximos de terminar o curso técnico. Ambos gostavam muito de estudar, Ian tinha uma certa obsessão por artes cênicas, passava horas em seu blog analisando criticamente diversos filmes do seu gênero preferido, terror. Ino tinha medo de filme de terror, e tinha muita paixão por cálculos, passava horas lendo livros de Álgebra que ganhara de seus pais de presente de aniversário.

Certo dia, após voltar da escola, Ian decidiu pegar a câmera que havia ganhado de seus pais em seu aniversário e explorar o sótão do vizinho.

- Já lhe disse que não se deve mexer nas coisas dos outros Ianuba! - Disse Nayu vendo que o menino se aproximava da porta do vizinho.

- Mas mãe, está abandonado, não há ninguém lá em cima. O vizinho falou que já esvaziou o local e não há nada, não foi? - Respondeu Ianuba.

- Sim, filho. Mas o senhor Paulo nos disse para não entrarmos lá, pois está cheio de ratos, vamos esperar que ele volte outro dia para colocar as armadilhas como o combinado. Até lá, não quero você entrando aí. - Nayu pega um cadeado que estava perto da bancada o prende à porta, trancando-a.

- Poxa, mãe.... - Resmungou Ian.

Mais tarde, naquela noite, enquanto sua família dormia, Ian ouviu um barulho de passos sobre o teto, não eram ratos, eram pegadas de algo mais pesado, como de uma pessoa. Até que ele se aproximou da porta trancada, ao qual levava ao andar de cima e bateu duas vezes na porta.

Toc toc

- Tem alguém aí? Senhor Paulo? - O menino falou baixinho pela brecha da porta.

Crrrrr! - Soou um som de porta se abrindo ao fundo e então Slam! Blam! - A porta bateu e de repente algo se aproximou rapidamente da porta, Ian percebia os ruídos se aproximando e então algo chocou contra a porta que não abriu pois sua mãe havia colocado um cadeado.

Ao se assustar, ele voltou para cada e tentou dormir e não demorou muito para cair pancadas de chuva naquela noite. No dia seguinte, o seu Paulo viera para verificar as ratoeiras no andar de cima e Ian ao chegar da escola, perguntou se podia ir junto com ele, mesmo com sua mãe o repreendendo.

- ..., sim, pode sim filho... mas tome cuidado! - disse o Sr. Paulo por educação.

Ian observou que o andar de cima era bem espaçoso e tinha até uma suite, algumas velas espalhadas já que as lâmpadas estavam todas quebradas. As janelas eram muito diferentes, eram reforçadas com uma camada de barro e alguns "ovos" ou algo do tipo que ficavam embutidos nas janelas.

- Filho, não se aproxime muito da janela, venha aqui e me ajude com essas ratoeiras. - Paulo chamou Ian e lhe entregou um par de luvas para catar as ratoeiras que estavam desarmadas.

- Seu Paulo... Ian perguntou - O senhor já pegou algum rato com essas armadilhas aqui? É normal eles quebrarem as armadilhas assim? - O menino apontou para as armadilhas quebradas.

- É sim, infelizmente algumas vezes eles começam a se debater muito depois que ficam presos e fariam qualquer coisa para escapar, até mesmo quebrar a ratoeira, é uma questão de vida ou morte pra eles.

- Hum, entendi. E porque esse andar está abandonado, é só por causa dos ratos? - Indagou Ian.

- Sabe garoto, é importante pra mim manter a segurança de vocês, imagina se os ratos descem daqui de cima pra casa de vocês, seria muito perigoso, ratos trazem doenças e muitas outras coisas ruins. - Respondeu Sr. Paulo com tom sério.

- Seu Paulo, eu ia explorar aqui em cima ontem a noite e minha mãe não deixou, ela até colocou um cadeado na porta. - Queixou-se Ian.

- Ela fez muito bem garoto, agradeça à sua mãe. Aqui não é um bom lugar para ficar à noite. - Paulo terminou de armar a última ratoeira.

