O Tribunal

Estou num tribunal sendo julgado por juízes impiedosos e indesculpáveis. Estou sendo julgado por princípios que eu mesmo criei. Contra eles, portanto, não há nenhum argumento que os faça caírem em terra. Já estou condenado!

Meus acusadores lançam sobre mim impertinentes acusações sem nem ao menos darem a chance de defender-me com a devida dignidade da qual tenho direito. Alguns me julgam com princípios infundados da sabedoria humana, tão falha e tão digna de reprovação. Será que consideram digno ser julgado assim?

A injustiça me rodeia como um leão rodeia a sua presa. Neste tribunal, que mais parece uma cova de leões famintos, sou obrigado a levantar-me e pronunciar minha defesa, mesmo sabendo que será posta à prova. Não encontro argumentos que me absolvam, embora tenha plena certeza de ser inocente. Estou certo de que não me lembro bem o que fiz na noite do acontecido. A lembrança me vem à mente coberta como que por neblina. Não consigo me lembrar onde estava, o que fazia e porque fazia. Mas lembrando disso ou não, não me considero capaz de ter cometido tamanha atrocidade da qual estou sendo julgado como autor. Estava a ponto de ter um surto psicótico!

Todos me olhavam aguardando que eu pronunciasse alguma palavra, já que até aquele momento permanecia inerte e deveras calado, com o olhar fixo em algum lugar que me permitia divagar pelo mundo confuso dos meus pensamentos, ainda um pouco turvos. Não! Não tentava passar-me por louco como muito de vocês podem estar pensando! Não tenho uma natureza dada ao drama e a encenação perfeita. Se ousasse por em prática tal intento todos, sem exceção, perceberiam que minhas atitudes não passavam de meras tentativas de burlar as autoridades presentes em meu infernal julgamento! Apenas tentava por em ordem os pensamentos que me viam à mente como um quebra cabeças... Eu tentava, mas tudo que me vinham eram resquícios de um acontecido... Continuava a observar a esmo e vagamente aqueles rostos sombrios que me intimidavam diante das palavras proferidas por suas bocas e suas vozes que ecoavam em meus ouvidos... Seus semblantes eram muralhas impenetráveis...

Tentei outra vez argumentar, mas nem eu mesmo acreditei em mim, apesar de que as palavras proferidas, agora em som estridente, fossem a simples verdade. Nada além do que podia ser nada além do que deveria dizer. Não minto! Ou será que minto pra mim mesmo? Essas dúvidas fizeram com que eu considerasse as minhas lembranças mais dignas de crédito, com base em um princípio que aprendi tempos atrás: "O homem que não desconfia de si mesmo, não é digno da confiança dos outros". Prossegui em meu discurso relatando-lhes o que me era mais claro até aquele momento.

De tempos em tempos os meus acusadores interrompiam-me alegando ser contraditório o que eu dizia. Ficava simplesmente sem resposta diante dos argumentos que com grande destreza os meus inimigos proferiam a fim de provar a minha contrariedade na apresentação dos fatos. Se eu omitia algum detalhe, não omitia por mal, mas porque os fatos ainda eram obscuros no porão da minha consciência.

Por conta disso resolveram, por unanimidade, suspender a cessão até que os fatos me fossem mais claros. Suspenderam o meu julgamento e adiaram por um tempo indeterminado o meu tormento. Era assim que julgava as minhas lembranças que me atormentavam como fantasmas de fatos que morreram sem que eu lhes tivesse dado crédito.

Levaram-me de volta à cela escura onde outrora estivera. Então adormeci na presença vaga dos meus pensamentos.

Tive pesadelos que me fizeram acordar aos gritos rompendo com o silêncio que ocupava o espaço até então vazio e inoperante da minha prisão. Não sei se eram lembranças do acontecido, mas a sua riqueza de detalhes me levaram a crer que sim.

