Na tela da vida, pinto
Com cores vivas, agrestes,
De belezas incontestes,
A dor que no peito sinto!
Com cores do vinho tinto
Tanta saudade aquerelo...
Tristezas também cinzelo
Com sombras das mais suaves,
Porém com tons bem mais graves
Pinto as lembranças que anelo...
E as dores que sinto n’alma
Emolduram minha tela,
Tua ausência me flagela,
E no meu viver se espalma!
Procuro manter a calma,
Retocar com tintas d’ouro
Este amor imorredouro
Que é meu viver, minha lida,
Razão de ser, minha vida...
O meu único tesouro!
Sou poeta, não pintora,
Minha lida é a palavra...
Com versos da minha lavra
Que minh’alma assim labora,
Eu faço tal qual Pandora,
Libero os males que sinto,
Com a força do puro instinto
Com tintas do coração,
Tão replenas de emoção,
Nesta tela que eu pinto...
Com cores vivas, agrestes,
De belezas incontestes,
A dor que no peito sinto!
Com cores do vinho tinto
Tanta saudade aquerelo...
Tristezas também cinzelo
Com sombras das mais suaves,
Porém com tons bem mais graves
Pinto as lembranças que anelo...
E as dores que sinto n’alma
Emolduram minha tela,
Tua ausência me flagela,
E no meu viver se espalma!
Procuro manter a calma,
Retocar com tintas d’ouro
Este amor imorredouro
Que é meu viver, minha lida,
Razão de ser, minha vida...
O meu único tesouro!
Sou poeta, não pintora,
Minha lida é a palavra...
Com versos da minha lavra
Que minh’alma assim labora,
Eu faço tal qual Pandora,
Libero os males que sinto,
Com a força do puro instinto
Com tintas do coração,
Tão replenas de emoção,
Nesta tela que eu pinto...