- Agora, vamos sair daqui. - Após Sr. Paulo e Ian saírem, ele chamou sua mãe que logo trancou a porta e o fez voltar para seu quarto.

Ian não se convenceu de que o barulho que ouvira na noite passada fosse causado por ratos e então tentou convencer sua irmã que se preparava para uma prova de Matemática.

- Não quero saber Ian, estou muito ocupada. Preciso estudar para minha prova! - Disse Ino.

- Podemos falar sobre isso amanhã então, depois da sua prova? - Perguntou Ian.

- ...Ahhh, tá bom, depois da minha prova ein! - Resmungou Ino.

- Oba! - Ian deu uma abraço na irmã e foi dormir.

No dia seguinte, Ian avistou durante o intervalo de aula, um rapaz sendo intimidado por um valentão.

- Levanta seu frango! - Dizia o valentão ao colega de Ian.

- Por favor, o que vocês querem de mim? Não fiz nada pra vocês! - Dizia o menino.

Ian entrou num estado de pensamento em que deveria decidir se contava a alguém, fugiria ou sujaria suas mãos. Ele então lembrou de quando sofria bullying por causa de seu nome. Lembrou-se de todas as vezes que eram chamado de "curuba", apelido de mau gosto que recebera de seus colegas de turma. Mas quando o valentão abaixara as calças, Ian sabia que o pior estava para acontecer e assim interferiu.

Pow! - Com um pedaço de madeira que encontrou no caminho, Ian atacou o valentão, o atingindo nas costas.

Outros dois valentões que estavam segurando o menino o jogaram no chão espancando-o com chutes e atacaram Ianuba que logo sacou um canivete e desferiu dois golpes nas pernas dos espancadores. A cena foi violenta, mas aconteceu num local afastado dos corredores da escola. Quando o valentão se levantou com suas costas doloridas, tentou dar um soco na cara de Ian, que estendeu o canivete que deslizou entre seus dedos e atravessou a palma de sua mão direita. O valentão soltou um grito estrondoso que logo foi ouvido por um zelador que passava por ali perto e chamou ajuda.

Os professores chamaram uma ambulância que socorreu o menino e o valentão. Os pais do colega de Ian chegaram rapidamente e discutiram com os pais do valentão. A polícia foi chamada, e Ian foi interrogado por presenciar tudo.

Após o diretor da escola contatar o pai de Ian, o menino foi suspenso da escola e uma transferência fora solicitada.

- Pedimos que aguarde até que a outra escola entrar em contato e assim. - Disse a secretária da escola.

- Seu filho foi flagrado portando objeto cortante na escola, senhor. Infelizmente não podemos apoiar esse tipo de conduta violenta. Seu filho machucou o colega. - Disse a mesma após a insistência de Reynold em manter o filho na escola.

Neste dia, Ian teve uma discussão com seu pai.

- Sempre falei pra você não levar essa merda pra escola, por que não me escuta? - Disse Reynold.

- E como eu iria me defender, pai? Aquele cara ia machucar o Cauã.

- Não é problema para você resolver, por que não chamou alguém, algum professor? - Reynold altera a voz enquanto arruma alguns papéis em sua escrivaninha.

- Não daria tempo, o senhor não sabe, nunca confia na minha palavra. - Respondeu Ian.

- Claro, como vou confiar em ti se só tira nota baixa na escola. Como? - Reynold enfureceu-se.

- É por isso que o senhor não progride, não consegue entender nem a seus filhos. - Ian aproximou-se da porta do quarto.

- Eu queria que você fosse que nem a Ino, ela não me dá trabalho! - Reynold soltou algumas lágrimas.

- E eu queria que você fosse menos ausente! - Ian saiu e fechou a porta do quarto.

Às 3:00h da manhã, ele não conseguia dormir, tendo pesadelos com a porta. Ele foi checar se o cadeado ainda estava lá. E pra sua surpresa, uma voz fraca podia ser ouvida ecoando pela porta. Ele se aproximou mais e percebeu que havia luz refletindo por debaixo da porta. Pensando estar louco, ele voltou para seu quarto e decidiu filmar com sua câmera. Porém, ao iniciar a gravação, a luz havia sumido e nenhuma voz ecoava pela porta. Isso o desanimou e ele voltou para a cama.

