Dalila e Sanção (surrealismo)

Dalila e Sanção

No dia 31 de março de 2005, visitando a cidade de UTI, que segundo o IBGE a cidade tem uma população estimada de 155.457 habitantes. Lá o povo é de uma hospitalidade incrível. Em uma padaria localizada perto de uma praça trabalhava um rapaz que praticava halterofilismo e por ser muito forte, tinha o apelido de Sanção. Começou trabalhando como auxiliar de padeiro e com o passar do tempo foi se aprimorando até chegar a padeiro chefe daquela tradicional casa comercial. Sansão morava em um lugarejo ali perto e seu transporte era uma bicicleta monark daquelas bem antigas. O rapaz acordava às 4 horas, tomava um suco de laranja e pedalava até a padaria, chegando ao trabalho por volta das 4 horas e 30 minutos todos os dias. Quando uma manhã muito fria, Sansão acordou fez o seu ritual e “queimou o chão” para mais um dia de trabalho. Percebeu que um homem em atitude suspeita, na beira da estrada se escondia ao lhe ver. Sansão que não era de deixar para depois, saltou rapidamente e se aproximou daquele homem perguntando o que estaria acontecendo. Foi quando uma moça de apenas 18 anos gritou pedindo socorro dizendo que estaria na mira daquele tarado que dizia da sua pretensão maior. Estuprá-la ali naquele matagal onde ninguém pudesse salvá-la. Sanção partiu para cima do homem, dando-lhe uns pontapés, rabos de arraia até que deixou o homem sem qualquer condição de estuprar até um mosquito. Sanção se aproximou da moça, fazendo-lhe um monte de perguntas e ficou sabendo que ela tinha 18 anos, morava sozinha e que seu nome era Dalila. Ficou sabendo que a moça trabalhava em uma fábrica e que andava até a rua principal da cidade para pegar o ônibus que ali passava por volta das 5 horas. Sanção, comovido, fez questão de marcar horário e levar a moça até o ponto do seu ônibus e de lá seguia destino ao seu local de trabalho. Isso foi acontecendo até que um dia, Sanção ficou cansado de ser amigo de Dalila e propôs namorar com a moça que prontamente aceitou e os dois começaram um belo romance de amor, vindo a se casarem dentro de poucos meses. Todos os amigos do local de trabalho do rapaz como os colegas de trabalho da moça, se fizeram presentes no dia do enlace matrimonial. Depois de cinco anos de casados, Sanção e Dalila tinham nada menos que cinco filhos. Ele continuava sendo o chefe dos padeiros daquela padaria do senhor Manoel e ela passou a ser a responsável pelos operários da fábrica de tecidos onde trabalhava na mesma cidade. Em UTI, todos conheciam Sanção que ali já trabalhava por 10 anos. Dalila, consultada por algumas amigas e questionada porque Sanção não cortava o cabelo, ela dizia que era exatamente no cabelo que estava a sua força e não nos pesos do halterofilismo que praticava, principalmente porque aqueles cabelos grandes era o motivo do seu romantismo. Dalila ficou sendo conhecida como a esposa de Sanção e a felicidade se fez presente na vida do belo casal. Foi assim que passeando com a Tânia pela linda cidade de UTI, nós dois ficamos sabendo desse romance de amor e como tudo nasceu de uma intervenção ou de uma ajuda contra um estupro que poderia ter sido inevitável, apenas me propus a contar nesse livro de contos que contei agora do jeito que gosto de contar.

CLOTAN

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Do Livro MERA COINCIDÊNCIA do autor Clotan,

Páginas 11 e 12

Livro que pode ser adquirido pelo e-mail

clotan25@hotmail.com

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Clotan
Enviado por Clotan em 21/07/2010
Código do texto: T2391079
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