MISSÃO ABORTADA.

Primeiro de janeiro de um dia qualquer.

Em uma cidade pequena, um corpo mudou a rotina e comentários espalharam-se na localidade. Quem era aquele estranho? A quem veio visitar? Por que terminou assim?

Tendo sido levado para o instituto médico legal da cidade próximo por ter mais recursos e especialistas o laudo concluído e interpretado fora dos termos médicos dizia que o corpo apresentava, quando encontrado uma mangueira ligada a uma bomba de sucção de gasolina para emergência de veículos domésticos, ladeando uma poça de sangue, dele retirado por ela. Na autópsia revelou que foi assassinado por objeto perfuro cortando de média extensão e poderia ter sido um punhal.

A causa morte foi hemorragia não natural, oriunda da sucção de fluido corpóreo em perfuração da pleura do pulmão direito e lateral direita do pericárdio.

Tão estranho quanto o aparecimento de um corpo de alguém que nunca vinha á cidade foi o súbito surgimento de viaturas militares do exército para investigar o caso.

Em contato com o delegado e o chefe da polícia civil, souberam que se trata de um homem do Serviço de Inteligência, previamente escolhido para agir numa área rural, na qual, haviam embaladores de cocaína que a escoava embutidas em vários produtos de artesanatos locais e dentro do útero de vacas. Era uma quadrilha bem articulada e se sabia que nela haviam pensadores e pensadoras em prol do crime.

Para desvendar o caso, começaram por desejar saber como ele foi descoberto se foi preparado para ser infiltrado, mas não haviam pistas até o momento que um cuidador de animais, ex combatente da segundo guerra, disse: “Quando eu vi ele descer ali vi logo que num era um homem daqui.” Bem,.. Tendo sido ouvido, logo, trataram de chama-lo para depor.

Em meio ao depoimento, o velho ex combatente disse, que para não perderem outro homem, não deviam cair no mesmo erro que este. Que erros , meu amigo, perguntou o investigador do serviço de inteligência que atuava junto a delegacia. “ Vou dizer de memória, e se me esquecer peço que não me batam.” Entre olhares escusos e suspeitos, ele fechou os olhos e disse: “Lendo todo o corpo, dava para qualquer um saber que era um militar que transitava com a fé de que estava disfarçado, pois ele embora tivesse com barba, cabelos crescidos para um militar da ativa, o corte do cabelo ainda detinha aparência do utilizado em quarteis e era justificado pelo modo de caminhar e olhar a sua volta. Além disso,.. o pouco falou depois que saiu do caminhão de carona, foi seguro demais para convencer á alguém de que ele estava há dais na estrada e sem comer.”

E o que mais? Perguntou o delegado. “Ele é musculoso e suas roupas sequer podiam ser encontradas padra compra num brechó da igreja, pois a moda não era dali da redondeza e o cinto dele bem como os sapatos, combinavam demais inclusive com a meia. Acho que ele errou pela vaidade e se vestiu para sair e não para trabalhar infiltrado”.

Como sabe que ele estava infiltrado meu amigo? Perguntou o home do serviço de Inteligência. “Por que só um homem de ouro infiltrado morte desloca viaturas do governo federal para lhe rever o corpo.”

O que mais tem á dizer: indagou o delegado: “Ele veio aqui para morrer, pois se tivesse vindo para trabalhar, não teriam enviando ele, mas sim, possivelmente quem o mandou para morrer. Ele foi um arquivo queimado não,.. queimar já está manjado,.. ele foi um arquivo esvaziado e os papeis ainda estão por aí com alguém que atua aqui e lá, de onde ele veio”.

O senhor aceita almoçar? Perguntou o homem de inteligência ao velho ex combatente atente que respondeu positivamente.

Durante o caminho, o homem do serviço de inteligência perguntou sobre como conseguiu descer a tantos detalhes se o viu apenas uma vez. Sim,.. vou lhe responder amigo,.. foi eu que o formou quando ainda estava na escola de Inteligência e também o enviou aqui para morrer, pois só assim, ninguém saberia que é você que atravessa a droga desta cidade., assim sendo você está preso.

Neste momento o homem do serviço de inteligência sorriu e olho a frente, viu um sorveteiro que lhe mostrou uma algema discretamente e ao virar o olhar para o outro lado da rua, um mendiga lhe exibiu um revolver, e ao se voltar para trás, viu a amante dele com seu motorista que se aproximou e disse: Tudo acabou,.. Vamos lhe conduzir em silêncio e segurança para fora daqui mas para cadeia Senhor. Pode me acompanhar. Neste momento o celular tocou e ao atender respondeu: Sim,.. MISSÃO ABORTADA.

Sandive Santana / RJ.

Sandive Santana
Enviado por Sandive Santana em 25/12/2016
Reeditado em 25/12/2016
Código do texto: T5862808
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