No dia seguinte acordei sobre as batucadas do guarda que me trouxera o café da manhã. Tomei-o com muita pressa, já que pretendia reiterar-me acerca dos fatos que se revelaram a mim por intermédio dos sonhos que tivera. Eram um tanto quanto reveladores, contudo, ainda não eram suficientes para atestar a minha inocência. Esperava ansiosamente a chegada da noite, como uma mulher à espera do amante, com a esperança de que tivesse mais um sonho revelador que perfeitamente se encaixasse aos fatos já claros à minha consciência.

Andávamos pela cidade, mas tinha a impressão desconfiada que me levavam á outros lugares que não o tribunal... Rondamos por lugares antes não visitados e deveras inóspitos.

Fui tomado de um terror repentino quando avistei ao longe o cenário do meu mais terrível pesadelo. Uma cabana que, segundo as minhas claras lembranças, havia sido a arché de tudo aquilo que me sucedera até então.

Não sei bem o motivo que os levaram a me conduzir àquele lugar, contudo, os seguia submisso, não por temor, mas por obrigação. Já que me carregavam fortemente acorrentado a um dos guardas que violentamente me conduzia cabana adentro.

Gritei por socorro enquanto podia, pois me amordaçaram com temor de que meus gritos fossem ouvidos pela vizinhança que ficava a algumas centenas de metros da cabana onde estávamos.

Nenhuma palavra me foi dirigida até o chegar da noite, quando dois homens fortemente armados adentraram aquele recinto e sacudiram meu corpo ainda inerte, acordando-me de um profundo sono nada revelador.

Assustado e coberto pela escuridão da cabana, não pude avistar o semblante dos homens que haviam acabado de entrar.

A escuridão só foi parcialmente rompida quando feixes de luz dos faróis do carro, que trouxera os desconhecidos homens armados, invadiram o recinto, dando a esses um perfil assustador e nada amigável.

Tiraram-me a mordaça sob fortes ameaças de estrangular-me caso ousasse gritar por socorro. Calado estava. Calado fiquei. Até que fizeram perguntas que exigiam a minha resposta:

-Conheces este lugar?

-Tenho apenas vaga lembrança.

-Do que te lembras?

-Lembro-me que foi aqui que encontraram o corpo mutilado da estudante que eu conhecera no Barsnooker de Boa Ventura.

-Existem relatos de que você a acompanhou até esta cabana e, com certeza, foi o último a vê-la viva. Inclusive antes de seres levado ao hospital onde recebestes os primeiros cuidados médicos, já que estavas desmaiado e com uma febre muito alta, você foi encontrado ao lado do corpo mutilado de Sandra Leibniz. Inclusive a faca utilizada na mutilação estava ao seu lado e segundo dados dos investigadores da polícia local, nela constam apenas as suas digitais. Por isso mesmo julgam-te como o principal acusado pela autoria de tão bárbaro crime...

-Mas retirei-me antes mesmo do assassinato!

-Então como explicas o fato de terdes sido encontrado ao lado do corpo de Sandra?

-Não podem muito bem ter me embriagado ou me entorpecido a fim de me incriminarem?

-Mas os exames feitos pelo hospital não acusaram a presença de nenhum entorpecente, e a quantidade de álcool encontrado era de apenas 0,4 g/l de sangue. Essa taxa o encaixa como sóbrio no momento do crime.

-Incompetentes! Seus investigadores não passam de meros incompetentes! Será que não passou na cabeça deles o fato de o fígado liberar 0,1 g/l de álcool no sangue a cada 1 hora? Se a polícia demorou cerca de 15 horas para atender ao chamado dos moradores que moram na vizinhança próxima a esta cabana, a quantidade de álcool liberada pelo fígado foi de cerca de 1,5 g/l de sangue, o que somado à quantidade de álcool encontrado no momento em que foi feito o exame dá um total de 1,9 g/l. Isso me confere um estado de total confusão, vertigem, desequilíbrio, dificuldade na fala e distúrbios da sensação. Por essa causa eu não me lembro dos fatos mais importantes do acontecido!

-Por meio de quais fontes lhe foram informadas que a polícia atendeu ao chamado somente cerca de 15 horas após ter sido acionada?

