Só Mais Um Crime (Partes 6, 7 e 8)

Parte 6

Chegaram cedo no dia seguinte ao escritório. Souza ainda não havia chegado. Esperaram enquanto comiam as benditas rosquinhas com glacê. Souza chegou apressado e com notícias.

- Só pode ser uma pessoa o nosso suspeito. – falou ele empolgado.

- Quem? – perguntaram os outros três.

- Morreu mais uma pessoa. Uma mulher chamada Berenice Junqueira, uma ex-secretária de...

- Silvan Craig. – falou Hill. Souza ficou perplexo que Hill já soubesse.

- Como você sabe?

- Fui com Laura na favela ontem. Um cara num bar falou que O Gonzaga trabalha com carregamento de cargas e tal. Falou que os caminhões eram da frota de um bacana.

- Isso mesmo. Fiz uma busca e descobri que Craig tem sete mil e quatrocentos caminhões registrados, porém estão faltando cinco na companhia, que não foram dados como roubados, destruídos, nem nada. São os caminhões que ele usa para carregar e descarregar as cargas com, adivinhem.

- Drogas. – falou Olívia.

- Exatamente. O cara é traficante.

- Tá explicado como ele conseguiu tanta grana pra comprar caminhão. – falou Laura.

- Temos que traçar um plano de captura. – falou Hill. – Algo em mente Souza?

- Estou pensando em algo digno de Hollywood.

Todas as luzes já estavam apagadas. O escritório já estava trancado. Silvan Craig se dirigia rapidamente para a saída. Em minutos sua filha, Jackie Craig, uma famosa musicista, iria se apresentar no Teatro Municipal e ele não poderia chegar atrasado. Seria a primeira vez que ela se apresentaria no Brasil depois da morte da mãe e ele tinha que estar lá para dar apoio à filha numa hora tão importante no contexto profissional e emocional da vida da filha.

Tomou um último gole de café, preparado pela nova secretária, Janete Silva. Não era tão bom quanto o de Berenice, mas ela havia pedido demissão e fora embora sem nem se despedir. Ele estranhou, depois de tê-la ajudado tanto, ter dado um emprego a ela, que estava grávida na época e havia sido abandonada pelo marido. Só queria chegar em casa, para tomar um banho. Esperava que Hilda Barcelos já tivesse passado seu smoking. Hilda, a nova empregada, parecia inexperiente, mas queria dar uma chance à menina. Ficara chocado quando recebera a notícia da morte de Aparecida do Carmo, e ainda acharam que ele fosse suspeito. Um homem simples que só tinha olhos para a filha.

Estranhou quando ouviu um barulho no hall. Foi ver o que era. Não queria problemas com ladrões em seu escritório. Levou um susto ao ver a última imagem de sua vida.

- Então foi você? – foram suas últimas palavras. Enfiaram uma faca direto em seu coração. Ele caiu morto ali, na hora, traído. Mal sabia sua filha que jamais tocaria num violino novamente, quando recebesse a notícia.

Hill estava no quarto de Laura. Conversavam sobre como seria a captura de Silvan Craig. Estavam felizes com o sucesso das buscas.

- Um brinde, ao bom trabalho milico-policial. – falou Laura rindo. Sua risada era linda. Exalava felicidade.

- Isso aí! – falou Hill. Ficaram um tempo se encarando e o clima ali foi esquentando.

- Já falei que não durmo com colegas de trabalho? – Laura perguntou.

- Duas vezes. – Hill respondeu.

- Que pena. – foi a brecha para Hill avançar. Agarrou Laura pelas costas e deu-lhe um beijo. Um beijo de desejo, de vontade, de querer. – Espera. – ela pediu. – E a federal patricinha?

- Não tenho nada com a Olívia. Tivemos um romance há seis anos e esse ano dormimos juntos uma vez. A última vez, para selar o passado.

- Tem certeza? – Hill respondeu com um beijo. Depois ele desabotoou a camisa de Laura, botão por botão. Ela não usava uma lingerie feminina e rendada como as mulheres que conheceu. Usava nada mais que um top, preto, de ginástica. Arrancou sua saia com um puxão e ficou surpreso ao ver uma calcinha branca, de renda, bem feminina, que não combinava com o top. Passou a mão por todo o seu corpo, e ela parecia estar gostando, como se estivesse se libertando de algo que a afligia. Fizeram amor no quarto dela e adormeceram.

