às 17:30 h

O relógio fica imenso às cinco da tarde e o sol morre sufocado em suco de laranja.

Os passos da leoa, pelo corredor da jaula, ficam ansiosos e afundam o chão de agonia. Meia hora depois, tem um olhar grudado na grade da janela, o sol vai morrendo e vai matando também, nesse engasgo sofrido da espera.

Mais uma vez a noite nasce no lagar de estrelas e os pés vão pisando a escuridão da ausência.

Amanhã, o sol ressuscita no lago azul e nadando o atravessa. De novo, o verde aparece na parede da jaula e, quem sabe, às 17:30...