*MINHA VIOLA

Peguei a tiracolo minha viola
Sai por aí na estrada do saber
Gastei logo do sapato a sola
Os dedos roliços por escrever
Na mente a rima não recuou
Outro poeta pecou de ler
Eu aqui cantando teu amor

Pensei no meu sertão distante
Uma casinha no centro, verde
Onde as matas colhiam antes
A pureza do ar campo e rede
Na varanda de espaço gigante
No coração a paz sem a sede
Das horas em ritmo ambulante
                               sonianogueira


Soneto

O velho violeiro coração
Cantando qual canário no quintal,
Aprende pouco a pouco esta lição
E traz a esperança em seu bornal.

No dia mais feliz da criação,
Bom Deus nos deu o Recital,
Do pássaro liberto, na emoção
Que aplaca com ternura, todo o mal.

Espalhas nos sertões duros bravios,
Na forma de cordel ou desafios
A imensa maravilha que se emana

Da voz de um passarinho, soltas asas,
Cobrindo de alegria nossas casas,
Tornando a fantasia soberana.
                                        marcosloures


Nesta estrada de terra,
Eu derramo meu suor,
Nas costas minha viola,
Na mente uma coisa só,
Cantar pra minha paixão,
E fazer ela se curvar,
Com as toadas do sertão...

                                Miguel Jacó




Sonia Nogueira
Enviado por Sonia Nogueira em 11/11/2009
Reeditado em 15/11/2009
Código do texto: T1917966
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