Sonho irreal...

Não é fácil descrever e escrever todos os pensamentos que intrigam durante o dia, as palavras chegam avulsas explodindo os velocímetros dos nervos... Os pensamentos eram ágeis demais, e a memória não poderia registrar cada um daqueles instantes em que as palavras surgiam...Mas é de minha vontade recordar e sentir mais uma vez. Mas logo lhes adianto que neste conto surreal, minha imaginação se fertiliza...e eu a rego, propositalmente...Possui mais do que asas e voa liberta e sem rumo, apenas com o intuito de gerar uma mistura de emoções dentro de meu ser: dúvidas, certezas, amor...Um amor, um rosto desconhecido, fruto do subconsciente...ou não...talvez o subconsciente não fosse capaz de criar por si só algo, e especificamente nesse caso...alguém...Alguém cujo ser, por conta de breves momentos o fez querer-lhe mais... Sinto falta do irreal, era tanto carinho que ao despertar havia a lacuna de um sentimento indefinido que nem mesmo existiu...Mas pouco me interessa se isto ultrapassa as barreiras da racionalidade. Cheguei a ver estrelas naquele olhar e sentir um grande aconchego no calor de seus braços acolhedores, nem muito fortes, nem muito magros... Poucas palavras, restaram lembranças...e a face estagnou perfeitamente em pensamento...Fora embora e chego a recordar-me do nome daquele ônibus, o mesmo em que vi hoje na consciência plena da realidade, pisando em terra firme numa simples ação de olhar para trás ao mesmo tempo em que pensava no que não conheço...como num deja vú...estranho! Intriga-me e instiga-me a querer mais e mais disto tudo que desconheço...Naquele sonho corri desesperadamente na tentativa de coletar um pouco mais de todo aquele sentimento bom que ele me causara...para que no fim acordasse sem qualquer cansaço ou suor da agitação...triste desencontro, porque acordei? Meus olhos queriam busca-lo durante esse dia, percorri faces por todos os lugares, porém não o encontrei... o cruel é saber que não se trata de pura criação,...e que nos sonhos há pequenos pedaços dos nossos dias, e o subconsciente numa ação involuntária escolheu algum dentre os milhares de rostos que vejo em meus dias... Por que justo aquele?Tão desconhecido e tão próximo, era simples querê-lo por perto, e a simplicidade encantava...A nitidez do que ocorreu insulta minha razão, e faz querer encontrar um sentido naquele encontro...ilusório demais ,logo eu que não possui apreço algum por histórias irreais e fantásticas...mesmo que seja pra fugir da realidade por poucos instantes...Realmente há uma necessidade que não está mais oculta de encontrar um ponto de encontro entre sonho e a realidade...por que o sonho não necessariamente é irreal...pode ser um desejo...O término deste conto não terá fim... por que isto ultrapassa meu entendimento e quebra as linhas do que considero racional e real...e meu ser no momento se preencheu de porquês... dúvidas sem respostas...e recordações, belíssimas recordações de um sonho...Um sonho bom!

Tatiana Espíndola
Enviado por Tatiana Espíndola em 28/06/2011
Reeditado em 18/07/2011
Código do texto: T3061572
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