Mi Guerra e NuNuNO Griesbach em: Domingo no Parque

Num belo domingo de sol, Joana resolveu dar um passeio pelo parque central, queria aproveitar o ar puro que ainda restava naquele pedacinho de paraíso no centro da cidade. Porém, a surpresa que ela teve ao chegar lá, foi de tirar o fôlego de qualquer um.

Um recém nascido, pintado de verde, em uma cesta com leds piscantes, completamente abandonado no centro do parque. Desesperada, perguntou para cada um dos passantes se eles conheciam aquele bebe, finalmente chamou a polícia.

Porém, a polícia demorou alguns minutos para chegar, e quando chegou, a multidão já estava formada em torno do misterioso bebe “iluminado”. Alguns arriscavam o palpite de que era um ET, outros, de que realmente era o fim dos tempos se aproximando. Ainda outros apenas espiavam, com medo do tão pequeno e inusitado recém nascido. Porém, o Sargento responsável por aquela diligência, ordenou que todos se afastassem para que ele pudesse tomar as providências necessárias.

A criança foi levada para a delegacia onde carinhosas policiais femininas deram nel um belo banho em uma banheira improvisada, a tinta que cobria sua pele tornou a água tão verde quando ele, porém, não saia de sua pele. As mãos das policiais ficaram tão verdes quando poderiam ficar, porém, não foi a cor da tintura que causou espanto, e sim, o fato de que todas as manchas, rugas, calos e cicatrizes de suas mãos envelhecidas pelo trabalho haviam desaparecido completamente, tornando suas peles tão jovens e macias como a pele da criança.

- Milagre! Gritou a policial que estava com o bebe no colo! Este bebe é a salvação para os males do mundo!

Nisso, alguém que havia visto o bebe no parque, tratou de chamar a imprensa local, que, como sempre doida por um furo jornalístico, estava em peso na frente da delegacia. O delegado tentava controlar o tumulto, mas era em vão, pois o contingente da delegacia era insuficiente para tamanha romaria. Todos queria ver o bebe ‘milagreiro’, tocá-lo. Diziam que o verde é a cor da esperança, da natureza, da vida! E assim, aquela misteriosa criança começou a ser alvo da cobiça de alguns poderosos do país. Não demorou para que a velha policial, resolvesse lavar seu rosto com a água do banho do nenê, ao que logo voltou a ter belos traços joviais, porém, verdes. Empolgada, usou uma esponja para tingir seu corpo inteiro e em poucos instantes uma quase adolescente verde sai do banheiro gritando:

- Estou jovem outra vez! Mas esta tinta não sai!!!!

E naquela imensa fila, estava Joana, que foi a primeira a ver o bebe lá no parque. Ela sentia-se como que quase mãe dele, queria ter o direito de tocá-lo, de pegá-lo no colo, de dar a ela uma atenção diferente daquela que a cidade estava interessada. Porém estava difícil, muito difícil o acesso ao pequenino. Enquanto centenas de pessoas clamavam por um pouco da tintura milagrosa que os deixaria mais jovens, uma mulher, apenas uma mulher, ouvia o choro da criança, que além de apavorada com a agitação em seu redor, deveria estar com fome. E Joana, ao ouvir aquele choro tão infantil, começou a lactar. Sua blusa ficou encharcada de um leite, que só uma mãe é capaz de produzir. E ela, desesperada por amamentar aquela criança, começou a gritar!

- Ele é meu filho!Deixem-me entrar! - Joana acreditou que se mentisse sobre sua maternidade, teria um caminho de acesso facilitado até o pequeno bebe verde.

Tanto foi o escandalo que Joana fez, que finalmente a levaram para junto da criança. Ela parecia um chafariz lácteo, esgichando jatos de leite ao menor toque. Sem querer, uma gota de leite atingiu o dedo do bebe verde, fazendo com que o dedo voltasse a coloração humana normal, e também, crescesse, com o tamanho de um dedo adulto.

O Bebe ao invéz de mamar, espremia os seios de Joana de forma a banhar-se em seu leite materno, logo transformando-se em um adulto.

---- Ufa! Pensei que ficaria como um bebe para o resto de minha vida! - Diz a criança, que agora sem a tintura, transformara-se em um homem diante de todos os que lá estavam.

Joana, incrédula com o ocorrido, começa a chorar, e chorar, e chorar, e chorar... de repente, no meio daquele turbilhão de lágrimas, Joana ouve um barulho familiar, algo como uma campainha, é isso! Era o celular despertando, e Joana levanta-se da cama, ainda com os olhos úmidos pelo pranto. E, ao abrir a janela, e deparar-se com aquele magnífico sol de domingo, resolve sair pra passear pelo parque central...

Espero que divirtam-se!

Mi Guerra & NuNuNO Griesbach

(que realmente não entendem onde pode parar a imaginação humana!)

Mi Guerra
Enviado por Mi Guerra em 26/04/2011
Código do texto: T2932304