DROGAS? Ponha Esse Monstro pra Correr...
I
Você que lê estas linhas
Dispense sua atenção
Aos temas aqui tratados
Que confirmam o refrão:
Na Via Expressa da Vida
A DROGA faz contramão
II
Definida por: “produto
Que tem a capacidade,
De uma forma passageira
Porém com intensidade,
De alterar do indivíduo
Sua personalidade “.
III
Álcool, crack, cocaína,
Ecstasy e maconha,
Merla, loló e solvente,
É tudo “coisa medonha!”
Sinais de MORTE iminente
A quem quer que se exponha.
IV
Remédio, fumo, cachaça,
Tidos por “Gente Solícita”,
São DROGAS que se encontram,
Nas ruas, de forma explicita,
Por isso levando o nome
Estranho de DROGA LÍCITA.
V
Nome que esconde fatos,
Levando a crer vantajosa.
A DROGA denominada
Por essa alcunha maldosa,
Não lhes tira as conseqüências
De substância danosa.
VI
O fumo também é peste
Que vicia muita gente.
Seguindo o raciocínio
Não vem a ser diferente,
Quando não mata, invalida,
Deixa a pessoa doente.
VII
Prejudica o que respira
No ambiente, (cativo
Da fumaça exalada)
De forte teor ativo,
Por isso denominado
De um Fumante Passivo.
VIII
DROGA não discerne raça,
Título, cor ou profissão.
Tamanho, linhagem, sexo,
Ou mesmo religião...
Subjuga rico ou pobre
Sem lhes fazer distinção.
IX
Como acontece com tudo,
Basta só ter o começo.
Logo virando rotina,
Vai sendo cobrado um preço
E as regras de disciplina
São vistas como adereço.
X
Qualquer um pode ser vítima:
Criança,adolescente,
Jovem, adulto, idoso
Enfermeiro,paciente...
Num simples piscar de olhos
Arrisca ser DEPENDENTE.
XI
Advogado, bancário,
Mecânico ou motorista,
Nossos universitários,
A gente pobre, Artista,
Até as “donas de casa”
Fazem parte dessa lista.
XII
O resultado da prática
Pode vir a ser fatal.
Estende-se para a família
CO-DEPENDENTE do mal.
Os efeitos do problema
Tem Dimensão Social.
XIII
A família “adoece”.
Contrai horríveis seqüelas.
De suntuosos palácios
Aos barracos das favelas,
“A DROGA entra na porta,
A paz sai pela janela.”
XIV
O alcoólico das ruas
É tratado com desdém.
Os que usam outras DROGAS
Do povo desprezo tem,
Mas muitos deles estão
Em nossos lares também.
XV
Na “via-crúcis” das DROGAS
Todos têm sua estação:
A perda da liberdade,
Sofrimentos na prisão,
O sentimento de culpa,
Conseqüências de omissão
XVI
Vemos nas ruas e praças
O excluído, carente
Das necessidades básicas
E, pensamos falsamente:
“É essa comunidade
Que gera o DEPENDENTE”.
XVII
É preciso vir à tona
A conscientização,
De Quando a falta de álcool
Gerar inquietação,
Qualquer classe social,
Vive a mesma condição.
XVIII
É preciso estar atento
A tudo aquilo que vemos!
Diante dessa pergunta
O que é que respondemos,
É DROGA que nos escolhe
Ou nós que a escolhemos?
XIX
História de DEPENDÊNCIA
Começa na “droga leve”.
A duração do efeito
Por ter uma forma breve,
Tem as doses aumentadas,
Ao pouco “fazendo greve”.
XX
Depois substituída
Por substância “mais forte”
Levando a uma viagem
Onde se “perde o Norte”,
E mesmo estando vivo
Experimenta-se a morte.
XXI
Muitos casos se relatam
Onde houve internação.
Como o “Bom Samaritano”
Que agiu com o coração,
Alguém socorreu a vítima
Num gesto de Boa Ação.
