Entre o céu e a terra

Um bip. Foi o suficiente pra que Claire acordasse. Eram 7 da manhã. Num Sábado chuvoso.

Ela correu pro banheiro, e se trocou rapidamente. Pôs um short jeans, e uma blusa que cobria todo o braço. Foi até a penteadeira, colocou o anel de compromisso que o Nathan, seu namorado, lhe dera há 2 meses atrás. Fez uma trança, e voltou novamente pro banheiro, escovar os dentes:

-CLAIRE? - Alguém gritava da sala, lá em baixo.

- Tô indo... - Ela falou, em meio a desenxágues e escovações constantes.

Saiu do banheiro, e foi pra penteadeira, novamente. Piscou pra ela mesma.

-Autoconfiança, acima de tudo! - Ela falou

Saiu correndo,e desceu as escadas rapidamente.

Na sala, não havia ninguém.

Resolveu olhar na cozinha. Todos estavam lá.

-Bom dia, Famíliaaa! - Ela falou, tentando demonstrar empolgação

-Bom dia, querida! - A mãe dela, Rose, falou sentada na cadeira ao lado do marido, Josh.

-E aí, Claire, empolgada, pra trabalhar com os pivetinhos? - Bruce, o irmão mais velho de Claire, perguntava, sorindo.

-S-Sim.. - Claire tentou não demonstrar insatisfação.

Ela iria trabalhar por 8 sábados numa pequena escola da cidade. CCHS. CREATIVE CHILDS HIGH SCHOOL. Escola para crianças Criativas, que adorassem escrever, ou desenhar ou pintar.

Trabalhar na escolinha, seria uma punição, pelo verão passado. Ela havia desobedecido os pais. Claire tinha saído com os amigos, sem permissão dos pais. Ela ficara por 2 dias fora da cidade, numa pequena chácara, a 10 km de Roseland

Nisso,os pais já haviam comunicado o sumiço repentino da garota, e no dia seguinte, ela reaparecera em ,RoseLand como se nada tivesse acontecido.

Rose e John, deixaram a garota de castigo por alguns dias, e ela depois pediu desculpas e prometeu que não faria mais nada sem a permissão deles.

Algumas semanas depois, ela começara a namorar Nathan Fields, filho de Christian J. Fields, uma das famílias mais tradicionais de RoseLand.

Eles eram amigos de infãncia, e então, a amizade só fez com que surgisse um sentimento mais que especial entre os dois.

E então, ele se declarou pra Claire, no baile anual da cidade. John e Rose não só aprovaram, como tinham plena confiança no casal.

Bruce, apesar de amar irritar a irmã, tinha por ela um afeto, e sentia que devia protegê-la.

Depois que tomou o café da manhã, Claire tirou a louça da mesa, e ajudou a mãe a lavar a louça antes de sair pra "trabalhar".

-Claire... A Bonnie ligou ontem, mas você já tinha ido dormir...

-Tá vendo, porque digo que quero um celular? O Bruce tem 18 anos, UM ANO só, mais velho que eu, e tem. E eu?

Rose Snell suspirou:

-Querida, você só precisa demonstrar que podemos confiar em você!

-Mas aquilo já faz 1 ano, mãe!! A Bonnie, a Kate, a Pam, elas tem e eu? Porque eu não tenho?

De repente alguém bateu palmas na varanda da casa.

-Claire, venha até aqui! - John a chamou

Ela enxugou a última louça, e correu pra varanda.

- Cumprimente Elliot Rivers, um grande amigo meu.

Ela estendeu as mãos pra ele. Mas os olhos castanhos de Claire, se desviaram para a moto preta, e com um motociclista sexy. Nathan.

Ela pediu licença,e foi até o encontro do namorado.

Se cumprimentaram com um beijo curto, e ele a olhou:

-Vai sair?

-Sim, meu pai arranjou um emprego pra mim na CCHS..

Ele sorriu.

-Ah, é. Seu pai me falou. Bom primeiro dia!

