A Surpresa II! O dia seguinte...

A cabeleira de Ângela está desarrumada. Sinais da festa na noite anterior. Não ficaram espalhadas, somente pelos cômodos da mansão. Taças e copos caídos pela casa que Zuleica sua empregada recolhe um a um. Entre um queixume e outro. Sua cabeça doe, tentando entender o que se passou antes de chegar a casa. “Os jornais!” “Preciso Ler os jornais”.

Olhou para o lado da cama. Avistou sua ultima conquista, toda linda! Corpo desnudo, magnífica jóia que ficou para esquecer-se de Lena. Outra vez o pesadelo veio com violência. Levantou de mansinho para não despertar a companheira. Razão nova de sua vida. Desce os degraus da escada num vão de dois, alcança a sala. Ouve sem dar a atenção, aos reclames de Zuleica.

Os jornais onde estão os jornais? Pensa em perguntar a Zuleica. Não ela pode desconfiar. Nunca dei valor a reportagens! Não tenho que achá-lo sozinha. Ela olha por todos os móveis e nada. Zuleica cata-copos estranha a atitude da patroa. Havendo, acordada àquela hora, procurando sei lá o que? Também pensa questionar a chefe. Não o faz, pois conhece a índole de Ângela quando acorda.

Ângela desnorteada vai para a conzinha, na intenção de tomar um café amargo. Sobre a mesa os jornais. Que estampa na primeira pagina. CASAL DE NAMORADOS, MORTO A TIROS NO BOSQUE. Ávida por maiores informações. Ela vai direto às paginas policiais. Lê aturdida noticia.

Por volta das vinte horas e trinta minutos da noite do ultimo sábado. Um casal de namorados é executado com tiros de um revolver calibre 38. As policia não tem confirmação, mas trata-se de crime passional. Não fora levado da vitimas nenhum pertence. Dinheiro e jóias ficaram com os corpos. Freqüentadores do bosque. Que não quiseram se identificar. Disseram: Ter visto um vulto sair dos arbustos logo após os disparos. No entanto ninguém confirma esta versão.

Estou perdida! Tenho que sumir eles me viram. “Dona Ângela!” Ah! Que susto quer me matar mulher? Tem um policial ai na porta. “Policia, meu Deus já me descobriam!” O que faço mando entrar ou a senhora vai lá falar com ele? Manda entrar. Não! Pede pra esperar. E...

A senhora decide ou manda entrar ou esperar. Entra pode mandar entrar. E serve a ele um café. Os pensamentos na cabeça de Ângela fervilha. “Eu conto? Não conto? Vou falar o que? Não, ninguém me entenderá!” Sobe a escada como raio e desce feito relâmpago. Na sala o guarda impaciente a espera. Quando a vê diz: dona Ângela a senhora...

Eu me entrego, não tinha intenção de matar. Foi num impulso. Ta aqui minha arma. Zuleica chame meu advogado. Pode me algemar. O policial fica aturdido com a reação de Ângela. Os convidados de Ângela que dormitavam em sua casa acordam com aquele alvoroço...

Ele a algema, chama reforços. As viaturas invadem o condomínio Pontal das Flores. E Ângela Scarpin a mega empresaria confessa o crime dos namorados no bosque. Sendo presa na manhã seguinte em que sua namorada Lena e o seu melhor amigo Beto foram vitimas de um violento acidente de carro, tentando sair da cidade com um milhão de reais.

valdison compositor
Enviado por valdison compositor em 17/02/2010
Reeditado em 17/02/2010
Código do texto: T2091064