Edição de Card

Adriana Silva/2023

©️Todos os Direitos

Reservados. 

 

 

Espinhos
(Conto Poesia)

 

 

Libertei-te da doçura que a cegava da mísera ingenuidade,
Que empurrava de um precipício sem fim,
Nasceram espinhos dolorosos e pontiagudos,
Que a puxou para a mais dura realidade do seu sim.

 

O mundo não era tão doce assim e nem haveria de ser,
As pessoas não eram aquilo que havia sonhado,
Caiu em tentação e viu seu mundo inteiro,
Sem dó nem piedade de ser desarmado!

 

Caiu nas labaredas do poço inúmeras vezes,
As chamas fincaram  espinhos em sua face,
Retornou à superfície chorando e pedindo,
Que toda aquela dor acabasse!

 

Aguentou firme e forte
Tudo aquilo que abandonou-a própria sorte:
A dor, a fúria, a tristeza e o desespero,
E a sua nova vida assumiu por inteiro.

 

Aprendeu a usar o amor em pequenas doses,
A não ouvir as repetidas vozes,
Que tanto a derrubou
E a rejeição que a despedaçou...

 

Leu a bula antes,
Usou doses homeopáticas,
A quem de conta-gotas fosse.

 

Tornou o seu amor mais puro
Mais forte e mais duro
A quem infinito e merecedor estivesse!

 

Depois...
Limpa, digna e curada,
Voa livremente em seu mundo
E esqueceu o que tanto lhe machucava...

 

Carrega fogo, céu, fel, loucura e candura
Em sua própria alma
E leva consigo a calma
De quem foi cuspida de pregos sem armadura.

 

 

Publicado em: 26/01/2022

 

AdriSill
Enviado por AdriSill em 26/12/2023
Código do texto: T7962105
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2023. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.