Mente de um desconhecido ~~Título temporário~~ [Leia o pequeno capítulo]

PESSOAL ISSO É SÓ UMA PRÉVIA DO CAPÍTULO 1, GOSTARIA DE AJUDA COM IDÉIAS E HISTÓRIAS SOBRE ELE E UMA AVALIAÇÃO DESSE PEQUENO COMEÇO, PODEM ME AJUDAR NOS COMENTÁRIOS? OBRIGADO!

Capítulo 1 - A mim mesmo

A princípio eu não acreditava no que meus olhos me mostravam, ou eu estava tendo alucinações devido aos meus últimos dias de estresse ou era apenas um pesadelo. Pisquei, pisquei e apertei os olhos, pressionando minhas pálpebras com firmeza. Se aquilo era alucinação ou não, eu não sabia, a única coisa que eu tinha certeza era que meus esforços para acordar ou recuperar a lucidez não estavam funcionando. Eu estava me vendo, era eu, não exatamente como sou, mas sim, eu tinha absoluta certeza de estar me vendo, não como se fosse a um espelho, era como se fosse uma forma de mim, só que mais velho. Estava vindo em minha direção, e eu tremi ao ver sua feição, seu rosto era como se fosse um misto de ódio, rancor, tristeza e loucura. Eu estava caminhando em uma rua do Rio de Janeiro, acabara de sair da praia de Copacabana, onde gosto de sentar na areia durante a noite, ler um bom livro ou refletir sobre a vida olhando para as ondas, e ouvir aquele som tranquilizador. Desacreditei que aquele homem seria eu, isso não era possível, e ele nem deveria estar me olhando, era apenas um homem com raiva caminhando durante a madrugada, assim como eu.

- "Assim como eu!" - Esta frase se repetia em minha mente a cada passo que eu dava, e cada vez mais eu desacreditava no meu pensamento anterior sobre ser apenas um homem com raiva caminhando. Ele estava vindo em minha direção. Estava sim! E nesse momento percebi que ele corria em minha direção, assustado eu também corri. Ouvi alguns gritos me advertindo a voltar, mas não hesitei a correr e os gritos continuavam e se intensificaram.

- Ryan, pare. Ryan volte já! - Eu estava tão assustado em ter visto aquela cópia de mim em frenesi que demorei a reparar que ele me chamava pelo nome. Não sei por qual motivo, não sei por qual razão, não sei absolutamente nada sobre o porquê eu parei. Mas sim, simplesmente parei de correr e fiquei imóvel sem nem olhar para trás, sem ao menos dar uma espiadela sobre os ombros, porém, percebi que o som das corridas cessaram. Eu não queria olhar para trás, eu estava extasiado e percebi que não se passava nenhum tipo de sentimento naquele momento em mim. Eu estava como uma pedra, sem medo, raiva, desespero e sem vontade. Aquele não era eu, percebi no mesmo instante. Não estou me referindo ao homem que vinha atrás de mim, mas sim a mim mesmo, não era eu e disso eu sabia. Eu normalmente estaria correndo muito, e com bastante medo, coisa que não durou muito tempo. Abaixei a cabeça, e olhando para o meu corpo, os meus braços e minhas mãos, tive uma estranha sensação de alívio seguida por quase que ao mesmo tempo de preocupação. Olhei para trás, não havia ninguém naquela rua, mas não era essa minha preocupação, eu apenas queria voltar para casa.

- "Casa." - Essa palavra soou com tudo em minha mente. Seria ótimo estar em casa, mas minha mente estava confusa. Logo me recuperei e então decidi ir embora.

Chegando em casa, joguei sobre o sofá meu livro "A Batalha do Apocalipse" de Eduardo Spohr que havia levado para o passeio na praia. Fui andando pelo corredor até chegar na cozinha, abri a geladeira, peguei um copo que estava sobre a pia e coloquei água para beber. Quando estava no segundo copo, percebi meu calendário colado na parte do freezer da minha geladeira que mostrava o mês de novembro. Para ser mais exato, antes de sair de casa era dia 30 de novembro, e percebi que já tinha virado a noite, foi quando então arranquei a folhinha do mês de novembro e a lancei na lixeira, dando espaço para o novo mês de dezembro. Sai dali e fui direto para o meu quarto, joguei-me na cama e fiquei deitado olhando para o teto, tentando lembrar cada detalhe do ocorrido no caminho de volta. Sem muito sucesso em entender toda aquela história.

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