No outro dia, na saída da escola, uma mulher abordou Reynold.

- Com licença, você é o pai do Ian? Ian é seu filho? - Perguntou educadamente.

- Sim, sou. Por quê? - Respondeu Reynold parando para conversar com a mulher.

- Sou mãe do Cauã. Ele está internado e meu marido está com ele agora, vim para pegar os documentos de transferência dele. Não quero mais que meu filho fique nessa escola, ele não merece passar por tudo isso, vou matricular ele numa particular já que consegui um aumento no emprego. - Disse a mulher.

- Que bom, fico feliz que seu filho tenha sido socorrido a tempo... - A mulher o interrompe rapidamente.

- O que o seu filho fez pelo meu, poucas pessoas fazem. É preciso ter muita coragem para atacar aquele diabinho estuprador imundo, eu não sei o que faria com ele se meu filho tivesse sido abusado - Ela diz com lágrimas e olhar fixante.

- Ian não me contou que isso ia acontecer. Eu fui tão grosso com ele ontem. Mas obrigado por me contar! - Reynold agradeceu.

- Aqui, meu número caso o senhor queira entrar em contado para conseguir uma escola particular, manda um "oi" que te envio as informações. As mensalidade sairão em conta, pois a dona da escola é minha prima, então consigo um preço acessível pro senhor. - Disse a mãe de Cauã.

- Obrigado dona Célia. Não sei nem como agradecer. - Reynold, se retira agradecendo-a.

- É o mínimo que posso fazer por alguém que salvou meu filho. Até, seu Reynold! - A mulher se retirou.

Certo dia, Reynold, a fim de fazer as pazes com o filho, prepara um churrasco.

- Filho, me desculpa pelo que falei ontem, comprei umas carnes para fazermos um churrasco, o que acha? - Reynold abordou o filhos que estava estudando em seu quarto. - porém o menino não respondeu nada e o pai se aproximou.

- Você pode trazer seus amigos, que tal? - Ele lançou um olhar sobre o filho.

- Não tenho amigos. - Respondeu o filho.

- E aquele menino que você defendeu?

- Ele não é meu amigo, só um conhecido.

- Bom, mas você salvou ele, então ele deve ser alguém importante para você. E de qualquer forma, conversei com a mãe dele ontem e ela me passou o número dela, você pode ligar para o seu amigo.

- Hum, tá bom! Então, vou chamar ele. - Ian esperou seu pai sair e ligou para Cauã.

Mais tarde, Ino e seus amigos aproveitavam a festa para por o papo em dia. Ian estava à espera de seu único novo amigo. Cauã estava acompanhado de sua mãe que entregou uma bolsa pequena com remédios.

- Oi! Como você está Ian? Como está seu Reynold? - A mulher cumprimenta Reynold e seu filho.

- Estamos bem, dona Célia. - Ian respondeu.

- Aqui estão os remédios do Cauã. Ele vai precisar ficar com a tipoia por enquanto tá bom? Tenho certeza de que você vai ficar de olho nele pra mim, qualquer coisa me liguem! - Disse dona Célia voltando para o carro onde seu marido lhe aguardava.

Ino se aproxima e pergunta se Ian e Cauã não querem se juntar a ela e seus amigos. Porém, Ian muda de assunto e fala se eles podiam conversar sobre o andar de cima, mas Ino diz que está ocupada e Ian desiste de conversar com ela, recusando se juntar a eles. Ian convida Cauã a explorar o andar de cima, contando tudo o que sabe e os barulhos que ouve todas as noites.

Cauã e Ian decidiram armar um plano para descobrir o que havia naquele lugar. Cauã tomou seu antibiótico rapidamente e perguntou de sua mãe se ele podia dormir aquela noite na casa de Ian, porém ela não o permitiu.

