ABORTADO

ABORTADO

Sonia Barbosa Baptista

(Cordel)

Foi por muito pouco ou quase

Estaria na Terra agora...

Não fosse a intolerância

Ter-me jogado pra fora...

Mas o que será que eu fiz

Pelo amor de Deus me diz

Já estava quase na hora...

Por que tive que ir embora?

Eu estava bem comportado...

Se minha mãe eu chutava

É porque estava apertado...

E no útero encolhido

Pelo cansaço vencido

Adormeci e fui abortado...

Triste e decepcionado

Vi a mamãe pedir perdão...

Perdi a chance que ganhei

Vi parar meu coração...

Eu não queria acreditar

Que pronto pra reencarnar

Eu não tive condição...

13/08/2009

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OBRIGADA POETA JERSON BRITO PELA LINDA INTERAÇÃO!

MUITO PRAZER!

Bjookaaa!

Fora a previsão legal

É um crime sem perdão

Assassinato brutal

Tira a vida d'um cristão

Você não polemizou

Com muito brilho abordou

A delicada questão *****

Parabéns pelo belo cordel, poetisa!!!

Enviado por Jerson Brito em 13/08/2009 23:25

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OBRIGADA PELA MARAVILHOSA INTERAÇÃO POETA HELIODORO MORAIS

Bjookaaa!

Isso aconteceu comigo

Por isso sou meio torto

A minha mãe, por castigo

Mandou fazer o aborto

Depois caiu na besteira

De me jogar na lixeira

Pensando qu'eu tava morto

Eu passei um desconforto

Na lixeira fedorenta

Aquele fedor de porto

Se instalou na minha venta

Fui salvo por um marujo

E só porque tava sujo

Me batizou deplacenta...

Lindo trabalho poeta. Parabéns

Enviado por Heliodoro Morais em 14/08/2009 13:41

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Sonia Barbosa Baptista
Enviado por Sonia Barbosa Baptista em 13/08/2009
Reeditado em 14/08/2009
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