O MORTO QUE SURROU O VIVO

O morto surrou o vivo

Malaquias era um grande fazendeiro que morava em uma pequena cidade, tinha muitas cabeças de gado, cavalos e outros animais e também tinha muitos empregados. Um deles era o seu Joaquim, empregado fiel e de muita confiança. Malaquias era um homem seguro, tinha muito dinheiro e guardava-o em um lugar que ninguém sabia, nem a família, pois não confiava muitos nas pessoas. naquela época ainda não existia bancos para guardar o dinheiro e as joias, por isso ele guardava em um lugar que só ele sabia. Era tão secreto o seu esconderijo que o mesmo morreu e ninguém nunca descobriu onde ele guardava sua fortuna...

Quando Malaquias passou desa pra melhor ou pior não sei, ele foi alertado pelos que tomavam conta do lugar onde ele ficou de que deveria se livrar dos bens materiais deixados na terra, caso contrário iria pagar um preço muito alto. Ele então pensou, pensou e lembrou do seu empregado fiel, o seu Joaquim, resolveu dar todo o seu tesouro para ele, não só para se livrar da pena que teria que pagar, mas como forma de recompensa pela sua lealdade e dedicação quando aqui vivia.

Ele pediu autorização para voltar a Terra e em forma de sonho disse ao seu Joaquim onde estava escondida toda a sua fortuna.

- Joaquim, Toda a minha fortuna está escondida debaixo do coxo, lá na estribaria, onde você cuidava dos meus cavalos, vá lá e desenterre, agora é todo seu...

No outro dia seu Joaquim acordou e lembrou do sonho e resolveu verificar se era verdade, e para sua surpresa estava lá um baú cheiinho de ouro e moedas... Seu Joaquim era religioso e para surpresa do morto, ele não quis nada daquela fortuna e resolveu enterra-la novamente. O morto não gostou nadinha e ficou furioso com a decisão do seu Joaquim! Irado de raiva e decepcionado com o mesmo deu-lhe uma surra tão grande que o pobre do seu Joaquim ficou todo moído, passou vários dias de cama sem poder andar e se lastimando por tal situação.

Se o Malaquias tinha que se livrar dos bens materiais para se salvar, não foi dessa vez, o certo que o coitado do seu Joaquim depois de passar tanto tempo servindo ao Malaquias, nem depois de morto o coitado se livrou dele. Seu Joaquim deixou de trabalhar na fazendo e foi morar em outro lugar. Rezava todos os dias para que o Malaquias o deixasse em paz e pudesse viver na vida que ele queria viver, pois para ele aquela riqueza não era coisa de Deus e sim do diabo, a riqueza para ele era fútil e desnecessária...

(Batista)

08.11.2012

batista jurema
Enviado por batista jurema em 08/11/2012
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