Ian então teve a ideia de gravar tudo com sua câmera enquanto se comunicavam online. Assim, Cauã poderia acompanhar tudo o que o amigo está vendo. Após o fim do churrasco e Cauã ter ido embora, Ino se despediu de seus amigos e foi perguntar ao irmão sobre o que ele queria conversar.

- Não é nada demais... - Disse o irmão.

- Você queria me contar, agora conta. - Disse ela.

- Acho que o seu Paulo esconde algo no andar de cima.

- Mas por que ele esconderia algo? Talvez ele esteja usando o andar de cima para guardar suas coisas, como um depósito.

- Quando subi com o seu Paulo, encontrei janelas muito estranhas, e uma suite com a porta trancada. Eu acho que vi uma marca de sangue na porta. Eu senti que ele estava escondendo algo, tipo, como um rato iria quebrar uma ratoeira? E o seu Paulo não encontrou nenhum rato preso ali. - Disse Ian.

- Ianuba, não sei do que você tá falando, mas acho que não devemos mexer com quem tá quieto. Podemos ser expulsos pelo seu Paulo se entrarmos lá. - Ino respondeu, finalizando a conversa.

Após alguns meses na nova escola, Cauã já estava totalmente recuperado e junto a Ian, planejaram uma forma de fazer um filme no andar de cima da casa de Ian. Certa vez, Nayu e Reynold saíram para visitar um parente doente e Ino ficou responsável pelo seu irmão. Ian e seu amigo Cauã aproveitaram para abrir o cadeado que Nayu havia deixado com Ino, pois confiava na maturidade da filha.

- Por favor mana, me dê a chave, prometo que não vamos fazer bagunça. - Ian pede carinhosamente para a irmã.

- Hum, mas então temos um trato, certo? - Ela lança um olhar sério.

- Sim, está certo! Prometemos não contar nada. - Diz Ian.

Ino estava querendo aproveitar aquele momento para trazer seu namorado secreto para passarem tempo juntos e nisso, se convenceu a ajudar o irmão em troca de manter em segredo seu relacionamento com o namorado. Eram cinco da tarde e seu namorado chegaria às seis, então ela logo pegou a chave e destravou o cadeado da porta do andar de cima. Então, Ian pegou sua câmera e Cauã muniu-se do canivete do amigo.

Enquanto passavam por lá, eles viram que as janelas eram muito estranhas, haviam fileiras de algo que se assemelhava a ovos de forma a criar uma barreira nas janelas. Cauã decide verificar o banheiro e acaba tendo teu dedão do pé preso numa ratoeira, o que o faz dar um berro.

- O que foi isso? Vocês estão bem aí em cima meninos? - Ino perguntou gritando.

- Estamos bem! - Respondeu Ian, desarmando a ratoeira do pé do amigo.

- Quem está aí? - Perguntou o namorado de Ino.

- Nada Douglas. é meu irmão e o amigo dele, estão brincando. Vamos ali pro quarto. - Ino foi para o quarto com o namorado.

De repente, uma batida na porta... Toc toc toc, a porta do banheiro da suite toca. Eles então abrem a porta, mas não veem nada. Com um isqueiro, eles acenderam algumas velas que estavam por lá, já que as lâmpadas estavam quebradas. Ian observa que as janelas estavam quebradas e mal se podia ver o que havia lá fora. Cauã ouve batidas nas portas.

- Eu acho que sua irmã está nos chamando - Disse Cauã.

- Deixa de ser medroso, temos que terminar de filmar o banheiro.

- Tem certeza? Aqui tá muito sinistro.

Ino estava no meio do ato com Douglas, porém a campainha tocou e ela pensou que seus pais haviam retornado mais cedo. Para esconder o namorado, pediu para que o mesmo subisse as escadas para o andar de cima, Douglas obedeceu rapidamente. Quando Ino atendeu a porta, Sr. Paulo perguntou se seus pais estavam lá, e pediu para entrar e verificar o andar de cima.

