O ASSASSINATO DE RULIO- PARTE3
Já era manhã, apesar do sol, o frio era cortante. O detetive Derek, como combinado, chegou até a casa das mulheres bem cedo. Vestia um terno preto muito elegante e um chapéu. Estava acompanhado de dois policiais e pelo senhor Halking. Mal chegaram e foram recebidos com uma cara de espanto de Adelaide
-Sr. Halking, a minha vó ela...
-O que houve, senhorita?
-Minha vó... ela... ela não acorda!
-Acalme-se. Onde ela está?
-No quarto, a porta está trancada. Já chamamos diversas vezes e ela não responde!
-Pode ser que ela não esteja ouvindo. Lembre-se que sua avó já tem certa idade e sua audição não é a mesma de 50 anos atrás, senhorita Adelaide. -agora quem falava era Derek, tentando convencer a moça.
-Ora, meu senhor, conheço muito bem minha avó. Ela acorda com as galinhas, antes de todos para preparar o café. É o seu relógio biológico. Antes das cinco da manhã ela está de pé!
O clima parecia ter esquentado naquele instante. Halking interveio:
-Ora. Vamos ver o que de fato aconteceu.
Chegaram até a porta de madeira do quarto de Lydia, que como disse Adelaide, estava trancada. Parecia haver algo segurando a porta. O superintendente prontamente chamou os dois policiais que os acompanhavam e pediu para que arrombassem a porta. De prontidão os dois policiais robustos atenderam ao pedido e detonaram aquela porta num piscar de olhos. Lá estava à velha Lydia que apesar do estrondo, não teve reação. Derek foi o primeiro a se aproximar. Com dois dedos levantou as pálpebras da mulher e concluiu o que todos já suspeitavam:
-Está morta!
-Como?
-Não sei... parece que morreu dormindo. Parada cardíaca, talvez...Senhorita sua avó tomava algum medicamento?
O detetive questionou sem se dar conta do choque de Adelaide
-Desculpe, senhorita...
-Não... tudo bem sr. detetive... já esperava que ela...O que perguntou?
-Se sua avó tomava algum tipo de medicamento?
-Oh, sim, claro...
-Voce sabe quais eram?
-Remédio para controle da pressão arterial e diabetes... como meu avó.
-Ela tomava algum sonífero ou droga para dormir?
-Oh, não... no máximo um chá quando tinha insônia, nada mais.
-E esses remédios que ela fazia uso... quero dizer... ela os tomava regularmente?
-Sim, depois do almoço e antes de dormir. Nunca esquecia, era automático...
-Bom, então me parece que sua vó teve uma morte natural, ou como dizem ''morreu de velhice'' - concluiu o superintendente- não acha detetive? Detetive?
Derek parecia distante, pensativo.
Aquele momento foi interrompido por Dora que entrara desesperada no quarto de Lydia.
-O que houve? Oh não! Mas como?
Ela ja sabia, nem precisou falar.
-Onde estava senhorita Dora? -perguntou curioso o velho detetive
-Oh... eu precisei dar uma saída. Eu, eu sinto muito minha amiga!
As duas se abraçaram. Este momento foi interrompido pelo superintendente:
-Não é o momento ideal senhoritas, mas precisamos prosseguir com a investigação da morte do sr. Rulio...
-...e agora da senhora Lydia também.
-Senhor Derek, podemos dizer que este caso já está resolvido. Foi morte natural!
-Não tão rápido, Halking. Não podemos concluir nada. Admira-me o senhor, um homem da lei tirar conclusões assim.
-Ora, senhor, quem poderia ter matado essa senhora?
-É o que iremos investigar...
-Certo... certo. -cedeu o superintendente.-Vamos até o barranco novamente senhor detetive. Agora com o dia claro podemos ter uma ideia mais especifica do que ocorreu no final da tarde de ontem.
-Vai o senhor, enquanto isso interrogarei as duas senhoritas. Avise-me assim que encontrar qualquer pista, por favor.
Halking, parecia ressabiado, com certeza tinha medo que o detetive tirasse as duas mulheres do sério novamente. Mas de qualquer forma ele fez o que ele pedira. Por sua vez, Derek tinha muitas perguntas a fazer para Dora e Adelaide.
>>>>>>>CONTINUA<<<<<<<<<<<<