A noiva que não era cadáver

Tudo começou porque a bela moça de tão linda que era, só ouvia o dia inteiro.

- Nossa, Que bela! É a noiva que minha mãe deseja para mim.

Ou ainda: - Fiu, Fiu..., Onde é o endereço do paraíso? Vou me mudar pra lá.

Como também: "Nossa! Não melhora, senão estraga, belezinha!...."

Consciente da beleza e acostumada a tantos elogios, estranhava o si-

lêncio, assim como também a decadência.

Até que aconteceu... Um dia ao sair à rua, não ouviu uma piada,

nem elogio.

Ela então preocupada com a sua fama de miss, voltou para casa desolada.

- O que havia ocorrido? Enfeiou? A maquiagem borrou. Será que os cremes de beleza estragaram sua pele? ou, Será que a falta de sol impedia que todos de admirassem a sua face?

Assim, não dormiu por dias. Deixou-se estar dentro de caixas e caixas do mais doce chocolate. Até que suas formas mudaram seu visual de forma nada simpática, ou generosa.

A falta de sono deu-lhe olheiras e a comida, coceiras.

O pior é que passou a vestir-se só de preto e cobria o espelho, para não se assustar ainda mais.

Também fugia dos amigos, e só se contentava com a porta do cemitério, onde velava sua beleza já enterrada.

Até que um dia um belo jovem médico cirurgião plástico deparou-se com a infeliz, que tonta de sono e fome agonizava na própria desgraça, sem ver até a ponta de seu próprio nariz.

Ele encantado, a tratou com carinho. Levou-a para casa... E encarnando um Dr. Frankstein transformou a moribunda num só viço de energia e fulgor. E só sei o que dizem, por aí:

Que tudo aquilo acabou num estranho casamento... de um jovem e belo príncipe com a mais bagunçada e bela noiva que um dia quase virou cadáver.

anna celia motta
Enviado por anna celia motta em 27/05/2015
Reeditado em 15/07/2015
Código do texto: T5256997
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.