Com medo de ser descoberta e levar a culpa por permitir que alguém entrasse no local de Paulo, ela tentou enrolar o velho que não perdeu tempo e foi entrando.

- Onde está o Ian? - Paulo observou o cadeado destrancado.

- Deixou ele subir? - Paulo chamou atenção de Ino.

- Desculpa senhor Paulo, os meninos só queriam brincar um pouco.

- Eu avisei que eles não poderiam subir, é muito perigoso. - Disse Paulo subindo as escadas com uma lanterna.

Naquele cômodo escuro e espaçoso, uma luz que vinha de uma janela chamou a atenção de Douglas, que se aproximou pensando ser o luar, ele ligou a lanterna de seu celular e apontou para a janela.

- O que é isso? - Ele se assustou com as trancas de proteção nas janelas.

E de repente algo agarra seu pé, e ele grita por ajuda. Paulo o encontra e o solta de uma ratoeira que havia prendido em seu pé. Paulo pediu pra que ele saísse o mais rápido daquele lugar. Douglas estava se aproximando da porta quando as velas que iluminavam a saída se apagaram. Um vulto logo fora apagando todas as iluminações. Repentinamente, os gritos de Ian foram ouvidos. Paulo e Douglas o alcançaram, mas apenas encontraram a câmera de Ian quebrada no chão.

Douglas ouviu sua namorada gritando por socorro lá de baixo, e correu para a saída, quando foi surpreendido por um vulto que realizou diversos cortes em seu corpo, o devorando em seguida.

Paulo ouviu Douglas agonizando de dor e procurou o banheiro da suite, onde encontrou os corpos de Ian e Cauã desacordados. Então, quando ele tentou reanimar os meninos, ouviu um vulto passando e se trancou no banheiro.

Ele sabia que deveria se manter no banheiro até o amanhecer. Ele trancou a porta do banheiro por dentro, deixou uma vela acesa e amarrou os Ian e Cauã com uma corda que havia trazido.

Não levou muito tempo para que os meninos o atacassem, Paulo amarrou bem Cauã desde os pés até os braços e boca, mas quando ia amarrar Ianuba, Paulo pisou na vela apagando-a. Sem conseguir enxergar onde estavam os meninos, Ian abocanhou o pescoço de Paulo e arrancou um pedaço de sua pele, matando-o da forma mais dolorosa possível.

Ao amanhecer, Nayu e Reynold se deparam com o corpo de sua filha jogado no chão. Ao perguntarem o que aconteceu, Ino não os respondeu. Ela simplesmente não lembrava de nada do que havia acontecido na noite anterior. O corpo de Paulo estava escondido no banheiro da suite do andar de cima. E o cadeado havia sido colocado na porta.

Toc toc, a mãe de Cauã havia vindo buscar seu filho que também não lembrava do que havia acontecido na noite passada. Ian também agia naturalmente.

- Espero que vocês tenham se divertido muito! - Disse Célia.

- Sim, muito, com certeza! - Respondeu Ian com um jeito sorridente.

Naquela mesma noite, Ian e Ino foram até o quarto de seus pais, e os atacaram brutalmente enquanto dormiam. Reynold e Nayu foram estripados enquanto dormiam. E na casa de Célia, Cauã estrangulou seu pai e devorou pedaços do corpo de sua mãe enquanto seus pais dormiam.

[Jornal Nacional]: "A imprensa afirma que estranhos acontecimentos vêm ocorrendo na cidade próximo ao interior do Amazonas, alguns pais estão relatando comportamentos violentos de seus filhos à noite. Após os primeiros casos de canibalismo por parte de crianças registrados, há investigações do governo secretamente em andamento e que a população acredita que se trata de uma nova droga disponível no tráfico local. O Estado orienta aos guardas locais a apreensão de menores no período da noite".

[Reportagem]: "A população local vem espalhando boatos de uma nova seita chamada 'Xubats Ssutoxi' que se instalou no interior, mas que logo chegará a outras cidades do Estado".

[Cidade Alerta]: "Crianças Macabras ou Seita Satânica?".