- Hill. – Laura chamou. Ela havia acabado de acordar. Ele fazia carinho em seus cabelos. – Sabe, eu menti. Não gostava do que fizemos, até hoje.

- Que bom que você gostou. Significou muito pra mim. – falou Hill.

- Hill?

- Hum.

- Me conte um segredo.

- Por quê?

- Eu te contei o meu, quando você pediu. Vai ser importante para mim. – ela pediu.

- Sou casamentofóbico.

- Todos os homens são. – ela rebateu.

- Você não está entendendo. Realmente eu tenho medo de me casar. – ele falou e contou para ela toda a história que tinha vivido com Nanda.

- Mas isso foi há tanto tempo Hill.

- Eu sei, mas não consigo me apaixonar por ninguém como me apaixonei por ela.

- Nem pro mim? – ela perguntou.

- Eu não sei Laura. Acho que estou apaixonado por você, mas não sei se conseguiria me casar com você.

- E quem falou em casamento?

- Ora, você é jovem, deve querer se casar, ter família.

- Nunca quis nada disso. Não sei o que é uma família. – ela falou. Eles se encararam e Hill beijou a boca de Laura.

- Já está quase na hora de irmos para o escritório. – observou Hill. – Que pena. Eu poderia ficar aqui contigo a vida inteira.

Parte 7

Estavam todos preparados. O helicóptero com Hill, Olívia, Souza e Laura já estava no ar, se dirigindo para a torre do escritório de Silvan Craig.

- Hoje pegamos esse cara! – falou Souza, empolgado como nunca.

- Chegamos. – anunciou o piloto.

- Silvan Craig, aqui é a polícia federal brasileira, saia agora do prédio. Silvan Craig, saia do prédio. – falou Souza no alto falante.

- Nada senhor. Permissão para equipe entrar no prédio. – pediu um policial pelo rádio.

- Permissão concedida, policial Iago. Me tragam Silvan Craig. – respondeu Souza, eufórico – Não há escapatória para esse cara. – falou para Hill, depois voltou a ordenar a saída de Silvan pelo alto falante.

Se passaram minutos e nenhuma resposta, nem de Silvan, nem dos policiais, quando enfim o rádio chamou.

- Notícias senhor. – falou Iago.

- Pegaram ele?

- Não senhor. Pegaram ele para a gente.

- O quê?

- Silvan está morto senhor. Olhe para o terraço. – todos olharam para baixo. Policiais faziam sinais com lanterna e apontavam para um corpo inerte no chão.

- Não pode ser. – falaram Souza e Hill.

- ALGUÉM ME EXPLICA COMO CRAIG PODE ESTAR MORTO? – berrava Souza que acabara de chegar da perícia e da autópsia, com o laudo nas mãos.

- Ele não era nosso homem. – falou Olívia.

- O que diz o laudo? – perguntou Laura.

- Diz que foi esfaqueado no coração. Provavelmente teve o corpo arrastado até o terraço, mas não encontram vestígios de sangue na perícia.

- Como esse cara pode fazer tudo assim, com perfeição? – falou Hill.

- Não sei. – admitiu Souza.

- Bom, a causa pelo menos nós já sabemos. Era por causa das drogas. A filha de Hill, é suspeita? – perguntou Olívia.

- Não. Ela estava tocando violino no Teatro Municipal na hora do óbito. Está arrasada. Disse que toda vez que vai se apresentar alguém morre, primeiro a mãe e agora o pai. Jurou que nunca mais vai tocar violino. – respondeu Laura.

Estavam todos perplexos com o ocorrido. Não sabiam o que fazer, de onde continuar.

- Quer dizer que agora estamos assim? Sem rumo? – perguntou Olívia para Hill, num momento em que os dois ficaram a sós. Souza tinha ido tomar uns remédios e Laura ido enviar a carta que Hill havia redigido pedindo a permanência dela no caso.

