A FIGUEIRA DOS MALANDROS

Havia uma velha figueira, onde atualmente e a creche Marratma Gandhi aqui no bairro, onde naquele tempo se reunia ali a flor da malandragem do bairro.

João Careca, Juvenil, Leitoa e muitos outros se reuniam ali para jogar baralho e as vezes este jogo terminava a luz de velas.

Meu pai tinha ali nas imediações onde e hoje o Jardim da infância do bairro, uma quitanda bem sortida, quase um super mercado e por isso assistíamos ali fatos muito engraçados, principalmente as vans tentativas de prender os malandros.

Em uma delas, eu presenciei o seguinte:

Como o local onde ficava a tal figueira, e a quitanda do meu pai eram no Centro de duas ruas paralelas cortadas por um pequeno riacho, os policiais vieram em dois carros particulares e armaram o seguinte plano:

Um dos carros passou direto pelo local e estacionou bem longe das vistas dos malandros. O outro ficou estacionado bem antes do local e eles vieram pelas duas ruas, um subindo e outro descendo e se dirigindo um de cada vez ao local da jogatina.

Como era esperado o primeiro conseguiu habilmente entrar no jogo e assim, sucessivamente os outros como quem não quer nada, fingindo encontrar o amigo ali casualmente, convidados por este, entraram também no jogo.

Quando aquele que parecia ser o chefe dos policiais, com um leve sinal, um piscar de olhos talvez sacou sua arma seguido pelos outros que também as sacaram no mesmo tempo. Será que eles conseguiram prender os meliantes?

Que nada, como num passe de magica, cada um correu para um canto e deixaram os policiais apontando suas armas uns aos outros ate que por fim foram embora.