XXII
Nesse momento, a vivência
Em uma Comunidade
De Ajuda ou Terapêutica
Possui a capacidade
De conduzir a pessoa
À outra realidade.
XXIII
A Igreja, atuante,
Na Esfera social,
Em atenção ao problema
Criou uma Pastoral,
Em prol da Sobriedade.
Sem “Dar Tréguas Ao Mal”.
XXIV
Armados com a Ação
Agentes,iluminados,
Devotam tempo e trabalho
Em prol dos interessados.
Previnem as recaídas,
Fato que urge cuidados!
XXV
A Fé, a Perseverança
Nos impulsiona à frente.
Renova as forças na lida
Faz caminhar “diferente”.
Torna o “círculo vicioso”
Em espiral ascendente.
XXVI
Ao cidadão dependente
Que sonha com liberdade
E busca por elementos
Contra a adversidade,
São propostos Doze Passos
Rumo á SOBRIEDADE.
XXVII
Passos firmes na jornada
Que vividos dia-a-dia
Resgatam a Auto-Estima,
No Bem Viver auxilia...
Revigoram no percurso
Nobre, da cidadania.
XXVIII
Toda jornada começa,
Dando-se o Primeiro Passo.
A dependência, o pecado,
Que deixa o espírito lasso,
Precisa-se ADMITIR.
Driblando assim o fracasso.
XXIX
A súplica a DEUS é prova
De que a gente acredita
Na cura tão desejada
Que somente a fé suscita
CONFIAR é passo a frente
Nessa rota tão bendita.
XXX
O fruto da confiança
Com o tempo amadurece.
A vida, a dependência,
ENTREGAR a Deus Merece,
E é esperando n’Ele
Que o milagre acontece!
XXXI
Se os atos do passado
Tira o espírito de forma,
Voltar à Graça Divina
Põe em bases a reforma.
ARREPENDER-SE é Passo
Que se constitui em norma.
XXXII
P’ra pedir perdão a Deus
E aos irmãos da caminhada
Testemunhando de público
A mudança conquistada,
CONFESSAR é necessário
P’ra “pena” ser anulada.
XXXIII
Falam que “águas passadas
Não movem mais o moinho.”
O Espírito do Senhor
Nos renova com carinho.
RENASCER pelo Batismo
Coloca luz no caminho.
XXXIV
Dependência, prejuízos
Causa à sociedade.
REPARAR concede crédito
E confiabilidade,
Permite resgate nobre
De nossa dignidade.
XXXV
PROFESSAR A FÉ revela
Um Passo de gratidão.
Nos torna missionários.
É uma confirmação
De que estamos felizes
Com a nossa decisão.
XXXVI
A petição denuncia
Ser, todo homem, carente.
A vigilância é dada
Como instrumento, a gente.
ORAR E VIGIAR juntos
Torna o cristão resistente.
XXXVII
Tens disponibilidade?
Isso é fato operante!
Somado com a vontade
No trabalho é relevante.
SERVIR é pré-requisito
De quem quer seguir adiante.
XXXVIII
CELEBRAR, comemorar,
Com todos em comunhão
Ao redor de uma mesa
Onde se partilha o pão,
Define Eucaristia.
Tema maior do cristão!
XXXIX
FESTEJAR,traz alegria,
Vem da espontaneidade.
É estado de espírito
Que o nosso ser invade.
Conseqüências das conquistas
Vindas da Sobriedade.
XL
Um convite aqui é feito
A você, um dependente:
Em qualquer grau que esteja
Aja acertadamente.
Visite um Grupo de Apoio,
E veja a vida de frente.
XLI
Professores, escolares
A família, o cidadão,
Todos estão convidados
Para entrar em ação
Evitando que o SÓBRIO
Seja posto em extinção.
XLII
Saiba: a melhor saída
Dá-se pela prevenção.
Diga sempre Sim a vida
E ás DROGAS diga Não!
Isto é sinal de luz
Em meio á escuridão.
Cordel inspirado em subsídios da Pastoral da Sobriedade da Igreja Católica.
Campina Grande, 31 de dezembro de 2002.