O CEIFEIRO NEGRO

"Era noite, chovia fortemente, podia sentir a batida de cada pingo que caia sobre o corpo já fatigado, o ar que saia pelos pulmões ofegantes, era quente e formava uma pequena nevoa. O impacto que percorreu o braço até o ombro direito, vinha de calvariam, velha assistente, amiga de longa data, um FAL-762 cromado, com entalhes de alto relevo, ornamentos de estilo romano, e uma inscrição em latim "Ego gladius iudicii, et Dei flagellum(Eu sou a espada da justiça, e flagelo de Deus)".

O tempo parecia ter parado, podia ver o rastro do projetil que fora deflagrado, voando vorazmente em direção ao alvo. Projetil que alcança o individuo, um forte solavanco o desestabiliza, chuvisco rubro espirra de sua nuca, massa encefálica voa pelo ar úmido, ao mesmo tempo um choque percorre o corpo, _ Uma vida?

Me faço o questionamento, enquanto observo o corpo inerte batendo no chão, caindo numa poça de lama, sangue e massa cinzenta.

O corpo que cai era de um homem, chamado Richarlison Nogueira, traficante de drogas, terrorista, cafetão, aliciador... senador da republica, ele desapontou esta nação com seus atos libidinosos pela ultima vez, discursava a favor de todo tipo de libertinagem, usando o pretexto de uma sociedade livre de dogmas e conservadorismos, apenas falacias com uma bandeira vermelha, desculpas para justificar seus próprios atos de estupro social.

Seus seguranças ainda assustados e desnorteados, não conseguem identificar a trajetória do disparo... Porcos imundos, policiais explorados pelo sistema auto destrutivo, criado por Nogueira e sua corja, vendidos por alguns zeros a mais em suas contas, não passam de restos do que um dia foram, e assim como restos pútridos de carne, os jogarei onde pertencem, o lixo..."

O Ceifeiro Negro

Tiago André Breta Izidoro

Zero
Enviado por Zero em 24/12/2014
Código do texto: T5080276
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