O HOMEM ALEGRE

Ele era um homem de mais ou menos trinta e quatro anos de idade. Jeito sorridente e bondoso, e, embora fosse simples demonstrava grande introspecção. Porém, muitos tinham antipatia, pois ele tinha aquele jeito que desperta curiosidade e desprezo. Era acessível, fácil e muito carente. Carente de amigos e necessitado de proteção estava sempre sorrindo. Entretanto, tinha uma grande fragilidade no olhar, as pessoas só conseguiam enxergar o bobalhão desastrado e confuso que ele aparentava ser. Estava sempre esquecendo algo, contando uma piada, dando uma gargalha, procurava chamar a atenção, gostava de falar alto para que todos o olhassem e isso só despertava nas pessoas zombarias e criticas, e assim, muitos diziam “_ ele é um idiota”, outros falavam “_ele tem o jeito afeminado...”.

Ele, no entanto era muito observador e sensível, olhava sempre aqueles que, como ele eram discriminados e tratados como tendo pouco ou nem um valor por serem considerados diferentes. Não se encaixavam no perfil e maneira de pensar das pessoas do lugar.

As pessoas não sabiam que por trás daquele sorriso, escondia uma enorme solidão. E ao contrario do que a maioria pensava, ele era extremamente inteligente e reflexivo, captava todos os falsos sorrisos, percebia todos os olhares de desaprovação e aqueles que estavam sempre a zombar e falar mal pelas costas. Em sua essência era uma pessoa meiga, muito otimista, conseguia apesar de todos os embates da vida ver além. Mantinha bom humor que o fazia em muito, superior àquelas pessoas arrogantes e autoconfiantes. Dentro das suas possibilidades era uma pessoa feliz, aprendera desde cedo trabalhar sua alta estima.

Certo dia diante de todos, ele recebeu um convite inesperado para trabalhar numa importante empresa como palestrante e orientador. Pois, já por algum tempo seu gerente vinha analisando sua capacidade de manter a alta estima sempre elevada. Ele foi para essa empresa em outra cidade deixando para trás os invejosos e arrogantes daquele lugar, se tornou uma pessoa muito respeitada e feliz.

gli
Enviado por gli em 04/06/2008
Reeditado em 27/08/2012
Código do texto: T1019001
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