Tarde de Domingo

Do que adianta agora?

Está findado o sonho. Viveu e morreu e nem mesmo nasceu. Quando o olhava acreditava na ilusão da esperança

- Estuda, amigo! Deixe de viver assim!

Palavras tão vazias. O que fiz para te ajudar? Nada! e nunca teria feito. E por que? Oras é simples: porque nunca me afetou a sua dor. Agora ela me importa? Com certeza não e jamais irá me importar, alias nem sei para que estou a escrever sobre você, defunto vivo, nunca esteve vivo, alem de em seus sonhos, pequenos e inalcançaveis.

Me lembro dos soluços e nada mais. Minto lembro-me da sua cara morta, e uma coisa deixo escrito para que fiques muito feliz. Lembrei do seu nome e de seu rosto. Pronto: sinta-se importante.