Os crimes de Hércules. Segundo crime.

A captura do touro de Creta.

A cidade de mor estava aterroriza pelo o que aconteceu ao prefeito Diomedes, os vereadores da cidade junto ao vice- prefeito, Dr. Minos, decretaram três dias de luto oficial. Poucas pessoas foram no enterro do prefeito, somente alguns familiares, alguns tios e tias, visto que o prefeito não tinha esposa e nem filhos. Os moradores de Mor, de certa forma sentiam - se aliviados pela morte do tirano governante, mas ainda temiam, e muito, pois sabiam que o seu vice conhecia e participava das sujeiras do prefeito.

A delegacia de mor receberia na quarta-feira de manha a visita dos investigadores que auxiliariam o delegado Apolo nas investigações, como também a ordem judicial para adentrarem no aras do prefeito a fim de darem inicio as investigações criminais, de forma que o delegado ainda não poderia fazer nada sem essas autorizações, a não ser interrogar algumas pessoas possivelmente suspeitas, "mais quais", pensava o delegado, visto que todos o odiavam. O delegado coçou a cabeça, ascendeu seu cigarro, varios em sequencia, nervoso pelo que haveria de fazer. Nada fazia sentido para ele, principalmente os cavalos que devorou o prefeito algo que ele nunca havia visto, o delegado estava de fato assustado mas não demonstrava, pois nunca ouviu falar de cavalos que se alimentasse de carne humana, não fazia sentido para ele, algo de errado tinha naqueles animais.

Enfim chegou a tão esperada quarta-feira, o delegado Apolo acordou mais cedo do que de costume, tomou sua costumeira xícara de café, que já estava fria, e foi logo para a pequena rodoviária de Mor esperar os dois investigadores que chegariam naquela manhã, a rodoviária era o ponto de encontro da qual eles haviam marcado. Às oito horas em ponto um carro preto estacionou bem de frente a viatura do delegado, os vidros escuros do carro se abaixaram, um rapaz moreno e careca colocou a cabeça do lado de fora, perguntou ao senhor da viatura policial, pois não sabiam que aquele era o delegado.

_Olá tudo bem, bom dia senhor, estamos procurando o delegado Apolo, marcamos com ele aqui, o senhor sabe quem é.

_Bom dia senhores, eu sou o delegado Apolo, é a primeira vez que vocês veem aqui.

Perguntou Apolo.

_Sim, é a primeira vez que estamos aqui, meu nome é Abderis.

_Não seriam dois, onde está o seu colega.

Perguntou o delegado.

_Ele está aqui comigo.

Respondeu o detetive.

_Tudo bem, vamos então, nós iremos direto para delegacia, é só me seguirem.

Os três se dirigiram para a pequena delegacia de Mor, que ficava a poucos minutos da rodoviária.  A delegacia embora pequena era muito organizada, sentaram-se a mesa, o delegado contou aos detetives todo o ocorrido, como o prefeito havia sido morto, contou-lhes também de má índole do prefeito e da antipatia do povo para com ele, de forma que a lista de suspeitos poderia ser gigantesca.

_Vamos aos fatos__ disse o delegado__ o prefeito era o fazendeiro, o mais rico de toda a região, inúmeras pessoas trabalhavam com ele, imagino que poderíamos restringir à lista de suspeitos as pessoas que trabalhavam diretamente na fazenda dele, pessoas ligadas às compras dos cavalos.

_Concordo com o senhor, mas primeiro temos que ir a cena do crime e colher provas, eu também gostaria de uma amostra de sangue desse cavalos canibais, para uma melhor analise, é muito estranho à maneira como eles agiram, nunca vi isso em toda minha vida.

Disse Abderis.

_Só temos que esperar a ordem judicial para entrar na fazenda, imagino que daqui a algumas horas ela já esteja em minhas mãos.

Respondeu o delegado.

_Muito bem, vou precisar da lista de funcionários que trabalhavam especificamente naquele estabulo.

Disse Abderis.

