Manifestações Espirituais.
 
O que é da carne, pertence a carne. O que é do espírito pertence ao espírito. Vivemos num mundo material em corpos carnais, mortais, sujeitos as leis do plano material e sujeitos as emoções deste plano. Somos o que somos e levamos a vida que merecemos dentro de nossa evolução. Só estamos aptos a entender o que é compatível com a nossa evolução, mas podemos ter acesso a ensinamentos que nos ajudam a melhorar nossa evolução, ou apenas vivermos ignorando qualquer modelo de ensinamento que possam nos ajudar.
Sou alguém neste mundo igual a tantas outras pessoas, com seus defeitos e acertos. Porém, quando me dedico a algo, vou fundo em buscas de minhas respostas.
Fui criado na religião católica e nunca aceitei certos conceitos e modos como esta religião tentava explicar a vida espiritual. Acho que por isso nunca me dediquei a nenhuma religião, até que um dia...

 
Eu trabalhava no setor de projetos da Petrobrás - Região de Produção da Bahia, com sede em Salvador. Estava neste setor há quatro anos e naquela manhã, trabalhei duro num projeto.
De repente, ali meso diante de minha prancheta, tive uma visão incrível de um ser muito estranho, mas belo. Foi rápido, mas o bastante para eu tomar um grande susto.

Um colega observou e veio perguntar o que havia acontecido. Expliquei a ele sobre o que tinha visto. Depois do almoço ele me trouxe um livro e disse que eu deveria ler. Era um livro que tratava sobre todas as religiões. Adorei o livro. Depois ele me levou a um centro espírita, apenas para eu assistir evangelização. Então, passei a ler as obras de Alan Kardec.
 
Queria conhecer sobre aquela religião. Saber respostas, pois eu era e ainda sou muito cético. Não acredito em relatos que não possam ser comprovados. Não acredito em muitas coisas que vi em centros espíritas, porém, vi coisas inexplicáveis.

Presenciei fatos incontestáveis. Tentar explicar seria querer ter conhecimentos que não tenho. O homem está sempre querendo explicar até mesmo o que ele não conhece. Não me enquadro neste perfil.

Era uma noite de chuva fina no final do mês de junho. Havia comprado um livro de Alan Kardec – “O Livro dos Espíritos” – e sempre me deitava numa rede na copa para fazer minhas leituras. Naquela noite não foi diferente. Mal havia deitado, minha esposa começou a reclamar que eu não estava dando-lhe a devida atenção. Sem responder, continuei a ler e ela deitou-se na mesma rede em posição contraria a minha. Em poucos minutos adormeceu. Olhei pra ela e vi que seu sono era profundo. Continuei minha leitura.

No momento exato que fechei o livro, minha esposa acordou. Sem encarar-me, passou a tacar-me com palavras que eram exatamente sobre o conteúdo do capítulo que eu acabara de ler. Era como estivesse contestando tudo que eu havia lido. A seguir levantou e dirigiu-se até a mesa para tomar seu remédio, um gel para estomago. Pegou um cálice de vidro grosso que usava sempre, colocou sobre a mesa da copa, já toda arrumada para o café da manha, com pratos, xícaras, copos e garrafa térmica, e foi apanhar água na geladeira. Quando retornava em direção à mesa, eu ainda deitado na rede pude ver aquela incrível manifestação. Antes que ela chegasse à mesa, esta estremeceu toda e o cálice levitou a uma altura de quase dois metros. Ouve um estampido alto e todo o cálice esmigalhou-se em uma infinidade de pequenos pedacinhos por toda a copa. A base do pé do cálice desceu inteira sobre a mesa e tudo que havia nela foi arremessada a uma boa distancia. Mas o incrível que nenhum prato, xícaras, copos e garrafa térmica quebraram ao caírem no chão.

Ficamos nos olhando atônitos ao termos presenciado o que aconteceu ali diante de nós. Não entendíamos nada do que poderia ter causado tudo aquilo.

Olhei para minha esposa e disse para que ela nunca mais falasse mal sobre o que não conhecia. Que respeitasse sempre as crenças das pessoas. Que ninguém é dono da verdade e, portanto, cada um que cuide de si mesmo e de suas próprias verdades.

Passei alguns anos freqüentando um centro espírita. Visitei outros e todos em Salvador. Gostava de ir ouvir as pregações de Divaldo Franco. Vi muita coisa séria, mas também vi muitos engodos e exploração da fé alheia.

Entrei para a Ordem Rosa Cruz – Amorc – e depois de muitos anos tornei-me discípulo Rosa Cruz e hoje tenho orgulho do que me foi passado em conhecimentos. Por escolha minha fui viver uma experiência ritualística em uma cidade mineira em fevereiro deste ano (2010) e minha última lição mística foi sobre o Perdão. Guardo até hoje com o maior carinho este ensinamento.

Somos o que somos e não podemos negar a nós mesmos o que sabemos ser. Aprendi a ver as pessoas por dentro e as aceitá-las como elas são. Aprendi a separar o que é físico do que é espiritual. O que é desejo carnal do que seja necessidade espiritual. Aprendi que cada pessoa vai à busca do que acredita ser bom e ideal para sua vida. Aprendi que toda manifestação tem a interferência cósmica, mas os nossos atos vêm do nosso livre arbítrio. Aprendi que somos responsáveis por tudo o quanto aqui fazemos, seja bom ou ruim.
 
 
 










Carlos Neves
Enviado por Carlos Neves em 25/07/2010
Reeditado em 25/07/2010
Código do texto: T2398059
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