Barreira

Deserto seco e gelado, de terra vermelha, sem natureza sem arvores ou ventos, via-se cobras e aranhas, lagartos pelas pedras a observar meus passo, pus minhas mãos sobre a terra que se desfaziam aos poucos. Não tinha calor ou frio a se sentir, pão há se comer, água há se beber, vozes há se ouvir, apenas o silêncio do deserto, voltando ao primórdios da raça humana na caça explorando a cada passo por extinto, via-se serpentes sobre a areia rastejando com estranhos sons, se inclinava e dançava feito uma bailarina, um estranho aracnídeos subia sobre meu braço armando-se para atacar, com um pequeno descuido ao movimento de meu corpo recebi teu veneno, sentia-se lentamente correr pelo meu sangue, seguido de queimações, com meu corpo tremulo, meu coração ao poucos ia batendo mais forte, pulsações em minha cabeça estava a sentir, não havia nada a se fazer, morrendo aos poucos sem força para se movimentar, pouco conseguia respirar, sobre o chão me deitei, a ador não vinha a se passar, o medo tomou conta de mim, só em minha morte eu pensava. Sem ajuda sozinho deitado olhando para o céu, as estrelas se contorciam, formando estranhos formatos, sem movimentos eu estava, eu só pedia a Deus para me ajudar, muito eu duvidava de sua existência, pois era só o que me restava, pedidos, e arrependimentos. Onde eu estava e o porque eu me perguntava, pois acho que cansado eu estava, de pessoas que me olhava, das dificuldades que eu enfrentava, o que me restava era fugir, deixar tudo ali, e caminhar ao meu desconhecido, pois eu não estava arrependido, muito eu pensava, que o valor das coisas pequenas era o que mais me rodeava, falsas palavras, eu já me tornei uma pessoa fraca, e ao final de tudo, não levei nada o que me restou foi um ultimo suspiro e mais nada, eu morria olhando para o nada, sem ninguém eu ali estava, e ainda sim não aprendi nada, só vive quem tem forças pra lutar, quem tem olhos a se fechar, e ouvindo para ignorar, só se sabe que sua própria fé que pode te levar a algum lugar.