Não demorou meia hora e o policial Ariel chegou com a ordem judicial, o delegado e os investigadores saíram na mesma hora, foram direto para a fazenda que ficava a poucos quilômetros dali, o delegado foi no carro do investigador, ao chegarem à fazenda não encontraram ninguém na entrada, a porteira estava aberta, estranharam aquilo, mas entraram mesmo assim. Na mansão do prefeito não havia ninguém, apenas alguns funcionários que moravam e trabalhavam ali, o delegado conduziu o investigador até o estabulo, o local onde o prefeito morrerá ainda estava sujo de sangue, enquanto o investigador tentava colher possíveis digitais, o delegado pediu a um dos empregados que o levasse onde os cavalos foram enterrados. O empregado um senhor já de idade o conduziu um pouco mais abaixo do estabulo, os cavalos foram enterrados no começo de uma mata fechada, com uma pá e uma enxada, o delegado e o empregado começaram a cavar, a cova estava rasa e rapidamente part  do corpo dos animais estavam expostos.

Neste momento os investigadores se aproximaram, um tanto que desanimados.

_Conseguiu alguma coisa

Disse o delegado ao investigador.

_Nada, nem uma digital, parece brincadeira, o nosso assassino sabe o que faz, não é nenhum amador.

Respondeu um dos investigadores.

_Caramba a coisa está só se complicando, bom aqui está os tais cavalos que lhes falei é só colher o sangue.

Disse Apolo.

No momento em que o investigador se abaixou e começou a retirar o sangue do animal morto, de longe no meio da mata pareceu ver algo diferente, ele se levantou, o olhar estava fixo na mata.

_Delegado acho que tem alguém na mata, melhor ir lá vermos.

Disse o investigador.

_Vamos então.

Respondeu o delegado.

Caminharam mata adentro, um local sujo até que chegaram a uma parte da mata limpa, qual não foi a sua surpresa, bem diante dos seus olhos estava  desenhado no chão um tipo de labirinto, feito a giz e bem no cento um corpo deitado com o crânio de um boi com o chifre cravado no peito da vitima. O delegado adiantou-se e quis passar por cima do desenho do labirinto,  o investigador o impediu de ir.

_Não, espere um pouco, vamos seguir o labirinto até chegar ao corpo, aqui pode ter provas valiosas.

Disse Abderis.

_Sou péssimo em labirintos, vai você na frente, que eu te sigo.

Respondeu o delegado coçando a cabeça.

_Ok venha e não pise nas linhas.

Advertiu Abderis.

Lentamente os dois seguiram decifrando o caminho do desenho até o corpo, demorou um pouco, mas conseguiram, o delegado ao ver a vitima levou um tremendo susto.

_Você o conhece?

Perguntou o detetive.

_Meu Deus não pode ser, é o vice-prefeito, Dr. Minos, o que é isso no crânio do animal?

Disse o delegado assustado.

_Parece um diamante, espere um pouco, vou tirar algumas fotos.

Disse Abderis.

_Mas porque motivo alguém cravaria o crânio de um boi no peito da sua vitima, e ainda com um diamante cravado no crânio dele, caramba, agora que não estou entendendo mais nada, tenho vinte anos de profissão, nunca vi nada parecido.

Comentou o prefeito.

_Tão pouco eu delegado, isso não faz nenhum sentido, de uma coisa eu sei temos um assassino em serie a solto, muito inteligente, e que parece conhecer todos aqui.

Exclamou Abderis.

_Vou ligar para a funerária levar o corpo para o necrotério.

Respondeu o delegado.

_Espera um pouco, tem mais coisas aqui, veja só, na testa dele, é o mesmo nome que tinha na primeira vitima, do mesmo jeito que você falou lembra-se.

Apontou Abderis.

_Claro que sim, Hércules e o numero dois.

Confirmou Apolo.

-O filho da mãe além de por o nome na vitima está enumerando-as em algarismos romanos.

Vociferou Apolo.

A nova morte repercutiu ainda mais forte na cidade, os moradores estavam muito assustados, quase já não saiam de suas casas, o medo instalou na câmera de vereadores da cidade, visto que as vitimas eram políticos, e de certa forma todos tinha uma ligação com o prefeito e o seu vice. Agora eram duas mortes em menos de uma semana, e nada havia sido descoberto do misterioso assassino que se auto intitulava Hércules.

Tiago Pena
Enviado por Tiago Pena em 26/12/2015
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