(:^~) A menina e a luz (~^:)

Olhou a jovem dentro e além dos olhos! Transparecia aragens originadas dos Himalaias de outrora, dum bosque antigo, com tijolinhos alaranjados superpostos (reflexo de gema, pedra preciosa!...), sendo, enfim , vapores da fonte, água límpida do rio-mar corrente! A jovem, com trajes finos e leves (floridos) emanava de si a aura feminil e mística das donzelas da Idade Média, sonhava com castelos e caval(h)eiros, arquitetou no imaginário multicor o perfeito príncipe e reino dinástico! De fato, pouco dizia! A dramaturgia nas expressões faciais era sua marca registrada! Explicar-lhe a essência volátil que emergia em momentos ímpares, empobrecia-lhe o gênio!! Conceituá-la com textos riquíssimos em metáforas, hipérboles, perífrases, anáforas, minimizava-a ! Dizê-la em frases complexas, prenhes de ilusões entorpecedoras, adormecia o mágico que nela habitava! Submetiam- lhe o genial arco-íris ao limitado preto e branco das passageiras nuvens prenunciadoras de tempestades, minavam-lhe [com lisonjas] as brilhantes energias (vernáculos substancialmente criados com explosões de sentimentalismo calculado!), pois, do contrário, existiria cumplicidade diária e não desejos de dependência ambígua! Sem pote de barro ou tesouro no final !... Sendo assim, não haviam descoberto a derradeira cortina do mistério, que a cada ser é vedada, quais os milhares de caminhos que levam ao mar, entretanto, só ao eleito caberia o poder da chave e atalhos para tais encontros!... O pégasus nos amplos campos míticos não houvera sido cavalgado, amestrado, encantado, dia - a - dia! Profundos são os multiversais mares, ainda encobertos! Muito menos deram-lhe a mão e pelas ruas deles mesmos caminharam, unidos e únicos! As brumas dos córregos, lagos, ribeirões, deste imenso rio que vai para o mar, estendia- lhe o "estar-se em êxtase"...dessa maneira, compreendia o fundamento do próprio ser! Apenas e tão somente a essência das límpidas águas cristalinas (Seria Sereia? ), a fala das fadas? (o ecoar do antigo sino!) Anjo ou serpente? - Não tem dono o volátil do ser (nem ao ente mesmo pertence!) - "Há primazia neste conhecimento! É primordial ter ciência!" É como se almejassem prender os azuis celestes em palavras ou dentro das conchas das mãos... ! Incrédulos em algo real, excelente e maior! Perderam o fio de Ariadne... Aves silvestres engaioladas! Golfinhos de aquário! A simplicidade exteriorizada é acompanhada de legítimo som-tom, pilastras claras, imperiais! Transmuta as neblinas matinais em água límpida, alquimista, colorida e prismática, dentro da transparência, pois que o outro...(Neste instante, realizam com as taças plenas, no ar repletas de VIVO SENTIR, dentre as mãos enlaçadas, à altura dos lábios elevadas, o rubor do vinho e do vivo QUERER e OUSAR!... ) em longos goles a vida sorverá !... lentamente ...!

P.S.: -Ah ! O nome da jovem é LUZ !

CJMORAIS .

cjmorais
Enviado por cjmorais em 09/10/2011
Reeditado em 22/02/2014
Código do texto: T3266248
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