Valei-me São Benedito!


Agora  vou lhes contar
Algo que eu tinha visto
Quando entrei na Igreja
Do largo do Benedito
Pretinho que nem carvão
Com um sorriso bonito

Ajoelhou-se a mulata
Revirando os seus olhos
Seu vigário foi chegando
Na mão trazia uns molhos
E pra ela foi dizendo:
-Me fale dos seus abrolhos!

Seu vigário não sei dizer
Se é mesmo um abrolho
Mas posso lhe assegurar
Que homem bonito não olho
Pois fico toda esquentada
E de suor eu me molho!

Seu vigário atarantado
Falou: - Menina de Deus!
Não me venha complicar
Com estes problemas seus
Que são muito diferentes
Daqueles que são os meus!

Vá embora minha filha
Não se esqueça de rezar
Pra a doce Virgem Maria
Vir aqui lhe ajudar
Pois o poder que ela tem
Ninguém pode superar!

A mulata então gritou:
- Valei-me São Benedito!
Se olho o bonito, me molho
Se não me molho, eu grito
O que é que eu vou fazer
Quando vir homem bonito?!


- Valei-me São Benedito!

soninha

Um mimo do poeta Heliodoro


Deus proteja essa menina
Eu lhe suplico e imploro
Com sua graça divina
Até no lugar que eu moro
Gritou pra São Benedito
Eu imagino o seu grito
Se olhar pra Heliodoro
 
Heliodoro Morais
 
Pro Heliodoro não olho
Pois ele também é bonito
Senão,de suor ,me molho
Ou clamo por São Benedito
Prefiro só responder
Nem quero lhe conhecer
Mas se vier eu não grito.     

soninha


Melhor não dizer asneira
Nem perder a elegância
Eu digo sem brincadeira
Que em qualquer circunstância
Que venha aqui em Natal
Seu grito vai ser igual
A sirene de ambulância

Heliodoro Morais


bjs,soninha
magem do google


Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 01/09/2009
Reeditado em 24/02/2010
Código do texto: T1785805
Classificação de conteúdo: seguro
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