-Enquanto estava no hospital, pude assistir ao noticiário da manhã que fazia uma entrevista com uma policial que acompanhou a investigação da cena do crime. Segundo ela, a demora da polícia em atender ao chamado devia-se ao fato de toda a equipe policial ter se mobilizado na praça central da cidade em frente à casa do prefeito, a fim de protegê-la do ataque de manifestantes que reivindicavam melhorias em vários setores da cidade de Boa Ventura.

-Irei pessoalmente verificar se as informações por você prestada conferem com as informações que colherei dos meus oficiais. Levem-no de volta à cela imediatamente!

Inconformado indaguei-os ainda:

-Com que direito vocês me trouxeram até aqui para interrogar-me, se devia somente pronunciar-me diante dos juízes e dos presentes no tribunal?!

-Essas foram ordens do juiz, com o intuito de que você se lembrasse do máximo de fatos possíveis, a fim de apresentá-los na cessão que ocorrerá amanhã logo cedo.

-Se isso que você acabou de dizer é verdade exijo que me apresentem o mandado assinado pelo juiz!

-Na posição em que você está não tem o direito de exigir nada!...Levem-no imediatamente à prisão, antes que eu me irrite e acabe fazendo besteira!

Levado de volta ao carro que me conduziria à cela pude ver de relance o nome e o semblante de um dos policiais. Seu nome era Rodrigo Velásquez.

O nome, a princípio me pareceu um pouco familiar, mas desprovido de lembranças que confirmassem minha impressão, deixei-o de lado e entrei no carro que rapidamente me conduziu à prisão onde passaria mais uma noite numa cela escura, fria e solitária.

Inquieto pelos fatos que me foram revelados nesse dia tão conturbado, não consegui dormir, mesmo tomado de profundo sono. Sabia que o meu futuro seria decidido no dia seguinte e que se a devida justiça me fosse negada, seria preso e conduzido de volta à cela onde provavelmente passaria o resto da minha vida, mesmo tendo plena certeza da minha inocência.

No dia seguinte, logo pela manhã, fui conduzido por uma escolta policial até o tribunal onde seria ouvido pela última vez pelos juízes, advogados e amigos da vítima que tão brutalmente fora assassinada. De lá sairia a minha sentença que me conferiria plena liberdade ou prisão perpétua no presídio de segurança máxima de Boa Ventura.

À frente do tribunal reunia-se um grande número de pessoas que aguardavam o desfecho do julgamento tão noticiado pelos jornais da cidade.

O olhar de ódio e desprezo com que muitos me olhavam fez-me sentir o pior dos homens! O mais desprezível de todos! Nada mais do que um verme que rasteja sobre a terra!

Alguns gritavam impiedosamente: Assassino! Assassino!

Esses gritos me dilaceravam o coração, pois sabia que era inocente.

À medida que eu adentrava os cômodos do tribunal, o rumor da multidão tornava-se cada vez mais inaudível. Enfim, ao sentar-me no banco dos réus senti-me livre de tão irritante pandemônio! Promotores de tão desnecessária desordem.

Não me sentia muito bem, as náuseas tomavam conta de mim, não queria parecer fraco então segurei firme no apoio de minha poltrona para não desfalecer. Faltavam pouco mais de 5 minutos para o inicio da audiência, aquela em que meu futuro seria decidido.

O juiz colocou-se em seu assento com o mesmo semblante imparcial de antes. Os acusadores me olhavam com tamanho ódio do qual eu jamais havia visto em um só lugar... A tribuna estava imposta.

Ao som do martelo deu-se o início do meu julgamento.

Eu continuava aturdido diante de tudo aquilo, até que meus olhos bateram em uma mulher delgada, aparentando ter 40 anos, mas sem qualquer traço de rugas. Era a mãe de Sandra. Meus olhos admiraram-se diante de tamanha serenidade. Mas em menos de um segundo meu olhos desviaram poucos centímetros daquela senhora e bateram em algo que me deixou perplexo: o ex-marido da vitima.

