A TRAIÇÃO DOS GENERAIS - um conto de fardas

Era uma vez, a um tempo não muito distante, um rei reinava com a aprovação do povo, sempre ovacionado e admirado por onde passava, tratando a todos sem distinção.

Havia subido ao trono após eleição conturbada e em quatro anos soergueu o pais a ponto de tê-lo colocado em evidência ante as nações.

Porém foram quatro anos de reinado que, se por um lado encontrava o apoio significativo do povo, por outro não tinha sossego sofrendo perseguição implacável de uma horda do mal e dos bruxos de capas pretas que tudo faziam para tirá-lo do trono, quer inventando notícias falsas, ou atribuindo ao rei inverdades e ações nefastas de outrens.

Naquele país o reinado não é vitalício, tendo o proposto rei que ser submetido a pleito e para assumir efetivamente o trono, necessário se torna a aprovação popular.

Assim foi que, no pleito realizado para substituição do rei ou prosseguimento do seu mandato, as forças do mal recorreram aos bruxos de capas pretas que se uniram e com suas forças malignas manipuladas o resultado atribuindo ao candidato da força do mal uma vitória que não existiu, haja vista que a fraude foi devidamente comprovada e nem assim a verdade imperou.

O povo se reuniu de forma pacífica por todo o país solicitando aos generais dos exércitos que interviessem para que o mal não seguisse adiante. Por dois longos meses o povo implorou, sob sol e chuva, sob calor intenso, dormindo no chão, em barracas de lonas. Famílias inteiras, pessoas idosas, crianças, pessoas com necessidades especiais, todos vestidos de verde e amarelo, cujo único clamor era: "Generais, salvem o Brasil"!

Mas eis que nada acontecia partindo dos militares, então os patriotas resolveram de forma pacífica sitiar os prédios públicos como forma de protesto, sem sequer demonstrar atitudes bélicas, apenas brado e cantos de hinos e frases patrióticas.

Se aa manifestações dos patriotas foram destacadas por uma conduta ordeira, por outro lado as forças do mal infiltraram agentes entre os patriotas e estabeleceram depredações generalizadas a fim de atribuir a culpa aos brasileiros de bem.

O cúmulo disso foi a consequente evacuação dos patriotas para local sitiado e que culminou com o encarceramento de mais de mil pessoas, entre elas idosos, crianças e tantas outras pessoas que de perigosas só tinham o patriotismo.

As Forças do mal conseguiram. Seu representante mor assumiu o trono respaldado pelos bruxos de capas pretas que tudo faziam para que as ações maléficas prosseguissem, para que o mal prosperasse.

A esperança do povo eram os homens fardados, justamente a quem se acreditava ser a última esperança da nação, mas constatou-se que os generais faziam parte da horda maléfica, mancomunados com os abutres do mal e, ao invés de intervir em defesa do povo e do país, trocaram de lado, vendendo-se por com dinheiro e conveniência traindo a própria Pátria e renegando seu passado de honra e Glória. Voltarem-se contra o rei anterior, seu contemporâneo de caserna e contra tudo que se preconiza na Carta Magna, passando para o lado do mal, tornando-se submisso tal qual um cão servil cujo dono o maltrata e no entanto continua subserviente e balançando o rabo. Lamentável, para militares cujo passado brilhou até então. Agora são vistos com descrédito pelo povo.

Hoje, completado um ano daquele fatídico dia

Ainda tem patriotas presos e alguns já foram condenados como se criminosos fossem, mas cujo crime foi e é ser patriota.

Que bons ventos soprem na direção desse país e varra todo o mal possibilitando que o bem e a prosperidade retorne para nosso povo.

Valdir Barreto Ramos
Enviado por Valdir Barreto Ramos em 08/01/2024
Código do texto: T7971801
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