Ô será u'a ditadura branca?...

Uma ditadura branca?

Pois é! Axo inté prevéço

Mais é a palavra franca

Pra uzá lá no congréço

Senadô ta manobrado

Cuma tomém os deputado

Será si iço é pogréço?

Os podê são ou nun são

Pra eles independente?

Pois vemo o Cára mandá

O que fazêr essa gente!

Os podê dobram nos seus pé

Todo mundo vê o qui é

E o qui faiz o prizidente.

Ali quem manda é o Cárinha

Nóis cá tamo na inocênça

Eu li pregunto amiguinha

Cadê a independênça?

Nóis qué pessoas independente

Pra não dobrá préças gente

Qui tem u’as má tendênça.

Pruquê todos se dobram

E se joelham pra ele

Pruquê ocêis num cobram

Ocêis qui votaram nele!

Eu axo isso prevéço

Essas farcatrua no congréço

Cum aquele apoio dele.

Foi o qui vimo urtimamente

Nas manxete dos jorná

Acendeu o istupim da gente

Eu num sei o qui vai dá

O tempo ta quente tô axano

Do jeito quêle ta guvernano

Pió do qui anda num pode ficá.

Meu Grande Deus do céu

Min arresponda pruquê

Já nun sabe esse tabaréu

O qui eles qué iscondê

As CPI num arresorve nada

Pois aparece o camarada

E desmanxa pra nóis num vê.

Quando as coisa da fêia lá

Eles arruma uma braganha

Faiz as CPI desmanxá

Cum as suas artimanha

Sabe quinda eu num sei

Pruquê ele apoiô Sarnei

Naquelas suas façanha.

E aquelas bandêra

Cá estrelinha vremêia

Se déro nas carrêra

Quando viu as coisa fêia

É refresco nos ôtro a pementa

Antes era u’a só tormenta

Que hoje foi pras arêia.

Onde qui ta a ética

E aquela ideologia?

Organização patética

Qui fazia naqueles dia

Queria as investigação!

E pruquê ôje não?

Inté parece utopia.

As brigança da Marina

O recuá do Mercadante

Já inté saiu a minina

Ta no sol mais adiante

E ta vino aí mais gente

Já qué botá u'a duente

Pra cê nossa cumandante!

As bandêra num mais tremuláro

Os grito num se ouvi lá

Aqueles grito se caláro

De uns tempo para cá

As barriga já tão xêia

Min axo qui a bandêra vremêia

Já num vai mais tremulá.

Ô eu tô inganado

Cum esses inleitô qui nóis tem?

Tem muitio inleitiô dum lado

Quinda axa qui ele convém

É cuma diz minha tia

É a tár da a borsa famia

Qui da a ele o vai e vem.

Eu tô viveno um pesadelo

Que parece escumuná

Em vê tanto desmantelo

No Congréço Nacioná

Mais isso nunca pensei

Quando no voto artorizei

Pra os carbrunco min representá.

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 01/09/2009
Reeditado em 02/09/2009
Código do texto: T1786125