Claire o beijou, mais longamente, e voltou correndo pra varanda de casa. Nathan desceu da moto, e foi até o pai de Claire.

-Bom dia, senhor Snell.

O pai de Claire respondeu com um sorriso.

-Bom dia, Nathan. Bem, Senhor Rivers, este é Nathan Fields, filho de um grande amigo meu, Christian Fields.

O Homem, sorriu.

-E Nathan, este é meu amigo, Elliot Rivers. Ele é de Coldwater, mas resolveu passar aqui em Roseland, para conversarmos.

-PAI!! São quase 8 horas! Vamos?- Claire gritou, tentando parecer educada.

John Snell se despediu do homem, com um aperto de mão, e foi até á caminhonete anos 80 que estava estacionada ali perto.

-Vamos, Claire? - Nathan a chamou.

Ela acabava de pôr brilho labial, e saía de casa.

-Tchau mãe!

-Tchau, Rose! - Nathan sempre a chamara de Dona Rose, mas como ela não gostava, pois a fazia se sentir velha, preferiu por chamá-la apenas de Rose.

E foram em direção á caminhonete.

Ela entrou, depois Nathan, que fechou a porta, e em seguida, saíram.

Demorou alguns segundos, para que Claire e Nathan começassem a trocar caricias na frente do Sr. Snell.

-Oi pai. - Ela falara, no olhar que o pai deu, quando deu um beijo no namorado.

Ele era liberal, porém, ainda sentia um pouco de ciúmes de sua garotinha.

-Filha... aqui não, e nem comigo aqui!

Nathan sorriu.

Claire também.

-Relaxa, pai. Eu cresci. Não sou mais a sua garotinha.

-É, e eu não sou mais aquele que gritava: " Esquilo sem dente" pro Carl, na festa da Claire.

Os três riram.

- É Aqui, pai?

Ele assentiu, com a cabeça.

-Boa Sorte, C! - Nathan sorriu pra ela. Olhos negros, cabelos também negros,e cor amorenada. Lindo.

Era o jeito de Nathan ser gentil, e fofo com a namorada.

Ele abriu a porta, e desceu. Em seguida, Claire desceu. Nathan entrou e deu mais um beijo na garota.

-Oiiii pai.... Tchau pai! - Ela falou, quando percebeu que ele repousava os olhos no casal

-Tchau querida! - Ele sorrira de volta.

Depois que eles saíram, Claire ainda estava parada, quase em frente ao CCHS.

Ela deu um leve suspiro e falo:

-Prontos ou não, aqui vou eu!

E caminhou em direção á escolinha.

Quando entrou, recebeu um crachá, com o nome dela escrito. Foi até a diretoria, onde explicaram em qual sala ela "ensinaria".

Ela subiu umas quatro escadas, até dar de cara com a "Sala de Leitura" que é onde ela "trabalharia".

Quando abriu a porta, várias crianças, umas 12, corriam pela sala.

-MQI!! MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL - Ela previa, sabendo que seria difícil domar as crianças.

Enquanto corria de um lado pra outro, tentando acalmar as crianças, ela sentiu uma calmaria. E todos a obedereceram. Sentaram no tapete, e começaram a olhá-la.

-Oi, crianças! Meu nome é Claire, e sou nova aqui. Vou contar a história da Branca de neve.

Todas aplaudiram. A Faixa etária era entre 4 e 8 anos.

Quando Claire estava lendo, uma das meninas, talvez a mais quieta, apontou:

-Olha, tia Claire! Olha o Tio Oliver!

Quando Claire se virou, um rapaz muito bonito estava sentado, numa caixa vazia. Olhos verdes, pele clara, camisa azul-jeans, e calça preta. Ele sorria pras crianças, e quando notou o olhar da moça, seus olhos brilharam.

Como ele tinha aparecido ali, ela não soube explicar, mas que ele era bonito, sim, ele era.

Larissa Siqueira
Enviado por Larissa Siqueira em 13/12/2013
Código do texto: T4610815
Classificação de conteúdo: seguro