Tentei reorganizar meus pensamentos. “Mas é óbvio!”, pensei alto com imensa felicidade. Mas eu tinha que manter a calma, mandaram-me calar, pois ainda não era minha vez de falar.

Enquanto eles continuavam a apresentar argumentos que me incriminavam e diziam que eu era o assassino, meu cérebro trabalhava insistentemente na hipótese que poderia garantir minha liberdade.

Estava demorando muito para que minha vez chegasse. Era horrível vê-los falar tais injúrias de mim, e ter que ficar calado.

Até que finalmente fui convidado a falar.

Levantei-me seguro de minhas palavras e proferi:

- Vossa excelência, sou inocente e posso provar! -Senti-me contente pela segurança com que saiam as palavras

-Prove-me! -disse o juiz

- Eu fui encontrado completamente embriagado ao lado do corpo de Sandra. Haviam digitais minhas na arma do crime. Mas o verdadeiro culpado é ele!(exclamei apontando diretamente para Rodrigo Velásquez, o ex-esposo da vítima).

Podia-se ouvir o público do tribunal exclamando de espanto.

Eu arfava o peito tamanha a euforia que senti naquele instante.

O juiz me perguntou:

- E o que te leva a crer que esse senhor cometeu o assassinato?

- Explicarei então: ele é o ex-marido da vitima. Houve rumores de que ela havia traído ele com outro homem, e ele foi verificar. A história era verídica. Eles acabaram se separando, mas ele não aceitava o fato de tê-la perdido. E posso afirmar: foi ele quem a matou! Matou-a, pois não suportava seu orgulho ferido... E o pior de tudo: ele julgava que eu fosse o dito amante! Apesar da criatura doce e bela, eu jamais toquei nela. Ele matou-a e embebedou-me psra me acusar. Um crime quase perfeito! Além do mais, ele- juntamente com outros policiais- levaram-me a cabana, onde o corpo de Sandra fora encontrado e me fizeram várias perguntas. Essa não passou de uma mera tentativa de Rodrigo Velasques de verificar se eu possuía informações que pudesse incriminá-lo. E, segundo eles, o que fizeram foram ordens de vosso meritíssimo juiz, inclusive afirmaram possuir um mandado devidamente assinado por vossa senhoria. O meritíssimo juiz confirma a autoria do mandado?

-Desconheço tal mandado! Nunca o assinei!

Houve silencio intenso na sala.

Diante disso o juiz adiou mais uma vez a audiência, a fim de se verificar a veracidade dos fatos que lhe foram apresentados.

Levaram-me novamente para a angustiante cela e lá permaneci.

Foram realizadas varias investigações durante três dias seguidos. Eu me corroía por dentro de ansiedade, mas estava confiante, pois sabia que no final a verdade prevaleceria. Foram dias melancólicos de céu encoberto, as nuvens escuras anunciavam que haveria uma tempestade por vir no segundo dia. A tempestade durou várias horas e eu ansiava pra que ela parasse... Mas eu gostava dos relâmpagos e dos trovões que me distraiam por alguns segundos de todo o sofrimento que eu passava. Não sabia mais o que fazer para que àquelas horas passassem como vendaval.

Acabei por adormecer, e acordei-me o dia seguinte... o dia da decisão.

Estava deveras tenso e preocupado a pensar se o que os investigadores descobriram nessa retomada de investigação garantiria a minha liberdade ou não. Dirigi-me ao tribunal com cabeça erguida, sem constrangimento de mostrar meu rosto para a multidão que, com certeza, estaria na entrada esperando-me para mais uma vez me condenarem por um mal que juro por Deus não ter cometido. Contudo, ao contrário do que pensei, a multidão olhava-me com outros olhos. Talvez os argumentos que apresentei, quando estive anteriormente no tribunal, gerou em alguns deles a dúvida se havia sido eu ou não que cometera tal atrocidade contra a vida de tão promissora jovem.

