Caso Vivaldi (13)

Na mansão da família Vivaldi o telefone da sala de estar toca e a própria Sra. Vivaldi é quem atende. Matias que está do outro lado da linha disse que precisaria fazer uma visita à família, Madalena concorda e desliga o telefone. O detetive Orlando, que estava de volta à cidade, perguntou qual era o próximo passo, o delegado respondeu que iria investigar Mariano, ele é o principal suspeito.

Fim de tarde e Mariano está em sua sala no banco, alguém bate na porta e o rapaz foi abrir, para sua surpresa era Heloísa quem estava ali.

- Não vai me convidar para entrar?

- Eu achei que não a veria mais hoje.

- Eu pensei no que você falou hoje de manhã.

- Que bom. A que conclusão você chegou?

- Que temos de esconder o nosso namoro por enquanto

- Namoro? Desde quando?

Heloísa jogou Mariano contra a parede e começou a beijá-lo, depois disse: - Desde agora. Mas o segredo não durou nada, pois Marco estava indo à sala de Mariano e presenciou a cena deixando os dois em uma situação embaraçosa. Ele se dirigiu aos dois e disse: - Espero que você possa fazer do meu filho um homem feliz e abraçou Heloísa. Ela e Mariano se surpreenderam por Marco não ter gritado, ele estava aceitando a situação de seu filho.

No dia seguinte Mariano acordou cedo e foi até uma agência de viagens, comprou pacote para dois para San Carlos de Bariloche e fez reserva no hotel Nahuel Huapi. Resolvida a questão, almoçou e foi para casa pegar suas coisas do trabalho. Entrando em casa deparou-se com Matias na sala com seu pai, o delegado esperava Mariano para autorizar uma vistoria em seu quarto, foi autorizado e dirigiu-se aos aposentos do rapaz. A única coisa suspeita que achou foi um pedaço de papel com um número de telefone anotado, de um sujeito chamado Fernando, guardou em seu bolso da calça e foi embora. Mariano comentou com o pai que achava o delegado muito suspeito, até agora não havia apresentado nada de concreto. A conversa encerrou com a chegada de Madalena, que estava com uma expressão péssima.

- Qual foi o resultado dos exames? Perguntou o marido.

- Tenho um tumor na cabeça.

- O quê? Perguntou Mariano, assustado.

- Sua mãe teve dores de cabeça fortíssimas durante uma semana, então ela resolveu fazer alguns exames.

- Vou sair agora, tenho que encontrar um amigo.

- Aposto que o seu amigo se chama Heloísa, aquela vagabunda. Madalena gritou, mas Mariano já havia saído.

- Não grite desse jeito, vai piorar sua situação – disse o marido.

Mariano combinara de encontrar Heloísa no clube.

- Já fui à agência e providenciei tudo.

- Não sei se vou poder ir.

- Por quê?

- Ainda não contei aos meus pais sobre nós dois e não posso viajar de repente sem dar satisfação, eles são a minha família.

- Eu te ajudo a contar, e se quiser eu transfiro a viagem para outra semana.

- Ainda bem que você me entende, meu amor.

- Finalmente me chamando de meu amor, não sabe quanto tempo esperei por isso.

No dia seguinte Mariano entra no quarto da irmã para conversar.

- Preciso de uma ajuda sua.

- Para quê?

- Quero comprar um presente para Heloísa, ela vai fazer aniversário no meio da nossa viagem.

- E o que você pensou em dar?

- Um anel, penso que é adequado.

- Tudo bem, eu vou com você à loja.

- Obrigado por me ajudar em tudo maninha.

- Você ama mesmo ela não? Dá pra ver na sua cara.

- Amo muito, finalmente algo está dando certo na minha vida. E você? Como vai a sua vida amorosa? Nesse instante Dominique ficou calada e distante por um tempo, dando a entender que havia algo errado.

- Aconteceu alguma coisa Nique? A irmã demorou, mas confessou chorando.

- Um cara tentou transar comigo à força. Eu fui a uma festa com o Franco na semana passada. Estávamos dançando eu o tal cara, o nome dele era Renato e era o dono da festa, de repente ele me beijou e começamos a ficar ali. Ele me levou para o quarto e continuamos a beijar, seria minha primeira vez, mas ele estava sem camisinha, então eu falei que não era certo e fui em direção à porta, mas ele me segurou pelo braço e trancou a porta. Disse que faria assim mesmo, pois há algum tempo não transava, dei um tapa nele e idiota falou: - Se não fizer comigo eu faço com seu irmãozinho gay. Eu disse que se ele encostasse um dedo no Franco poderia se considerar morto.

- Meu deus. Como alguém pôde fazer isso com você? Que sujeito sem caráter, mas isso não vai ficar assim.

- O que você vai fazer? Por favor, não cometa nenhuma loucura.

- Vou dar um gelo nesse cretino, vai se arrepender de ter feito isso contra você.

Farah
Enviado por Farah em 21/09/2006
Código do texto: T246086
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