PARA NÃO ME ENTRISTECER! (Traduzindo Catulo)
Tradução do caipirês para o português
autorizada por Catulo
Para não me entristecer
Fiquei a contemplar o infinito
Contemplei o sol no seu poente
Achei lindo, achei bonito!
As trevas da noite chegaram
As estrelas logo brilharam
Nasceu a lua... sorriu meu espírito!
Para não me entristecer
Contemplei a lua cor de prata!
O horizonte reapareceu
Então pude ver a mata!
Tudo ao longe obscurecido
Árvores caladas, animais escondidos
Minha alma enfim ficou grata!
Para não me entristecer
Desmaiei então pela beleza. O vento,
A brisa tocava meus cabelos.
Por bons momentos fiquei assim.
Meu coração, dentro de meu peito
Batia sem controle, sem jeito
Desejaria morrer, feliz enfim!
Para não me entristecer
Peço ao Pai do céu
Vir sempre me alegrar!
Perdoe-me o cordel!
Então dormi sorrindo
Naquele lugar tão lindo
Foi uma noite de mel!
E viva a vida!
O TEXTO ORIGINAL DO POETA CATULO
PÁ MÓDE NU INTRISTÁ 23/12/09
Pá móde nu intristá
Finquei oiandu u infinítiu!
Ví u sór baxá
I achei muntiu bum nítiu!
Adispôis a nôiti si aproxegô
Ais istrêilas acendida fincô
Intãu nacêu a lúa... "gargaiô meo isprítiu!"
Pá móde nu intristá
Oiêi a lúa fincá côde prátia!
U orizônti apariceu
Intãu ví as mátia!
U chãu lá longi iscuricídiu
As árve caládia, us bichus iscundídiu,
A mia árma fincô grátia!
Pá móde nu intristá
Dismaiêi di belêzia! U ventim,
A brísia abalançava meu tupéti
I pur bãu tempu finquei ansim!
Meu baticum dentru du pêitiu
Ronronáva sem contrôli e sem jeitiu
Queriria inté murrê, bem filizim!
Pá móde nu intristá
Vô pidí pu Pai du céu
Qui veinha sempri mi alegrá
I perdôá êssi meu cordél!
Mai qui durumí bem surríndiu
Naquêili lurgá tãu lindiu
Uma noiti qui foi um mél!
I viva a vídia !