POEMA FÚNEBRE

POEMA FÚNEBRE

Iran Di Valença

Sou um idoso

Ainda estou vivo,

Mas passei o limite de vivendo

Para o período de morrendo.

E mesmo querendo viver

Não estaria podendo

Porque a idade não faz por menos

E os contratempos do viver,

Como ferrugem, vai-nos correndo,

Transformando o idoso num velho

Só querendo não está vivendo

Porque a decrepitude não faz por menos.

Contudo da decrepitude gargalharei

Porque estou certo dela não me pegar.

Dela sempre fugirei vivendo vivo

E da velhice irei zombar,

Portando o lábaro do otimismo

Até a amiga morte me convidar,

Até porque tal convite não se tem

Como recusar. KKKK

Iran Di Valencia
Enviado por Iran Di Valencia em 27/12/2008
Reeditado em 27/12/2008
Código do texto: T1354766