NADA É POR ACASO
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O vômito do Billy- Conto Verídico
 

    Nada é por acaso!... Faz alguns anos, que essa máxima espírita, fixou residência no livro de minha existência material. Não importa a quanto tempo, mas sim, à minha convicção adquirida nesse período e nos fatos que a partir dela, tenho me atido aos detalhes e nuances do que me cerca e dos acontecimentos, cuja resposta, fica engasgada,ou é ignorada por não ter uma explicação na lógica humana e materialista.
   Nesta última quinta-feira, 17 de fevereiro, do corrente, ao chegar em casa, uma grata surpresa me esperava, pois o amigo, Jorge Martins; companheiro de pescarias e de clube.A quem eu não via a 17 anos, estava ali sorridente,para me dar um abraço e falarmos um pouco das nossas vidas e peripécias, nesses anos todos de afastamento. A primeira coincidência seria a data: 17 de fevereiro, 17 anos.
    Conversamos sobre os bons tempos e sobre meu filho Michel, que havia partido dentro desse espaço de tempo, o que nos fez chorar abraçado pelas lembranças de suas traquinices e parceria em algumas pescarias. Lembramos as empreitadas no Uruguai, quando íamos ao Taquari, na represa da India Muerta, Taquarembó e tantos outros locais.
    Ao relembrarmos dos momentos vividos,logicamente, não deixaríamos de citar os companheiros daquelas façanhas, e que já haviam partido deste plano . O último nome a ser lembrado, fez-me voltar as lágrimas, porque além de ter sido companheiro na fase adulta, também fora meu colega na escola primária . Falo do: Bitenca, ou Bitencort, para os não muito chegados.
 Bitenca,foi comigo e mais trinta e cinco companheiros ao Pantanal. Foram doze dias de férias verdadeiras, saudáveis e divertidas, mas meu bom amigo e parceiro, partiu deste plano, pouco tempo depois dessa linda empreitada.
 Jorge, almoçou comigo a Beth e as crianças e depois me convidou à pescar na praia do Cassino, na vizinha cidade de Rio Grande e a pouco mais de 60 Km da praia do Laranjal; onde moro atualmente. Pescamos alguns peixes e ao voltar para casa, fiz com que ele levasse todos para um amigo, que faria com eles uma bela moqueca.
   Nos despedimos,marcando novas reuniões e pescarias também, pois ele havia voltado a morar em Pelotas, num belo apartamento da Vila Barros.
 No dia seguinte, após terminar nosso programa -meu e da Beth- “Os Nossos Amores Ausentes”; que vai ao ar todas as sextas-feiras, a mais de quatro anos, na TVC local , fomos buscar um dos netos, -o outro, estava junto a nós, assim como o Billy; nosso cachorrinho de estimação; o cofape da casa- e nos dirigimos a cidade de Rio Grande porque, a barca para São José do Norte sai a sete da manhã e por estar com problemas com a marinha, o número de carros foi reduzido nas travessias
   Nesse trajeto ocorre a segunda “coincidência”, ou seja: O Billy vomita no chão do carro; que por sorte estava com varias folhas de jornais forrando. O detalhe é que ele nunca havia feito isso e justamente naquele dia tinha que fazê-lo. Parei o carro quase que instantaneamente; por estar em baixa velocidade, e fui retirar os jornais sujos pelo vomito, quando ouvi uma voz suave ,vinda de uma figura feminina, que me sorria :
    -Olá,seu Gildo, o que houve para o Sr. ter parado aqui frente a minha casa essa hora da noite?
 Olhei, instintivamente o relógio e ele marcava 11;45 horas; mas voltando na direção da bela figura respondi:
 - Meu cachorrinho sentiu-se mal e vomitou. Quem é a senhora, perguntei, achando-a familiar. Ao que ela me respondeu:
   - Sou a Maura, viúva do Bitencur !...
  Juro que fiquei estático, arrepiado e naqueles segundos seguintes perplexo. Não tinha contato com ela, desde a morte do esposo e meu amigo Bitenca, nem sequer sabia noticias, pouco falava sobre o assunto, e ,em menos de 24 horas havia relembrado de nossa parceria junto ao Jorge e agora o meu cachorro vomita no carro, em frente a casa dela, que: Por “acaso”, estava na calçada; por acaso me reconhece e, ...por acaso vem falar comigo.
    Ora meus amigos e leitores,é muito “por acaso” prá tão curto espaço de tempo e dessa maneira tão sutil e marcante. Pensem o que quiserem, digam o que disserem , eu continuarei afirmando: “O por acaso não existe”.
   Ah!... Não é por acaso que escrevi este fato verídico e você leu com total atenção,...é ???
 
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Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 24/02/2011
Código do texto: T2811544
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