PODRE

Amanhecia. E daí? Ele não veria nada mesmo. Estava morto. Mortíssimo. Aconteceu aos poucos. Dia após dia, definhava sobre suas amarguras. Não vivia. Aguardava o poder vital esvair-se de suas carnes. Aconteceu, simplesmente. Ninguém estava próximo para encontrar seu corpo que se desfazia em pedaços de carne podre e fétida. Terminou seus dias exatamente como vivera os demais, envolto a sombria solidão pútrida.

Douglas Eralldo
Enviado por Douglas Eralldo em 10/04/2008
Reeditado em 15/09/2009
Código do texto: T939831
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