My demon

“... E o demônio abraçando-se a mim arrancou-me o coração partido. O sangue escorria por suas garras e em forma de conforto senti tuas asas me cobrirem. Pobre demônio, mal sabia ele que tuas ações maltratavam meu coração que aos poucos foi moldado com tuas malditas palavras. Ele sentia o medo transparecer em meus olhos. As feridas que um dia eu prometi esconder estavam em evidência. Rachado, partido e estraçalhado, moldei meu coração em prata e o tranquei no fundo de minha alma. Mesmo que ele sangre, ninguém verá. Mesmo que eu chore, ninguém saberá, pois um dia cometi o grave erro de entregá-lo à alguém e agora, em silêncio, voltarei a sofrer diante das lembranças deixadas por ti...”