PODRE
Amanhecia. E daí? Ele não veria nada mesmo. Estava morto. Mortíssimo. Aconteceu aos poucos. Dia após dia, definhava sobre suas amarguras. Não vivia. Aguardava o poder vital esvair-se de suas carnes. Aconteceu, simplesmente. Ninguém estava próximo para encontrar seu corpo que se desfazia em pedaços de carne podre e fétida. Terminou seus dias exatamente como vivera os demais, envolto a sombria solidão pútrida.