CONCENTRE O SEU SER HUMANO BEM NO MEIO DO AMBIENTE
Eu vou dizer, pra vocês,
o que é, pra mim, evidente,
que o centro da Ecologia
está centrado na gente
e em todo tipo de ação,
visando a preservação
do nosso meio ambiente.
Quando lamento, em tristeza,
a morte do passarinho,
fico a pensar, quem lamenta
a morte do pobrezinho
que, assassinado à bala,
foi encontrado na vala
muito distante do ninho.
Ao chorar a derrubada
das plantas, nossas amigas,
reflito sobre a vivência
de quem só vive de brigas,
perdendo toda a razão,
agindo sem emoção,
em meio à rede de intrigas.
Como pode o ser humano
centralizar decisões
se ele não cuida bem dele,
em muitas situações,
sem ter casa pra morar
como ele pode ajudar
no vôo dos andorinhões.
Um ente humano pensante
deve ter sabedoria,
cuidar de planta e de bicho,
a cada passar do dia,
sem esquecer um instante
do seu próprio semelhante
que vem nessa romaria.
Nossa natureza é bela,
mas está meio negada,
pois enquanto é vista assim
tem a vida desprezada,
no canto de um botequim,
no torrão tupiniquim,
para quem a vida é nada.
O IBAMA fiscaliza
os crimes ambientais,
a derrubada das plantas
e a morte dos animais,
mas falta quem nos proteja,
muito além de uma igreja,
muito aquém dos marginais.
Nos registros encontrados,
nem sempre tão por acaso,
culpo o descuido da gente
por este tipo de atraso
e neste raciocínio,
até pelo extermínio,
somos culpados no caso.
Quando falo em extinção
lembro o falcão peregrino,
das andorinhas em bando
voando ao toque do sino,
mas noto também nas ruas
crianças famintas, nuas,
sem saber do seu destino.
Para cuidar de uma ave
não posso nunca esquecer
que ela para ser cuidada
precisa, ao menos, viver
e dando valor à vida
eu cuidarei da ferida
de todo e qualquer um ser.
A exuberância da mata
deve ser conciliada
com bem estar e beleza
para ser bem preservada
feito o Sol que com seu brilho
vem inspirar o estribilho
do canto da passarada.
A natureza suplica
por uma volta à razão
evitando o desperdício
e a tristeza da erosão
pra não desgastar a mente
de uma criança inocente
que esteja em formação.
O Ártico já prenuncia,
com seu descongelamento
o que já hoje é sentido
por falta de sentimento
e no limite do esturro
ser humano diz que é burro
o coitado do jumento.
Portanto, nós não devemos
ficar somente em lamúrias,
temos que ter atitude
ante dores e injúrias,
buscar a boa medida
para eliminar da vida
muitas pedidas espúrias.
Vamos ter felicidade,
tratar bem a cada irmão,
cuidar da nossa saúde,
da garça e do gavião.
Não vamos perder de vista
que nós estamos na lista
dos seres em extinção.
Para ganhar o sustento,
imitemos animais,
buscando o suficiente,
sem procurar muito mais,
e se formos competir
eticamente suprir
apenas os ideais.
A vida será melhor
com todo mundo feliz.
Os animais terão tudo,
as plantas sua matiz,
e o ser humano no centro,
colhendo um pé de coentro
na presença do concriz.