- Do que você está falando? – Hill perguntou. Estava perdido, confuso e com raiva pelo fracasso. Podia jurar que Silvan Craig era o bandido e o cara aparece morto. O que estava deixando passar?

- Hill?

- Hum.

- Você está tão quieto. O que houve?

- Não sei Olívia. Eu estou deixando passar alguma coisa. Se Silvan não é o nosso cara, então quem é?

- Eu volto a achar que é o tal do André Motta.

- Olívia, tem mais. Ele pode até estar envolvido nessa história toda, mas tem alguém com grana por trás de toda essa história. – falou Hill com muita convicção.

- A primeira pergunta era sobre nós.

- Não tô com cabeça para isso.

- Hill, eu tenho que saber, para me livrar do que sinto. Na Amazônia, você simplesmente sumiu depois que o caso acabou. – Olívia estava sentida, triste.

- Porque eu nunca quis nada sério com ninguém. Não leve à mal. Eu tenho um afeto muito grande por você, mas... – ele estava irritado, não queria conversar sobre isso com ela nunca mais, por isso prosseguiu – Mas é só isso. Sinto muito. – falou ele. Olívia apenas o olhou e concordou com a cabeça.

Ficaram olhando para o nada por um tempo, pensando em tudo e em nada.

Olívia tentava se conformar com o fato de que nunca seria amada por Hill. Mais que isso, tentava não se culpar por amar alguém que ela sabia que nunca a amaria.

Por outro lado, Hill só conseguia repassar em sua mente cada detalhe do caso. Quatro mortes. Três delas apontavam para Silvan Craig e aí ele aparece morto também. Como isso era possível? Silvan não poderia mais ser o culpado. De qualquer forma, ainda assim ele poderia ter culpa no cartório, mas então ele deveria ter um comparsa. Ou não. Apenas alguém perdeu a confiança nele e o matou. Era uma boa hipótese, mas ele não sabia por onde começar a investigar. “Droga. O que será que eu estou deixando passar? Dinheiro, drogas, família, amor...?” era esse o pensamento que mais passava pela cabeça de Hill.

O celular de Hill tocou, despertando a ele e Olívia dos pensamentos.

- Alô?

- Hill, e se Craig ainda assim for o culpado? – perguntou a voz de Souza do outro lado.

- Eu estava pensando nisso agora.

- Estou indo para a casa da filha dele, Jackie, agora.

- Olívia e eu estaremos lá. – respondeu Hill – Vamos.

Seguiram de carro para o apartamento de Jackie. Ela morava em Ipanema, de frente para a praia. Na varanda havia um cartaz com seu telefone e o anúncio de que ela pretendia vender o apartamento. Subiram de elevador até a cobertura.

- Quem é? – ela perguntou ao ouvirem bater na porta.

- Polícia Federal. – falou Olívia. Jackie abriu a porta.

- Entrem. Olha, eu já depus. – falou – O que há?

- Precisamos fazer umas perguntas. – falou Hill.

- Aceitam um café, água, suco, refrigerante?

- Não. – falou Olívia.

- Um refrigerante, por favor. – pediu Hill e Jackie lhe entregou uma coca-cola. – O policial Souza não apareceu aqui ainda?

- Não que eu saiba. – falou ela, estava tensa com a visita deles – O que vocês querem saber? – era visível a perturbação de Jackie. Devia ser muito bonita, observava Hill, loira, olhos mel, mas as olheiras predominavam em seu olhar caído e abandonado.

- Seu pai tinha algum segredo? – Hill perguntou.

- Se tinha não me contou.

- Olha, não estamos aqui em missão oficial e é muito importante que...

Hill foi interrompido pelo celular de Olívia, que tocava.

- O quê? Não pode ser. Estou indo para aí agora. Pode deixar Iago. – falou Olívia. – Hill, Souza levou um tiro. Entrou em coma.

Parte 8

- Olha, agora que Olívia foi embora, será que a gente pode conversar?

- Claro. – respondeu Jackie.

- Tem certeza que seu pai não tinha nenhum segredo? Cada detalhe é muito precioso para resolver essa história. – falou Hill.

