O RABO

         O negocio do Mauro era '' rabo''. Se alguem, perto ou longe, falasse em rabo Mauro ja' ia se metendo na conversa.
            Podia ser qualquer rabo. Rabo de boi, a famosa rabada, Mauro era especialista. Sabia temperar , cozinhar, e comer um rabo de boi, ou  seria de vaca?, entao?, comia um rabo sozinho e se deliciava, e ainda por cima lambia os dedos e os labios.
            Rabo de saia era outra especialidade dele. Viu um rabo de saia, ficava louco, pirava, e se o rabo de saia que via era '' protuberante'', grande, largo, enorme, queria, fazia de tudo para ter '' aquele'' rabo.
            Um noite voltando para casa, ja' era mais de meia noite, o galo tinha cantado fazia tempo, e ele com pressa de chegar, deitar, dormir, sonhar com mais uns rabos e foi quando '' a '' viu.
            Estava no ponto do onibus a '' gostosa da danada'', se escondia do frio toda agasalhada e Mauro ao passar por ela deu-lhe uma olhada gostosa, sorriu, a '' marvada'' gostosona devolveu o olhar e o sorriso.Bastou. Mauro parou, voltou, '' encetou'' conversa :-
            O ultimo onibus ja' passou, nao tem mais nao, agora so' 'as cinco da manha tem o primeiro correndo esta linha...moro perto, quer ir comigo?
            Precisa nao moco, fico aqui esperando, deito no banco e durmo, eu durmo facil e em qualquer lugar, se incomoda nao..brigado!!
            Moca, e' perigoso, este bairro e' cheio de marginais, vao te atacar, te machucar..vem comigo, ce pode dormir na sala, no sofa, sou sozinho, tem ninguem em casa, so' eu...vamo la' moca
            Quero dar trabalho nao moco, 
            Trabalho nenhum, vamos la'
            E foram na prosa. Mauro deu um jeito e ficou um pouco para tras e deu uma olhada no rabo. Grande, delicioso, pensou
            Chegaram. A '' rabuda'' foi ao banheiro, demorou por la', voltou, deitou no sofa', se cobriu, dormiu.
            Mauro nao conseguia dormir. Virava de todo lado. Levantou. Foi beber agua. E o que viu deixou ele louco, louquinho da silva, taradao mesmo. A '' coisa'' cresceu na hora, ficou que nem '' tora'', enorme, dura e o tesao era muito...e ele olhando maravilhado aquela coisa dela se '' mexendo''....batendo...virando de todo lado...nao aguentou, foi chegando perto, mais perto, segurou.......
             Tinha na mao agora o que ele tinha sonhado
             Um rabo de verdade. Ela, a rabuda, a gostosa danada tinha um rabo grande, peludo, macio, pelos '' fulvios'', avermelhados, e ele acariciava o rabo dela, alisava, e ela parecia que gostava, erguia o rabo, abaixava o rabo, virava o rabo de lado, pra la' pra ca'...e Mauro foi tirando a sua cueca, ficou nu e se encostou no rabo dela...ela acordou, sorriu e segurou no rabo dele tambem...e agora era rabo com rabo se enroscando, se enganchando.... 
              Mauro tinha rabo. Escondia de todo mundo.Agora '' ela''que tinha rabo tambem, sabia...sabiam que tinham nascido um para o '' outro''...dois rabudos se entendem.
              Assim como dois '' chifrudos'' se entendem tambem. 
              E isto, chifres, os dois tambem '' tinham '' .

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WILLIAM ROBERTO CUNHA
Enviado por WILLIAM ROBERTO CUNHA em 15/03/2010
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