Viagem astral (narrado no Globo Repórter de hoje)

Vamos chamar nossos dois personagens de João e Maria, pois, o nome é o que menos importa.

João sonhou (na verdade foi uma viagem astral) com um determinado parque e com uma cena específica onde via uma mulher caindo de uma bicicleta e necessitando de socorro urgente - caso de vida ou morte, era o que a intuição lhe dizia.

Conhecia o parque e sabia, portanto, onde ficava. Ir até ele não seria difícil e resolveu então conferir. Lá chegando, passou a observar com atenção todas as pessoas que passeavam por lá - principalmente as que andavam de bicicleta.

Não foi difícil reconhecer Maria - a mulher do sonho. E tão logo isso ocorreu, ela caiu. Correu até ela e a socorreu. Salvou com isso sua vida. Foi o que o médico disse. Minutos a mais e não daria tempo!

Maria contou, depois, que teve uma experiência estranha enquanto estava desacordada no hospital. Sonhou que viajou no tempo até uma época em que assassinou alguém a punhaladas. Pediu-lhe perdão, mas não se sentiu perdoada.

A sensação que ficou é de que aquilo não deveria mais ocorrer. Era a lição: não repetir o erro. Típico de quem se arrepende e de quem, na verdade, é perdoado.

João e Maria ficaram amigos. Um laço surgido a partir desse episódio. Não seria ele o assassinado do passado? O perdão não teria se confirmado com o seu pronto atendimento ao chamado na sua viagem astral enquanto acreditava estar sonhando?

Maria pensa, até hoje, que ainda não foi perdoada... Será? João sabe quem é, mas nem imagina quem foi!

Lourenço Oliveira
Enviado por Lourenço Oliveira em 12/05/2006
Reeditado em 02/10/2011
Código do texto: T155108
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.