- Olha, eu não sei de nada dos negócios do meu pai. Ele sempre foi muito fechado quanto a isso. Quando os assuntos eram comigo era só sobre música. – falou Jackie, um pouco menos triste.

- Ele era um bom pai?

- Claro. Quando isso interessava a ele, sim.

- Como assim?

- Ele passou a ser mais presente em minha vida há pouco tempo. Ele ficou muito mal com a morte da minha mãe.

- Ele tinha alguém em confiava os negócios?

- Só o Haiden.

- E que é esse?

- Meu noivo. O secretário geral do meu pai. Ele depois a favor do meu pai.

- Entendo. Você está querendo vender o apartamento?

- Estou. Meus pais estão mortos, então nada mais que me prenda aqui no Brasil. Vou voltar para os EUA. – falou ela – Olha, sinto muito não estar ajudando muito, mas é que eu realmente não sei de mais nada. Eu quero tanto quanto você saber quem matou meu pai.

- Eu acredito em você. Você sabe onde Haiden está?

- Pelo que sei ele foi para os EUA tratar da papelada do meu pai. – falou Jackie. Se despediram e Hill seguiu para o hospital que Souza fora internado.

Olívia estava no quarto, ao lado do chefe, a espera de Hill.

- E aí? – ele perguntou.

- Nada. Está em coma. O tiro foi muito perto do coração. Ele acabou de ser operado. A bala já foi rastreada e consta como tendo sido importada do Iraque. Não dá em lugar nenhum.

- Estamos lidando com um assassino profissional. Eu quero conversar com você e Laura agora. Vamos para o hotel. – falou.

Chegaram no hotel e foram para o quarto de Hill.

- O que você queria falar? – Olívia quis saber.

- Eu tive uma conversa com Jackie e ela me disse que o noivo dela, o cara que depôs a favor do Silvan está fora tratando da papelada do pai dela.

- Você acha que apesar de tudo ela pode estar envolvida no caso? – Laura perguntou.

- Eu não sei. Ela está querendo vender o apartamento para voltar para os EUA.

- Isso é estranho. – falou Olívia.

- Ela disse que nada mais a prende aqui.

- Não podemos deixa-la ir. Ela tem álibi, mas pode ser mentira. – Olívia disse.

- Eu acho que ela não seria capaz de matar o pai. – falou Hill.

- Talvez ela não tenha feito isso, talvez tenha feito. Como saber? E se ela tinha comparsas? – observou Laura.

- Acho que temos que falar com Haiden.

- E enquanto isso trabalhamos no escritório. – falou Olívia, decepcionada com o insucesso do caso.

Trabalharam quatro dias inteiros no escritório, sem terem um rumo. Haiden ainda não havia voltado dos EUA, mas enquanto trabalhavam com a papelada foram descobrindo coisas interessantes.

- Olhem que interessante. – falou Laura. – Há um enorme desvio de dinheiro das empresas Craig para dois bancos diferentes na Espanha.

- Sim, estranho. – falou Olívia.

- O mais estranho é que esse desvio foi feito ontem à noite. Acabei de acessar os arquivos federais e consta que um valor de R$ 104. 500,00 foi enviado para bancos espanhóis. – completou ela.

- Ontem? – falou Hill.

- Exato. Sabem o que eu acho? – mas Laura não terminou de falar. O telefone de Olívia tocou dizendo que Souza estava acordado. Seguiram para o hospital.

Souza estava almoçando na hora que chegaram lá.

- Que bom ver vocês. – falou ele.

- Que susto hein? – falou Olívia.

- Sim. Achei que ia morrer.

- Você se lembra de alguma coisa Souza? – Hill perguntou.

- Eu estava indo para a casa da Jackie como falei com você no telefone, então o pessoal da polícia me ligou dizendo que tinham descoberto alguma coisa e que era para eu encontra-los num armazém ali perto. Fui correndo e quando cheguei lá, só me lembro do tiro sendo disparado eu caindo no chão. Não vi quem tinha atirado, só sei que parecia ser alto, não sei dizer. – relatou Souza.

- Se queriam te tirar do caso quase conseguiram. – falou Laura.

