Cap 48- Entre o céu e a Terra

Cap 48- Entre o céu e a Terra

Os olhos de nathan se arregalaram de espanto.

- O que foi?

- M-minha barriga. Acho Q- Que vou perder... m-meu bebê...

Não houve nenhum "alguém ajuda". Nathan apenas sorriu.

- VAI DEIXAR MINHA FILHA MORRER?

- Se morrer, melhor. A gente faz outro agorinha mesmo.

O cinismo de Nathan só a irritou mais ainda.

Nathan se aproximou, tentando continuar o que planejava, mas Claire foi mais rápida. Deu um chute naquele lugar. No ponto fraco masculino.

Ele ficou branco, e por fim vermelho de dor.

- AAAAAAI... - Ele berrou.

E saiu da cama, desesperado de dor.

- Quanto Drama! - Claire falou, sorrindo

Era quase meia-noite quando Nathan voltou ao quarto.

Claire acordou, ao sentir um peso sobre a cama.

Nathan estava sentado.

Os olhos dele brilhavam, tal como quando o Nathan era realmente o Nathan que ela havia conhecido.

Ele nem percebera os olhos dela pousando nele.

E então se levantou, abatido, e saiu do quarto.

Na manhã seguinte, Claire acordou no silêncio ensurdecedor da casa.

Nenhum barulho. Nada. Nathan não estava no quarto.

- Nathan? - Ela perguntou, sem obter resposta.

Trocou de roupa, e foi até a porta. Por sorte, estava destrancada.

- Epa... tá pensando que vai pra onde, princesa?

Nathan apareceu, do nada.

- c-comer alguma coisa.

Ele a empurrou para o quarto.

- Vou chamar Becky! Não precisa se incomodar!

E saiu trancando novamente a porta.

- pelo jeito eu não sou tão boa atriz quanto achei! - ela resmungou.

Durante todo o dia, ela foi mantida Naquele quarto, sem nem poder sair para ver a luz do dia.

Estava com saudades dos pais. E o Oliver? O que acontecera com ele?

Estava deitada, de costas para a porta, quando Nathan apareceu.

- Saudades do papai e da mamãe?

Claire ignorou o modo em como ele falava.

- Sabia que sua pele vale quase 100 mil dólares? - Ele a olhou fingindo espanto.

- o que eu faria com 100 mil? Ah... deixa ver.. Transava com as garotas mais vadias de Nova York, viajaria para Paris... - ele coçou o queixo. - Mas.. pensando bem, eu não trocaria você nem por um bilhete premiado.

- EU TENHO NOJO DE VOCÊ!

- E Eu até teria..mas eu te amo, docinho! - ele sorriu, confiante em si.

Já passava da meia noite, quando Claire acordou. Ouvira um barulho.

E vinha de fora do quarto.

Ela levantou-se com esforço, a barriga a certo tamanho, já pesava.

Andou vagarosamente até a porta, e encostou os ouvidos.

Só conseguiu ouvir respirações ofegantes. Um casal. Só podia ser.

- espera.. ela tá dormindo mesmo?

Claire ouviu uma voz feminina sussurrar.

- Claro que está. Pretendo sumir com ela quando essa aberração que... que ela chama de bebê nascer!

Beijos. E mais beijos.

Um som de zíper abrindo.

- Preciso ir, Nathan. O trem para RoseLand só passa às 7h.

- Você vai voltar pra Roseland?

- Eu pretendo. Mas não sei se vou conseguir encontrar o meu gato.

Claire foi abrindo a porta cuidadosamente.

Colocou o rosto para fora, e viu duas sombras no corredor. Deitadas no que parecia, um tapete grosso.

A mulher, seminua, se levanta ra para arrumar os louros cabelos.

Claire quase caiu para trás quando percebeu que a conhecia. Grace Springfield. Em pelanca e osso. E rugas.

- Vai deixar a idiota trancada, pra sempre?

- Não, não. Eu vou dar uma colher de chá pra ela. Se ela ousar fugir de mim... terão consequências

Claire engoliu em seco. Uma ameaça. Nathan Fields estava se tornando mestre nisso.

E estava enganada, achando que havia tirado Grace do Caminho dela e de Oliver.

Que aliás, nem dera nenhum sinal.

Estava tão enojada com a cena, que acabou batendo a porta, o que assustou Nathan.

- O que foi isso?

Ele se levantou e correu ao quarto de Claire, mas ela estava no sono mais profundo. Ou melhor, fingia.

A quilômetros dali, chegava um detetive nova iorquino, à casa dos snell. À meia noite.

Ele bateu à porta três vezes.

Fora John quem a abriu.

- Senhor Snell?

- Eu mesmo.

- Sou o Detetive Gabe. Investigador do D.D.A ( Departamento de desaparecidos anônimos). Podemos conversar?

E conversaram até pelo menos, às 3 da manhã. John dera todos os dados ao detetive para que ele iniciasse as investigações.

Passaram-se mais três meses, e sem nenhum avanço nas investigações.

Claire havia acabado de completar seu oitavo mês de gestação. E se sentia cansada.

Muito cansada.

Certa noite, quando Nathan a trancou no quarto, demorou alguns minutos para que uma voz feminina fosse ouvida.

Mas não era a de Grace.

- Nathan, meu amor. Eu preciso de mais grana. Ou você me dá, ou conto pra todos de RoseLand

quem você realmente é Ou isso. Ou cadeia. Você decide.

Dava pra ouvir com clareza, a conversa de Nathan com a tal mulher.

- Amorzinho... - ele falou suavemente. - se você usar essa matraca idiota contra mim... você sabe muito bem do que sou capaz.

A garota deu um gemido.

- Tudo bem. Passa a grana. E eu sei que aquela vadia está com você. Só quem for muito burro pra não sacar! Os Snell estão perdidos, meu Deus! - a garota deu uma leve risada.

A RISADa. A voz.

Era Jessie. A namorada de Bruce.

Larissa Siqueira
Enviado por Larissa Siqueira em 05/02/2014
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