Fui o último ao chegar no tribunal e pude ver que me aguardavam com muita ansiedade. Enfim, teve-se início a parte final do julgamento.

Ouvi novamente aquela conhecida e familiar batida do martelo. Começaram a apresentação de provas e agora, pra minha felicidade, não era somente eu que ocupava a bancada dos acusados. Dessa vez, Rodrigo que adentrou o recinto pouco antes de mim, me olhava com total fúria. Eu virei meu rosto para o juiz esperando que ele prosseguisse. Foram longas e várias horas de discussão e tribunal em silêncio, alternando entre um e outro.

Até que depois de tudo finalmente: o juiz bateu o martelo novamente e disse:

- Sr. André Morais, eu o declaro... (nesse momento meu coração quase saiu pela boca) inocente.

Soltei um suspiro de profundo alívio.

E o juiz prosseguiu dizendo:

- Sr. Rodrigo Velásquez, eu o declaro culpado pela morte de Sandra Leibniz!

Rodrigo, contrariado pela decisão aparentemente precipitada do juiz, retrucou:

-Com base em que acusações e evidências eu fui considerado o culpado pela morte de Sandra?

Ao que pela ordem do juiz adentra o tribunal a equipe de peritos da polícia.

Um deles, a mando do juiz, começou a apresentar os fatos que o condenavam. E disse:

-Retomamos as investigações e mais uma vez voltamos à cabana onde ocorrera o crime. Ao chegar lá fizemos uma minuciosa busca por toda ela. Até que num dado instante um dos nossos peritos achou algo que poderia ser o desfecho do crime. Pedimos a você, Rodrigo Velasques, que apresente perante o tribunal o seu bóton policial.

-Eu o perdi a pouco mais de uma semana.

-Por acaso este é o seu bóton?

-Não me digam que essa é a prova que vocês dizem que representa o desfecho do crime?!

-Sim, respondeu um dos peritos.

Rodrigo Velasques retrucou sorrindo:

-O juiz não se lembra que na cessão anterior, o principal réu disse que o levamos à cabana e o interrogamos acerca de vários assuntos?

O juiz balançou a cabeça, confirmando o que foi dito, ao passo que Rodrigo prosseguiu:

-Não posso muito bem ter deixado meu bóton cair enquanto André Morais era interrogado por um dos policiais?

Após isso ter sido dito, um dos peritos levantou a mão direita pedindo autorização ao juiz para falar, o que lhe foi concedido. Então o perito disse:

-Mas como você explica o fato de o seu bóton estar num buraco no assoalho da cabana coberto por sangue, que mais tarde foi verificado como sendo o sangue de Sandra?

-Não pode muito bem ter se manchado de sangue ao cair do meu peito? Disse Rodrigo

-Impossível! Quando vocês foram à cabana, dias após o assassinato, o sangue que lá estava, encontrava-se completamente seco, ou seja, não haveria a mínima possibilidade de o bóton ter se sujado de sangue no momento em que caiu do seu peito. Pelo o que eu saiba você também não estava entre a equipe que investigou a cena do crime, o que descarta uma outra possibilidade que, porventura, você venha a nos apresentar!

Diante disso, Rodrigo Velasques, ao ver que não possuía mais argumentos que pudesse apresentar em júri, confessa o crime:

-Já que não há alternativa, ou fatos que me absolvam, confesso diante de todos vocês: Eu matei Sandra Leibniz! Mas foi por amor! Não queria perdê-la! Então decidi matá-la! Melhor vê-la nas garras da morte do que nos braços de outro homem!

Todos que estavam no tribunal ficaram embasbacados diante do que acabaram de ouvir. A mãe de Sandra caíra no chão aos choros e gritos, pois confiara plenamente em Rodrigo.

Agora eu era um homem livre! E Rodrigo o mais novo interno do Presídio de Segurança Máxima de Boa Ventura!

-FIM-

Raphael Sales e Rhana Rodrigues Lunkes
Enviado por Raphael Sales em 13/01/2015
Reeditado em 22/01/2015
Código do texto: T5100625
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