- A questão é por quê? Estamos perto de uma resposta, eu sinto isso. – falou Hill.

Haiden era um homem com corpo atlético, bom preparo físico, loiro, de olhos azuis piscina. Um homem muito bonito, e muito carismático. Ele voltara ao Brasil dois dias depois de Souza ter acordado.

- Estou arrasado com morte de Silvan. Ele era um bom sogro. – falou Haiden.

- Imagino. Para você tê-lo ajudado com um depoimento. – falou Hill.

- Verdade. Mas eu não poderia fazer menos por ele. Mas agora temos que tentar esquecer essa história. Jackie já vendeu o apartamento e já estamos prontos para voltar para os EUA. – falou ele.

- E como vai com a papelada?

- Tudo certo, todo o dinheiro dele já foi liberado para Jackie usar e agora ela pretende vender as ações da empresa. – falou Hainden.

- Vai vender as ações? Bom negócio. – falou Laura.

- Você não sabe de mais nada? – perguntou Olívia.

- Não. Já cuidei do que era para ser cuidado. É tudo o que sei. – respondeu Haiden. Ele foi liberado, nada podia acusa-lo.

Hill voltou para o hotel com a cabeça cheia. Apesar de todo o carisma de Haiden ele desconfiara de algo no olhar dele. Além disso, tudo parecia muito cômodo para Haiden, se casar com uma órfã milionária, cuidar do dinheiro de Silvan. Aquele rapaz escondia alguma coisa, mas ele não sabia o quê. Tinha que descobrir. Se ao menos tivesse alguma prova. Ficou matutando sobre o que poderia fazer. E se Haiden fosse o bandido? Ele poderia muito bem ter contratado pessoas para matar alguém que... Ele acabou dando espaço para outro pensamento. Se pôs a elucubrar. E se as pessoas que morreram, morreram porque sabiam de algum podre das empresas? Silvan ainda podia ser o bandido. Ou não.

Ele voltou para o escritório para fazer uma pesquisa. Os caminhões eram alugados para quase quinhentas empresas diferentes, mas os que faltavam na frota não estavam nos registros. Isso não levaria o lugar nenhum. Estava pesquisando errado. Pensou em suas possibilidades. Os caminhões sumidos faziam a frota de drogas, mas eles não tinham provas disso. Lembrou-se que era um bacana que fornecia esses caminhões sumidos, mas e se não fosse Craig? Eles tinham que pegar O Gonzaga para obter informações.

- Alô?

- Olívia, fala pra Laura me encontrar no Complexo do Alemão. – falou Hill.

Foram para a favela. De acordo com um morador Gonzaga naquele momento estava no duplex dele. Foram seguindo pelos becos. Entraram na casa sem fazer barulho. Gonzaga assistia TV.

- Que porra é essa? – perguntou assustado, sacando uma arma, que era inútil, pois Hill tinha sido mais rápido e apontava duas armas para Gonzaga.

- Quero informações. Eu não vim aqui para te prender, a polícia não está tão interessada em você agora, mas eu estou. – falou Hill.

- Que que tu qué? – perguntou Gonzaga.

- O cara que te fornece os caminhões pro transporte de drogas. Qual o nome dele?

- Não sei do que tu ta falando não. – respondeu Gonzaga. Laura acertou um soco na barriga do bandido.

- Merda. – ele gritou. – Merda. É um bacana aí.

- O nome Gonzaga.

- Cacete eu não sei. – levou outro soco de Laura. – PORRA. Dá pra parar com isso? – gritou, e Laura acertou outro soco nele, desta vez na cara.

- Fala logo ou você vai apanhar até perder cada dente podre que tem na boca. – falou Laura, muito irritada.

- Tá bem, tá bem. É um maluquinho aí que só pensa em drogas e pornografia. Acho que o nome dele é Jackson.

- Jackson?

- Não tenho certeza, eu nunca o vi. Ele fornece os caminhões. Ele desviou uma quantidade para traficar droga, mas acho que não trabalha sozinho não.

- Jackson. Você por acaso não quis dizer Jackie? – perguntou Laura.

- Acho que pode ser.

Camilla T
Enviado por Camilla T em 20/10/2012
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