AS COISAS QUE ADMIRO

AS COISAS QUE ADMIRO

Coisas que admiro

E que me deixam nervoso

É uma prostituta virgem

Ver um santo mentiroso

E um homem que chamam Paz

Um bandido perigoso

Coisas que me chamam atenção

Magarefe ser doutor

Um preto se chamar claro

Um calado falador

Um cego servir de guia

E um coxo ser corredor

Coisas que não se vê

E nos céus deixam sinais

Não tem boca nem ouvido

Ouve e fala demais

Não tem pés e corre muito

No meio dos canaviais

Admiro aquele que faz

Tudo o que não se merece

A chuva que molha a terra

A semente nasce e cresce

Nos dá a flor e os frutos

E de graça nos oferece

Admiro o que vem dos céus

O que fica e o que passa

Tudo o que nos acontece

O que nosso destino traça

E todos os bens da terra

Nos oferece de graça

Sou admirador da terra

Da obra da criação

O Sol que ilumina e aquece

A erva que nasce do chão

Os céus cheios de estrelas

Embelezando o sertão

O dom que veio de Deus

Que me dá muita alegria

A dor e o sofrimento

Que me causa nostalgia

Dos versos e prosas que brotam

Da força da poesia

Admiro todas as coisas

Feitas, faladas ou escritas.

As que ficam e as que passam

E as que são infinitas

Pois todas foram formadas

Por mãos santas e benditas

Adoro ao Pai Eterno

Pelo seu filho bendito

O que faço, o ofereço.

O que falo e deixo escrito

Admiro e agradeço

Por seu filho Jesus Cristo.

12/02/2009

Zé Bezerra o Águia de Prata
Enviado por Zé Bezerra o Águia de Prata em 13/03/2009
Código do texto: T1483772
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