Noite na fazenda

Memórias de minhas minas,

gerais de aço e de chão

inventam estórias tantas

que não é nem invenção.

Boiadeiros e peões

contos de assombração

mula sem cabeça e saci

ninguém tinha medo não.

Só eu que era pequena

temendo encontrar o bicho

na cama da minha avó

parecia um carrapicho.

Eita meu povo, não consegui não,

cordel é pra quem sabe, pra quem tem

opinião.

Vixe, sei não!

Alô amigos,

cursando a "Academia de Ginástica Poética: exercício para a menina dos olhos", na Estação das Letras (Rio de Janeiro) o Professor, Luiz Raul Machado, na aula sobre a literatura de cordel nos pediu um "dever de casa". Pesquisei um bocado e o máximo que consegui foi o texto que ora vos apresento. Sujeito a críticas e tempestades.